quarta-feira, 11 de maio de 2011
eu e a justiça....
O facto de eu me manisfestar com alguma veemencia contra a justiça, não deve ser encarada como um facto pessoal, é o resultado de sentenças mal proferidas, de provas mal analizados, de julgamentos mal conduzidos.
Partindo desta base encontramos pessoas com a vida destruída pelo mau desempenho da justiça, quando refiro o Processo Casa Pia obviamente vou de encontro a tudo que de pior se pode encontrar num processo desta natureza.
O mediatismo de Carlos Cruz, a sede de protagonismo de alguns personagens, a falta de preparação de outros levou-nos a uma situação insustentavél, que infelizmente destruíu a carreira profissional de um homem brilhante.
Na verdade sinto-me um pouco desmotivado, tive um pai maravilhoso que me ensinou a mim e aos meus irmãos o significado de palavras como familia, respeito, educação, cultura e por aí fora, aquilo que tenho visto neste processo é a negação de tudo aquilo que aprendi e que transmiti aos meus.
Assitir ao que tenho assistido desde o inicio do processo, e especialmente tendo hoje acesso aquilo que foi dito em tribunal, deixa-me numa situação angustiante de falta de confiança na justiça, nos seus agentes, em outras pessoas que deveriam transmitir com isenção os factos de que tinham conhecimento.
É especialmente melindroso este tipo de crime, por essa razão haveria todo o interesse em ser rigoroso na informação, isso não aconteceu e eu faço questão de enriquecer culturalmente todos aqueles que de uma forma vergonhosa ajudaram a construir esta aberração da nossa justiça, a todos eles aqui vos deixo o que merecem...
Partindo desta base encontramos pessoas com a vida destruída pelo mau desempenho da justiça, quando refiro o Processo Casa Pia obviamente vou de encontro a tudo que de pior se pode encontrar num processo desta natureza.
O mediatismo de Carlos Cruz, a sede de protagonismo de alguns personagens, a falta de preparação de outros levou-nos a uma situação insustentavél, que infelizmente destruíu a carreira profissional de um homem brilhante.
Na verdade sinto-me um pouco desmotivado, tive um pai maravilhoso que me ensinou a mim e aos meus irmãos o significado de palavras como familia, respeito, educação, cultura e por aí fora, aquilo que tenho visto neste processo é a negação de tudo aquilo que aprendi e que transmiti aos meus.
Assitir ao que tenho assistido desde o inicio do processo, e especialmente tendo hoje acesso aquilo que foi dito em tribunal, deixa-me numa situação angustiante de falta de confiança na justiça, nos seus agentes, em outras pessoas que deveriam transmitir com isenção os factos de que tinham conhecimento.
É especialmente melindroso este tipo de crime, por essa razão haveria todo o interesse em ser rigoroso na informação, isso não aconteceu e eu faço questão de enriquecer culturalmente todos aqueles que de uma forma vergonhosa ajudaram a construir esta aberração da nossa justiça, a todos eles aqui vos deixo o que merecem...
quarta-feira, 27 de abril de 2011
obrigado Carlos Tomás
Carlos Tomás
Processo Casa Pia
DENUNCIADOS OUTROS "ABUSADORES" FAMOSOS
São mais de 200 os nomes que foram referenciados como alegados abusadores de menores na fase de inquérito (investigação) do processo da alegada rede de pedofilia que operava na Casa Pia de Lisboa. Jorge Sampaio, Marcelo Rebelo de Sousa, Jaime Gama, Ferro Rodrigues, Narana Coissoró, Paulo Portas, Francisco Louça, Chalana, Carlos Manuel, Joaquim Monchique, Medina Carreira, Carlos Monjardino, Vítor de Sousa, Adelino Salvado, Bagão Félix e Valente de Oliveira são apenas algumas das figuras públicas que viram os seus nomes referenciados no processo por várias pessoas interrogadas pelos investigadores da PJ ao serviço do Ministério Público.
Marcelo surpreendido
O professor e comentador televisivo Marcelo Rebelo de Sousa está, por exemplo, referenciado como tendo abusado de um menor e presenciado actos de pedofilia numa casa em Lisboa. Foi acusado, a 8 de Abril de 2003, por uma professora, residente na Margem Sul do Tejo. Segundo a denúncia da docente, ela foi levada à referida casa pelo pai, e lá estaria o professor que assistiu, nas palavras desta mulher, a abusos de menores, tendo ele próprio abusado de um. A procuradora Paula Soares, uma das titulares do inquérito (juntamente com o procurador João Guerra e a procuradora Cristina Faleiro), foi quem recolheu este depoimento, que, mais tarde, mandou simplesmente apensar ao inquérito principal. A mesma mulher acusou ainda o ex-ministro da Saúde, Luís Filipe Pereira, de ter abusado de menores (de ambos os sexos) numa casa localizada no Estoril e confessou que ela própria agrediu, com um ferro, uma jovem, na mesma casa, estando convencida ainda hoje que a matou.
A procuradora Paula Soares considerou que os factos denunciados eram muito antigos e não estavam relacionados com nenhum dos arguidos, suspeitos ou ofendidos do inquérito da rede de pedofilia, pelo que não ordenou qualquer diligência investigatória, nomeadamente que se procedesse ao interrogatório do pai da suposta vítima a fim de se apurar que casa era aquela e quem era o seu proprietário.
Confrontado com esta acusação, Marcelo Rebelo de Sousa mostrou-se surpreendido: “Nunca fui interrogado sobre essa matéria. Nem sabia que tinha sido referenciado. Tinha conhecimento que a minha fotografia aparecia num álbum que foi mostrado às vítimas e até achei isso muito bem. De qualquer forma, essa acusação não faz o mínimo sentido. Não conheço essa pessoa de lado nenhum.”
Testemunhos desvalorizados
Muitos dos testemunhos e denúncias recolhidos pela equipa de investigadores que trabalharam na fase de inquérito do processo foram desvalorizados, apesar de alguns deles terem testemunhado em tribunal contra alguns dos arguidos que foram a julgamento, nomeadamente contra Ferreira Diniz, Jorge Ritto e Carlos Cruz.
Uma das testemunhas que acusou estes três arguidos (baptizado por alguma Comunicação Social como João A., tratando-se na realidade de Ricardo Oliveira, actualmente com cerca de 30 anos, julgado em 2007 por assaltos a várias residências na região de Sintra e referenciado pelas autoridades como estando ligado ao narcotráfico) denunciou à PJ outros alegados abusadores, nomeadamente Paulo Pedroso, Ferro Rodrigues, Jaime Gama, Fernando Chalana e Carlos Manuel, tendo mesmo indicado uma casa em Cascais, no Bairro do Rosário, onde terá sido abusado e filmado em práticas sexuais por Ferro Rodrigues, Jaime Gama e Jorge Ritto.
Uma outra testemunha/vítima, que acusa todos os arguidos de abusos na casa de Elvas, onde agora, de acordo com a sentença, apenas Carlos Cruz terá praticado abusos, denunciou à PJ Carlos Mota, antigo “assessor” de Carlos Cruz. As testemunhas que terão sido abusadas em Elvas referiram também à PJ abusos praticados por outras pessoas, nomeadamente por outros funcionários da Casa Pia, por colegas mais velhos e pelo antigo provedor Luís Rebelo, que foi demitido do cargo na sequência do escândalo. Curiosamente, apesar de ser referenciado nos autos como abusador e de ter estado mais de duas décadas à frente da Casa Pia, nomeadamente na altura em que terão ocorrido os abusos que foram agora julgados, o ex-provedor nunca foi interrogado pelas autoridades na fase de inquérito.
Outros jovens foram claros, quando interrogados pela equipa que investigava a pedofilia na Casa Pia de Lisboa, em denunciar como alegados abusadores de menores Joaquim Monchique, Francisco Louça, Medina Carreira, Narana Coissoró, Paulo Portas, Vítor de Sousa e Carlos Monjardino, entre outros. Todos foram acusados pelas testemunhas/vítimas como frequentadores assíduos do Parque Eduardo VII, onde “arranjariam” os menores de quem abusavam.
Felícia Cabrita deu vários nomes
Quem também contribui para engrossar a lista de nomes de suspeitos de pedofilia foi a jornalista Felícia Cabrita, autora da notícia que esteve na origem do escândalo. Ouvida pelas autoridades a 16 de Janeiro de 2003, duas semanas antes da detenção de Carlos Cruz, Hugo Marçal e Ferreira Diniz, a jornalista revelou que tinha denúncias contra dois cozinheiros da Casa Pia, Jorge Ritto, Carlos Cruz e Fernando Pessa. Felícia entregou ainda à PJ um papel que lhe terá sido dado pela antiga secretária de Estado Teresa Costa Macedo, onde aquela denunciava o advogado Lawdes Marques, os doutores Eduardo Matias e André Gonçalves Pereira, os embaixadores António Monteiro e Brito e Cunha, bem como Carlos Cruz e João Quintela.
Isabel Raposo, a meia-irmã de Carlos Silvino, também escreveu uma carta à procuradora Paula Soares, que consta do processo, onde denuncia Pedro Roseta e o irmão, Valente de Oliveira, Martins da Cruz, Narana Coissoró, Paulo Portas, Bagão Félix e Adelino Salvado, entre outros.
O Ministério Público nunca explicou os critérios usados para acusar uns denunciados e ilibar ou nem sequer investigar outros!
Carlos Tomás
Processo Casa Pia
DENUNCIADOS OUTROS "ABUSADORES" FAMOSOS
São mais de 200 os nomes que foram referenciados como alegados abusadores de menores na fase de inquérito (investigação) do processo da alegada rede de pedofilia que operava na Casa Pia de Lisboa. Jorge Sampaio, Marcelo Rebelo de Sousa, Jaime Gama, Ferro Rodrigues, Narana Coissoró, Paulo Portas, Francisco Louça, Chalana, Carlos Manuel, Joaquim Monchique, Medina Carreira, Carlos Monjardino, Vítor de Sousa, Adelino Salvado, Bagão Félix e Valente de Oliveira são apenas algumas das figuras públicas que viram os seus nomes referenciados no processo por várias pessoas interrogadas pelos investigadores da PJ ao serviço do Ministério Público.
Marcelo surpreendido
O professor e comentador televisivo Marcelo Rebelo de Sousa está, por exemplo, referenciado como tendo abusado de um menor e presenciado actos de pedofilia numa casa em Lisboa. Foi acusado, a 8 de Abril de 2003, por uma professora, residente na Margem Sul do Tejo. Segundo a denúncia da docente, ela foi levada à referida casa pelo pai, e lá estaria o professor que assistiu, nas palavras desta mulher, a abusos de menores, tendo ele próprio abusado de um. A procuradora Paula Soares, uma das titulares do inquérito (juntamente com o procurador João Guerra e a procuradora Cristina Faleiro), foi quem recolheu este depoimento, que, mais tarde, mandou simplesmente apensar ao inquérito principal. A mesma mulher acusou ainda o ex-ministro da Saúde, Luís Filipe Pereira, de ter abusado de menores (de ambos os sexos) numa casa localizada no Estoril e confessou que ela própria agrediu, com um ferro, uma jovem, na mesma casa, estando convencida ainda hoje que a matou.
A procuradora Paula Soares considerou que os factos denunciados eram muito antigos e não estavam relacionados com nenhum dos arguidos, suspeitos ou ofendidos do inquérito da rede de pedofilia, pelo que não ordenou qualquer diligência investigatória, nomeadamente que se procedesse ao interrogatório do pai da suposta vítima a fim de se apurar que casa era aquela e quem era o seu proprietário.
Confrontado com esta acusação, Marcelo Rebelo de Sousa mostrou-se surpreendido: “Nunca fui interrogado sobre essa matéria. Nem sabia que tinha sido referenciado. Tinha conhecimento que a minha fotografia aparecia num álbum que foi mostrado às vítimas e até achei isso muito bem. De qualquer forma, essa acusação não faz o mínimo sentido. Não conheço essa pessoa de lado nenhum.”
Testemunhos desvalorizados
Muitos dos testemunhos e denúncias recolhidos pela equipa de investigadores que trabalharam na fase de inquérito do processo foram desvalorizados, apesar de alguns deles terem testemunhado em tribunal contra alguns dos arguidos que foram a julgamento, nomeadamente contra Ferreira Diniz, Jorge Ritto e Carlos Cruz.
Uma das testemunhas que acusou estes três arguidos (baptizado por alguma Comunicação Social como João A., tratando-se na realidade de Ricardo Oliveira, actualmente com cerca de 30 anos, julgado em 2007 por assaltos a várias residências na região de Sintra e referenciado pelas autoridades como estando ligado ao narcotráfico) denunciou à PJ outros alegados abusadores, nomeadamente Paulo Pedroso, Ferro Rodrigues, Jaime Gama, Fernando Chalana e Carlos Manuel, tendo mesmo indicado uma casa em Cascais, no Bairro do Rosário, onde terá sido abusado e filmado em práticas sexuais por Ferro Rodrigues, Jaime Gama e Jorge Ritto.
Uma outra testemunha/vítima, que acusa todos os arguidos de abusos na casa de Elvas, onde agora, de acordo com a sentença, apenas Carlos Cruz terá praticado abusos, denunciou à PJ Carlos Mota, antigo “assessor” de Carlos Cruz. As testemunhas que terão sido abusadas em Elvas referiram também à PJ abusos praticados por outras pessoas, nomeadamente por outros funcionários da Casa Pia, por colegas mais velhos e pelo antigo provedor Luís Rebelo, que foi demitido do cargo na sequência do escândalo. Curiosamente, apesar de ser referenciado nos autos como abusador e de ter estado mais de duas décadas à frente da Casa Pia, nomeadamente na altura em que terão ocorrido os abusos que foram agora julgados, o ex-provedor nunca foi interrogado pelas autoridades na fase de inquérito.
Outros jovens foram claros, quando interrogados pela equipa que investigava a pedofilia na Casa Pia de Lisboa, em denunciar como alegados abusadores de menores Joaquim Monchique, Francisco Louça, Medina Carreira, Narana Coissoró, Paulo Portas, Vítor de Sousa e Carlos Monjardino, entre outros. Todos foram acusados pelas testemunhas/vítimas como frequentadores assíduos do Parque Eduardo VII, onde “arranjariam” os menores de quem abusavam.
Felícia Cabrita deu vários nomes
Quem também contribui para engrossar a lista de nomes de suspeitos de pedofilia foi a jornalista Felícia Cabrita, autora da notícia que esteve na origem do escândalo. Ouvida pelas autoridades a 16 de Janeiro de 2003, duas semanas antes da detenção de Carlos Cruz, Hugo Marçal e Ferreira Diniz, a jornalista revelou que tinha denúncias contra dois cozinheiros da Casa Pia, Jorge Ritto, Carlos Cruz e Fernando Pessa. Felícia entregou ainda à PJ um papel que lhe terá sido dado pela antiga secretária de Estado Teresa Costa Macedo, onde aquela denunciava o advogado Lawdes Marques, os doutores Eduardo Matias e André Gonçalves Pereira, os embaixadores António Monteiro e Brito e Cunha, bem como Carlos Cruz e João Quintela.
Isabel Raposo, a meia-irmã de Carlos Silvino, também escreveu uma carta à procuradora Paula Soares, que consta do processo, onde denuncia Pedro Roseta e o irmão, Valente de Oliveira, Martins da Cruz, Narana Coissoró, Paulo Portas, Bagão Félix e Adelino Salvado, entre outros.
O Ministério Público nunca explicou os critérios usados para acusar uns denunciados e ilibar ou nem sequer investigar outros!
Carlos Tomás
quarta-feira, 30 de março de 2011
As testemunhas e o dominó
eu tinha dito que não ia "falar" mais sobre o Processo Carlos Cruz, bem, chegou aquela fase em que de facto não é preciso dizer nada, se não for claro agora o que aconteceu, então é porque vivo num País surreal, senão vejamos:
O Bernardo Teixeira disse num dos programas mais respeitados da televisão portuguesa (prós e contras) que tinha sido violado por um apresentador de televisão, mas, não o Carlos Cruz.
O fabio, conhecido por Joel, disse á dias num programa da Sic, em directo, e na presença da Felicia Cabrita que não tinha sido abusado por Carlos Cruz.
O Ilidio diz naquela entrevista ao Expresso e reafirma hoje no: http://www.ionline.pt/conteudo/114061-casa-pia-abusadores-foram-falados-na-judiciaria
que a verdade é que não foi abusado por Carlos Cruz e refere que quando alguem lhe liga de madrid e lhe pergunta o que ele tinha dito, ele repete 3 vezes, A VERDADE!
Sobre Carlos Silvino não faço comentários, continuo na minha, não era credivél antes e tambem não o é depois.
Espero que estas testemunhas que agora se retrataram não sejam penalizadas por isso, pedir agora de volta os 25000 euros a este homem que achou mais importante dizer a verdade que devolver o dinheiro ao estado,é mais uma maneira de obrigar os outros a manterem a mentira, e aí parece-me ser o fim da picada, dá a sensação que alguem está com medo do efeito dominó destas confissões...
Na prática está-se a passar a seguinte mensagem, não digam a verdade senão vamos buscar-vos todo o dinheiro que receberam!
O Bernardo Teixeira disse num dos programas mais respeitados da televisão portuguesa (prós e contras) que tinha sido violado por um apresentador de televisão, mas, não o Carlos Cruz.
O fabio, conhecido por Joel, disse á dias num programa da Sic, em directo, e na presença da Felicia Cabrita que não tinha sido abusado por Carlos Cruz.
O Ilidio diz naquela entrevista ao Expresso e reafirma hoje no: http://www.ionline.pt/conteudo/114061-casa-pia-abusadores-foram-falados-na-judiciaria
que a verdade é que não foi abusado por Carlos Cruz e refere que quando alguem lhe liga de madrid e lhe pergunta o que ele tinha dito, ele repete 3 vezes, A VERDADE!
Sobre Carlos Silvino não faço comentários, continuo na minha, não era credivél antes e tambem não o é depois.
Espero que estas testemunhas que agora se retrataram não sejam penalizadas por isso, pedir agora de volta os 25000 euros a este homem que achou mais importante dizer a verdade que devolver o dinheiro ao estado,é mais uma maneira de obrigar os outros a manterem a mentira, e aí parece-me ser o fim da picada, dá a sensação que alguem está com medo do efeito dominó destas confissões...
Na prática está-se a passar a seguinte mensagem, não digam a verdade senão vamos buscar-vos todo o dinheiro que receberam!
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