sábado, 14 de novembro de 2020

″Cale-se″, ″sente-se″ e outros insultos de Donald Trump a jornalistas - DN

″Cale-se″, ″sente-se″ e outros insultos de Donald Trump a jornalistas - DN: Já expulsou jornalistas de conferências de imprensa e gozou com eles no Twitter. O confronto com Jim Acosta, da CNN, é mais um exemplo de como o presidente costuma tratar aqueles que lhe fazem perguntas incómodas.

quarta-feira, 7 de março de 2012

o eucalipto seca tudo á sua volta, mas este é um manancial de ideias..

O mundo cão tem várias raças, incluindo a mais perigosa que é a de duas patas e que usa gravata. A começar pela justiça, ou pela falta dela.

Os tribunais e os nossos procuradores são pagos para fazer justiça, mas em vez disso têm-se revelado mais interesados em fazer política e defender interesses pesssoais.

Os recentes e menos recentes casos: Casa Pia, Freeport e Face Oculta são os exemplos mais acabados do que quero dizer.

No primeiro criaram-se expectativas de crime organizado que não se confirmaram de todo na investigação, mas depois da opinião pública completamente intoxicada e manipulada os procuradores e juízes não tiveram outra solução mais corajosa do que condenar (provavelmente) alguns inocentes, esquecendo o princípio básico de que, em caso de dúvida, é preferível deixar um culpado sem castigo do que condenar um inocente. Ficou na rede Carlos Cruz. Tiveram muita sorte Ferro Rodrigues e Jorge Sampaio; Paulo Pedroso por não terem sido mais incomodados.

Leiam um pouco do primeiro capítulo do livro de Carlos Cruz. Já tínhamos todos ouvido a versão de Felícia Cabrita. É bom para fazer uma opinião ouvir o que tem a dizer a outra parte.

http://www.vogais.pt/docs/inocente.pdf


O processo Freeport, começou mal, com uma denúncia anónima organizada pela polícia, e deu em nada depois de tantas escutas de tanto dinheiro envolvido, luvas, CDs com gravações escondidas, chamadas telefónicas, contas bancárias, etc. Conseguiram corroer um primeiro Ministro, que aliás sempre foi o principal e único alvo a abater. Enquanto estava em fase segredo de justiça surgiam todas semanas retalhos do processo no Jornal Sol e quase todos os dias no Correio da Manhã. Agora que o processo foi arquivado e é público, deixou de se falar dele.

No Processo Face Oculta, pegaram nas trafulhices habituais de um sucateiro e acharam que tinham descoberto uma rede tentacular de corrupção. Como não teria efeito julgar casos individuais e separados de irregularidades de pesagens e esclarecer detalhes de contratos, acharam uma boa ideia formar um grupo imenso de 34 pessoas e mais duas empresas, e chamar a esta enfabulação "polvo", juntando num único processo pessoas que nunca se tinham conhecido entre si, e ornamentado com as cerejas em cima do bolo, a que chamaram os altos cargos da administração de empresas públicas, quase todos ou todos inocentes. Digo inocentes porque a comunicação social, só revela para a opinião pública as suspeitas (quase todas ridículas) dos procuradores do Ministério Público (M. Vidral e C. Philips). Quando são apresentadas em tribunal provas da inocência de alguns dos arguidos isso não passa na comunicação social. Quando alguns contestaram a roubalheira de Godinho os procuradores dizem que era "... para dar um ar formal de seriedade ...". Quando se pergunta pela contrapartida da "corrupção" não têm mais nada a escrever e dizer do que "... para ficar na boa consideração dos seus superiores ...".

Tudo isto aconteceu desta forma porque quiseram que o processo tivesse um efeito corrosivo e devastador na credibilidade de um primeiro ministro e de um partido político. Mais do que tudo, aconteceu uma manipulação de alguns elementos da justiça para atingir fins políticos.

E os procuradores e juizes cobardes conseguem dormir descansados? Se forem minimamente inteligentes isso admira-me muito, porque perceberão onde está a verdade, que eles próprios tentam esconder, o que revela mau carácter e desonestidade intelectual. Se não percebem que estão a cometer grandes injustiças ainda será pior, pois neste último caso estamos perante verdadeiros imbecis e incompetentes.

O erro judiciário é das piores coisas que podem acontecer a uma sociedade.

No caso particular de Carlos Cruz é bem possível que os juízes tenham tido medo da comunicação social, da opinião pública e do preconceito. Não estariam dispostos e receber críticas de terem perdoado criminosos porque eram pessoas "importantes", tendo em conta que o julgamento popular já estava feito. Pensaram só em si e na forma mais fácil de se "safarem".

Isto assusta.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

a proposito de alguns comentarios estafados...







Claudine Bert
Justice: Que valent les expertises psychologiques?
Sciences Humaines, n.213, mars 2010, pp.26 -31.


http://www.scienceshumaines.com/justice --que-valent-les-expertises-psychologiques-
_fr_24926.html

Tradução: Denise Cabral de Oliveira e Sandra Pinto Levy

Justiça: de que valem as perícias psicológicas?

84 perícias psiquiátricas e psicológicas não impedira m que o processo de Outreau ocasionasse um fracasso judicial. Qual é a parcela de responsabilidade dos peritos? Como eles trabalharam? Foram tiradas lições disso?

Os peritos, psicólogos e psiquiatras, ajudam ou atrapalham a justiça?
Esta é a pergunta que inúmeras pessoas se fizeram diante do resultado do processo
de Outreau, enquanto uma comissão de inquérito parlamentar dispensou mais de 200
horas , entre os meses de janeiro e junho de 2006, para examinar ³os maus
funcionamentos da justiça´. Ela auditou ,notadamente, todos peritos que intervieram
nesta questão.(1) Quem são estes peritos? Qual é sua influência nas decisões da
justiça? Os maus funcionamentos de Outreau são imputáveis somente a eles?


O Fracasso.

Comecemos por lembrar os fatos. Myriam Badaoui pede o afastamento de seus 3 filhos menores de casa em razão da violência de seu marido, Thierry Delay, em relação a eles. O mais velho já está colocado em lar substituto há 5 anos. As assistentes maternais e as professoras que acolhem estas crianças cons tatam comportamentos, intenções que as fazem recorrer à justiça, que demanda uma investigação policial. As crianças são ouvidas e acusam seus pais de violências e de abusos sexuais, acrescentando que outros adultos, que elas nomeiam, estavam presentes. Em fevereiro de 2001, o casal Delay foi preso e acusado. T. Delay nega, mas sua esposa confessa rapidamente. Nas semanas seguintes,17 adultos, indicados seja por Myriam Badaoui, seja por vinte crianças identificadas como vitimas, foram presas.Desde 2001, o juiz do processo demandou uma perícia psicológica e psiquiátrica de todas as crianças acusadoras, e de todos os adultos acusados, e depois, no ano seguinte, novas perícias. Em 2004, antes do processo em audiência, e mesmo , com urgência, durante o mesm o, o promotor requer perícias. Foi realizado um total de 84 perícias. Em relação a um ponto fundamental: a confiança que se poderia ter nos testemunhos das crianças, de um lado, dos adultos acusadores, de outro lado ± notadamente de M. Badaoui, a princi pal dentre eles. A resposta dos peritos é sem ambiguidade: todos merecem crédito. Em relação aos adultos sob acusação, uma mesma questão foi levantada aos peritos psiquiatras e psicólogos:

Apresentavam eles traços de caráter ou de personalidade de abusadores
sexuais?.
Desta vez, as respostas são diferentes: os psiquiatras responderam pela
negativa para todos os acusados, os psicólogos, pela afirmativa para todos, exceto
quatro.

Quando do julgamento em tribunal em Saint Omer, em 2004, M. Badaoui admite ter acusado indevidamente 13 dos 17 culpados, e seu marido a apoia. Em seguida a essas retratações , 7 acusados são absolvidos, 10 condenados. Seis dentre estes apelaram. Em 2005, diante do tribunal de apelação de Paris, Thierry e Myriam Delay declaram a inocência dessas 6 pessoas, e duas das crianças retrocedem de suas acusações. As 6 pessoas são soltas. Em resumo, portanto, os acusadores, maiores e menores, cujo testemunho foi, e de forma repetida, tido como confiável pelos especialistas, tanto psiquiatras quanto psicólogos, acusaram indevidamente 13 pessoas de serem abusadores sexuais.Pode-se realmente falar, com efeito, em fracasso.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

eu e a justiça....

O facto de eu me manisfestar com alguma veemencia contra a justiça, não deve ser encarada como um facto pessoal, é o resultado de sentenças mal proferidas, de provas mal analizados, de julgamentos mal conduzidos.
Partindo desta base encontramos pessoas com a vida destruída pelo mau desempenho da justiça, quando refiro o Processo Casa Pia obviamente vou de encontro a tudo que de pior se pode encontrar num processo desta natureza.
O mediatismo de Carlos Cruz, a sede de protagonismo de alguns personagens, a falta de preparação de outros levou-nos a uma situação insustentavél, que infelizmente destruíu a carreira profissional de um homem brilhante.
Na verdade sinto-me um pouco desmotivado, tive um pai maravilhoso que me ensinou a mim e aos meus irmãos o significado de palavras como familia, respeito, educação, cultura e por aí fora, aquilo que tenho visto neste processo é a negação de tudo aquilo que aprendi e que transmiti aos meus.
Assitir ao que tenho assistido desde o inicio do processo, e especialmente tendo hoje acesso aquilo que foi dito em tribunal, deixa-me numa situação angustiante de falta de confiança na justiça, nos seus agentes, em outras pessoas que deveriam transmitir com isenção os factos de que tinham conhecimento.
É especialmente melindroso este tipo de crime, por essa razão haveria todo o interesse em ser rigoroso na informação, isso não aconteceu e eu faço questão de enriquecer culturalmente todos aqueles que de uma forma vergonhosa ajudaram a construir esta aberração da nossa justiça, a todos eles aqui vos deixo o que merecem...

quarta-feira, 27 de abril de 2011

obrigado Carlos Tomás

Carlos Tomás
Processo Casa Pia

DENUNCIADOS OUTROS "ABUSADORES" FAMOSOS

São mais de 200 os nomes que foram referenciados como alegados abusadores de menores na fase de inquérito (investigação) do processo da alegada rede de pedofilia que operava na Casa Pia de Lisboa. Jorge Sampaio, Marcelo Rebelo de Sousa, Jaime Gama, Ferro Rodrigues, Narana Coissoró, Paulo Portas, Francisco Louça, Chalana, Carlos Manuel, Joaquim Monchique, Medina Carreira, Carlos Monjardino, Vítor de Sousa, Adelino Salvado, Bagão Félix e Valente de Oliveira são apenas algumas das figuras públicas que viram os seus nomes referenciados no processo por várias pessoas interrogadas pelos investigadores da PJ ao serviço do Ministério Público.

Marcelo surpreendido
O professor e comentador televisivo Marcelo Rebelo de Sousa está, por exemplo, referenciado como tendo abusado de um menor e presenciado actos de pedofilia numa casa em Lisboa. Foi acusado, a 8 de Abril de 2003, por uma professora, residente na Margem Sul do Tejo. Segundo a denúncia da docente, ela foi levada à referida casa pelo pai, e lá estaria o professor que assistiu, nas palavras desta mulher, a abusos de menores, tendo ele próprio abusado de um. A procuradora Paula Soares, uma das titulares do inquérito (juntamente com o procurador João Guerra e a procuradora Cristina Faleiro), foi quem recolheu este depoimento, que, mais tarde, mandou simplesmente apensar ao inquérito principal. A mesma mulher acusou ainda o ex-ministro da Saúde, Luís Filipe Pereira, de ter abusado de menores (de ambos os sexos) numa casa localizada no Estoril e confessou que ela própria agrediu, com um ferro, uma jovem, na mesma casa, estando convencida ainda hoje que a matou.
A procuradora Paula Soares considerou que os factos denunciados eram muito antigos e não estavam relacionados com nenhum dos arguidos, suspeitos ou ofendidos do inquérito da rede de pedofilia, pelo que não ordenou qualquer diligência investigatória, nomeadamente que se procedesse ao interrogatório do pai da suposta vítima a fim de se apurar que casa era aquela e quem era o seu proprietário.
Confrontado com esta acusação, Marcelo Rebelo de Sousa mostrou-se surpreendido: “Nunca fui interrogado sobre essa matéria. Nem sabia que tinha sido referenciado. Tinha conhecimento que a minha fotografia aparecia num álbum que foi mostrado às vítimas e até achei isso muito bem. De qualquer forma, essa acusação não faz o mínimo sentido. Não conheço essa pessoa de lado nenhum.”

Testemunhos desvalorizados
Muitos dos testemunhos e denúncias recolhidos pela equipa de investigadores que trabalharam na fase de inquérito do processo foram desvalorizados, apesar de alguns deles terem testemunhado em tribunal contra alguns dos arguidos que foram a julgamento, nomeadamente contra Ferreira Diniz, Jorge Ritto e Carlos Cruz.
Uma das testemunhas que acusou estes três arguidos (baptizado por alguma Comunicação Social como João A., tratando-se na realidade de Ricardo Oliveira, actualmente com cerca de 30 anos, julgado em 2007 por assaltos a várias residências na região de Sintra e referenciado pelas autoridades como estando ligado ao narcotráfico) denunciou à PJ outros alegados abusadores, nomeadamente Paulo Pedroso, Ferro Rodrigues, Jaime Gama, Fernando Chalana e Carlos Manuel, tendo mesmo indicado uma casa em Cascais, no Bairro do Rosário, onde terá sido abusado e filmado em práticas sexuais por Ferro Rodrigues, Jaime Gama e Jorge Ritto.
Uma outra testemunha/vítima, que acusa todos os arguidos de abusos na casa de Elvas, onde agora, de acordo com a sentença, apenas Carlos Cruz terá praticado abusos, denunciou à PJ Carlos Mota, antigo “assessor” de Carlos Cruz. As testemunhas que terão sido abusadas em Elvas referiram também à PJ abusos praticados por outras pessoas, nomeadamente por outros funcionários da Casa Pia, por colegas mais velhos e pelo antigo provedor Luís Rebelo, que foi demitido do cargo na sequência do escândalo. Curiosamente, apesar de ser referenciado nos autos como abusador e de ter estado mais de duas décadas à frente da Casa Pia, nomeadamente na altura em que terão ocorrido os abusos que foram agora julgados, o ex-provedor nunca foi interrogado pelas autoridades na fase de inquérito.
Outros jovens foram claros, quando interrogados pela equipa que investigava a pedofilia na Casa Pia de Lisboa, em denunciar como alegados abusadores de menores Joaquim Monchique, Francisco Louça, Medina Carreira, Narana Coissoró, Paulo Portas, Vítor de Sousa e Carlos Monjardino, entre outros. Todos foram acusados pelas testemunhas/vítimas como frequentadores assíduos do Parque Eduardo VII, onde “arranjariam” os menores de quem abusavam.
Felícia Cabrita deu vários nomes
Quem também contribui para engrossar a lista de nomes de suspeitos de pedofilia foi a jornalista Felícia Cabrita, autora da notícia que esteve na origem do escândalo. Ouvida pelas autoridades a 16 de Janeiro de 2003, duas semanas antes da detenção de Carlos Cruz, Hugo Marçal e Ferreira Diniz, a jornalista revelou que tinha denúncias contra dois cozinheiros da Casa Pia, Jorge Ritto, Carlos Cruz e Fernando Pessa. Felícia entregou ainda à PJ um papel que lhe terá sido dado pela antiga secretária de Estado Teresa Costa Macedo, onde aquela denunciava o advogado Lawdes Marques, os doutores Eduardo Matias e André Gonçalves Pereira, os embaixadores António Monteiro e Brito e Cunha, bem como Carlos Cruz e João Quintela.
Isabel Raposo, a meia-irmã de Carlos Silvino, também escreveu uma carta à procuradora Paula Soares, que consta do processo, onde denuncia Pedro Roseta e o irmão, Valente de Oliveira, Martins da Cruz, Narana Coissoró, Paulo Portas, Bagão Félix e Adelino Salvado, entre outros.
O Ministério Público nunca explicou os critérios usados para acusar uns denunciados e ilibar ou nem sequer investigar outros!
Carlos Tomás

quarta-feira, 30 de março de 2011

As testemunhas e o dominó

eu tinha dito que não ia "falar" mais sobre o Processo Carlos Cruz, bem, chegou aquela fase em que de facto não é preciso dizer nada, se não for claro agora o que aconteceu, então é porque vivo num País surreal, senão vejamos:
O Bernardo Teixeira disse num dos programas mais respeitados da televisão portuguesa (prós e contras) que tinha sido violado por um apresentador de televisão, mas, não o Carlos Cruz.
O fabio, conhecido por Joel, disse á dias num programa da Sic, em directo, e na presença da Felicia Cabrita que não tinha sido abusado por Carlos Cruz.
O Ilidio diz naquela entrevista ao Expresso e reafirma hoje no: http://www.ionline.pt/conteudo/114061-casa-pia-abusadores-foram-falados-na-judiciaria
que a verdade é que não foi abusado por Carlos Cruz e refere que quando alguem lhe liga de madrid e lhe pergunta o que ele tinha dito, ele repete 3 vezes, A VERDADE!
Sobre Carlos Silvino não faço comentários, continuo na minha, não era credivél antes e tambem não o é depois.
Espero que estas testemunhas que agora se retrataram não sejam penalizadas por isso, pedir agora de volta os 25000 euros a este homem que achou mais importante dizer a verdade que devolver o dinheiro ao estado,é mais uma maneira de obrigar os outros a manterem a mentira, e aí parece-me ser o fim da picada, dá a sensação que alguem está com medo do efeito dominó destas confissões...
Na prática está-se a passar a seguinte mensagem, não digam a verdade senão vamos buscar-vos todo o dinheiro que receberam!