quinta-feira, 7 de julho de 2011

a proposito de alguns comentarios estafados...







Claudine Bert
Justice: Que valent les expertises psychologiques?
Sciences Humaines, n.213, mars 2010, pp.26 -31.


http://www.scienceshumaines.com/justice --que-valent-les-expertises-psychologiques-
_fr_24926.html

Tradução: Denise Cabral de Oliveira e Sandra Pinto Levy

Justiça: de que valem as perícias psicológicas?

84 perícias psiquiátricas e psicológicas não impedira m que o processo de Outreau ocasionasse um fracasso judicial. Qual é a parcela de responsabilidade dos peritos? Como eles trabalharam? Foram tiradas lições disso?

Os peritos, psicólogos e psiquiatras, ajudam ou atrapalham a justiça?
Esta é a pergunta que inúmeras pessoas se fizeram diante do resultado do processo
de Outreau, enquanto uma comissão de inquérito parlamentar dispensou mais de 200
horas , entre os meses de janeiro e junho de 2006, para examinar ³os maus
funcionamentos da justiça´. Ela auditou ,notadamente, todos peritos que intervieram
nesta questão.(1) Quem são estes peritos? Qual é sua influência nas decisões da
justiça? Os maus funcionamentos de Outreau são imputáveis somente a eles?


O Fracasso.

Comecemos por lembrar os fatos. Myriam Badaoui pede o afastamento de seus 3 filhos menores de casa em razão da violência de seu marido, Thierry Delay, em relação a eles. O mais velho já está colocado em lar substituto há 5 anos. As assistentes maternais e as professoras que acolhem estas crianças cons tatam comportamentos, intenções que as fazem recorrer à justiça, que demanda uma investigação policial. As crianças são ouvidas e acusam seus pais de violências e de abusos sexuais, acrescentando que outros adultos, que elas nomeiam, estavam presentes. Em fevereiro de 2001, o casal Delay foi preso e acusado. T. Delay nega, mas sua esposa confessa rapidamente. Nas semanas seguintes,17 adultos, indicados seja por Myriam Badaoui, seja por vinte crianças identificadas como vitimas, foram presas.Desde 2001, o juiz do processo demandou uma perícia psicológica e psiquiátrica de todas as crianças acusadoras, e de todos os adultos acusados, e depois, no ano seguinte, novas perícias. Em 2004, antes do processo em audiência, e mesmo , com urgência, durante o mesm o, o promotor requer perícias. Foi realizado um total de 84 perícias. Em relação a um ponto fundamental: a confiança que se poderia ter nos testemunhos das crianças, de um lado, dos adultos acusadores, de outro lado ± notadamente de M. Badaoui, a princi pal dentre eles. A resposta dos peritos é sem ambiguidade: todos merecem crédito. Em relação aos adultos sob acusação, uma mesma questão foi levantada aos peritos psiquiatras e psicólogos:

Apresentavam eles traços de caráter ou de personalidade de abusadores
sexuais?.
Desta vez, as respostas são diferentes: os psiquiatras responderam pela
negativa para todos os acusados, os psicólogos, pela afirmativa para todos, exceto
quatro.

Quando do julgamento em tribunal em Saint Omer, em 2004, M. Badaoui admite ter acusado indevidamente 13 dos 17 culpados, e seu marido a apoia. Em seguida a essas retratações , 7 acusados são absolvidos, 10 condenados. Seis dentre estes apelaram. Em 2005, diante do tribunal de apelação de Paris, Thierry e Myriam Delay declaram a inocência dessas 6 pessoas, e duas das crianças retrocedem de suas acusações. As 6 pessoas são soltas. Em resumo, portanto, os acusadores, maiores e menores, cujo testemunho foi, e de forma repetida, tido como confiável pelos especialistas, tanto psiquiatras quanto psicólogos, acusaram indevidamente 13 pessoas de serem abusadores sexuais.Pode-se realmente falar, com efeito, em fracasso.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

eu e a justiça....

O facto de eu me manisfestar com alguma veemencia contra a justiça, não deve ser encarada como um facto pessoal, é o resultado de sentenças mal proferidas, de provas mal analizados, de julgamentos mal conduzidos.
Partindo desta base encontramos pessoas com a vida destruída pelo mau desempenho da justiça, quando refiro o Processo Casa Pia obviamente vou de encontro a tudo que de pior se pode encontrar num processo desta natureza.
O mediatismo de Carlos Cruz, a sede de protagonismo de alguns personagens, a falta de preparação de outros levou-nos a uma situação insustentavél, que infelizmente destruíu a carreira profissional de um homem brilhante.
Na verdade sinto-me um pouco desmotivado, tive um pai maravilhoso que me ensinou a mim e aos meus irmãos o significado de palavras como familia, respeito, educação, cultura e por aí fora, aquilo que tenho visto neste processo é a negação de tudo aquilo que aprendi e que transmiti aos meus.
Assitir ao que tenho assistido desde o inicio do processo, e especialmente tendo hoje acesso aquilo que foi dito em tribunal, deixa-me numa situação angustiante de falta de confiança na justiça, nos seus agentes, em outras pessoas que deveriam transmitir com isenção os factos de que tinham conhecimento.
É especialmente melindroso este tipo de crime, por essa razão haveria todo o interesse em ser rigoroso na informação, isso não aconteceu e eu faço questão de enriquecer culturalmente todos aqueles que de uma forma vergonhosa ajudaram a construir esta aberração da nossa justiça, a todos eles aqui vos deixo o que merecem...

quarta-feira, 27 de abril de 2011

obrigado Carlos Tomás

Carlos Tomás
Processo Casa Pia

DENUNCIADOS OUTROS "ABUSADORES" FAMOSOS

São mais de 200 os nomes que foram referenciados como alegados abusadores de menores na fase de inquérito (investigação) do processo da alegada rede de pedofilia que operava na Casa Pia de Lisboa. Jorge Sampaio, Marcelo Rebelo de Sousa, Jaime Gama, Ferro Rodrigues, Narana Coissoró, Paulo Portas, Francisco Louça, Chalana, Carlos Manuel, Joaquim Monchique, Medina Carreira, Carlos Monjardino, Vítor de Sousa, Adelino Salvado, Bagão Félix e Valente de Oliveira são apenas algumas das figuras públicas que viram os seus nomes referenciados no processo por várias pessoas interrogadas pelos investigadores da PJ ao serviço do Ministério Público.

Marcelo surpreendido
O professor e comentador televisivo Marcelo Rebelo de Sousa está, por exemplo, referenciado como tendo abusado de um menor e presenciado actos de pedofilia numa casa em Lisboa. Foi acusado, a 8 de Abril de 2003, por uma professora, residente na Margem Sul do Tejo. Segundo a denúncia da docente, ela foi levada à referida casa pelo pai, e lá estaria o professor que assistiu, nas palavras desta mulher, a abusos de menores, tendo ele próprio abusado de um. A procuradora Paula Soares, uma das titulares do inquérito (juntamente com o procurador João Guerra e a procuradora Cristina Faleiro), foi quem recolheu este depoimento, que, mais tarde, mandou simplesmente apensar ao inquérito principal. A mesma mulher acusou ainda o ex-ministro da Saúde, Luís Filipe Pereira, de ter abusado de menores (de ambos os sexos) numa casa localizada no Estoril e confessou que ela própria agrediu, com um ferro, uma jovem, na mesma casa, estando convencida ainda hoje que a matou.
A procuradora Paula Soares considerou que os factos denunciados eram muito antigos e não estavam relacionados com nenhum dos arguidos, suspeitos ou ofendidos do inquérito da rede de pedofilia, pelo que não ordenou qualquer diligência investigatória, nomeadamente que se procedesse ao interrogatório do pai da suposta vítima a fim de se apurar que casa era aquela e quem era o seu proprietário.
Confrontado com esta acusação, Marcelo Rebelo de Sousa mostrou-se surpreendido: “Nunca fui interrogado sobre essa matéria. Nem sabia que tinha sido referenciado. Tinha conhecimento que a minha fotografia aparecia num álbum que foi mostrado às vítimas e até achei isso muito bem. De qualquer forma, essa acusação não faz o mínimo sentido. Não conheço essa pessoa de lado nenhum.”

Testemunhos desvalorizados
Muitos dos testemunhos e denúncias recolhidos pela equipa de investigadores que trabalharam na fase de inquérito do processo foram desvalorizados, apesar de alguns deles terem testemunhado em tribunal contra alguns dos arguidos que foram a julgamento, nomeadamente contra Ferreira Diniz, Jorge Ritto e Carlos Cruz.
Uma das testemunhas que acusou estes três arguidos (baptizado por alguma Comunicação Social como João A., tratando-se na realidade de Ricardo Oliveira, actualmente com cerca de 30 anos, julgado em 2007 por assaltos a várias residências na região de Sintra e referenciado pelas autoridades como estando ligado ao narcotráfico) denunciou à PJ outros alegados abusadores, nomeadamente Paulo Pedroso, Ferro Rodrigues, Jaime Gama, Fernando Chalana e Carlos Manuel, tendo mesmo indicado uma casa em Cascais, no Bairro do Rosário, onde terá sido abusado e filmado em práticas sexuais por Ferro Rodrigues, Jaime Gama e Jorge Ritto.
Uma outra testemunha/vítima, que acusa todos os arguidos de abusos na casa de Elvas, onde agora, de acordo com a sentença, apenas Carlos Cruz terá praticado abusos, denunciou à PJ Carlos Mota, antigo “assessor” de Carlos Cruz. As testemunhas que terão sido abusadas em Elvas referiram também à PJ abusos praticados por outras pessoas, nomeadamente por outros funcionários da Casa Pia, por colegas mais velhos e pelo antigo provedor Luís Rebelo, que foi demitido do cargo na sequência do escândalo. Curiosamente, apesar de ser referenciado nos autos como abusador e de ter estado mais de duas décadas à frente da Casa Pia, nomeadamente na altura em que terão ocorrido os abusos que foram agora julgados, o ex-provedor nunca foi interrogado pelas autoridades na fase de inquérito.
Outros jovens foram claros, quando interrogados pela equipa que investigava a pedofilia na Casa Pia de Lisboa, em denunciar como alegados abusadores de menores Joaquim Monchique, Francisco Louça, Medina Carreira, Narana Coissoró, Paulo Portas, Vítor de Sousa e Carlos Monjardino, entre outros. Todos foram acusados pelas testemunhas/vítimas como frequentadores assíduos do Parque Eduardo VII, onde “arranjariam” os menores de quem abusavam.
Felícia Cabrita deu vários nomes
Quem também contribui para engrossar a lista de nomes de suspeitos de pedofilia foi a jornalista Felícia Cabrita, autora da notícia que esteve na origem do escândalo. Ouvida pelas autoridades a 16 de Janeiro de 2003, duas semanas antes da detenção de Carlos Cruz, Hugo Marçal e Ferreira Diniz, a jornalista revelou que tinha denúncias contra dois cozinheiros da Casa Pia, Jorge Ritto, Carlos Cruz e Fernando Pessa. Felícia entregou ainda à PJ um papel que lhe terá sido dado pela antiga secretária de Estado Teresa Costa Macedo, onde aquela denunciava o advogado Lawdes Marques, os doutores Eduardo Matias e André Gonçalves Pereira, os embaixadores António Monteiro e Brito e Cunha, bem como Carlos Cruz e João Quintela.
Isabel Raposo, a meia-irmã de Carlos Silvino, também escreveu uma carta à procuradora Paula Soares, que consta do processo, onde denuncia Pedro Roseta e o irmão, Valente de Oliveira, Martins da Cruz, Narana Coissoró, Paulo Portas, Bagão Félix e Adelino Salvado, entre outros.
O Ministério Público nunca explicou os critérios usados para acusar uns denunciados e ilibar ou nem sequer investigar outros!
Carlos Tomás

quarta-feira, 30 de março de 2011

As testemunhas e o dominó

eu tinha dito que não ia "falar" mais sobre o Processo Carlos Cruz, bem, chegou aquela fase em que de facto não é preciso dizer nada, se não for claro agora o que aconteceu, então é porque vivo num País surreal, senão vejamos:
O Bernardo Teixeira disse num dos programas mais respeitados da televisão portuguesa (prós e contras) que tinha sido violado por um apresentador de televisão, mas, não o Carlos Cruz.
O fabio, conhecido por Joel, disse á dias num programa da Sic, em directo, e na presença da Felicia Cabrita que não tinha sido abusado por Carlos Cruz.
O Ilidio diz naquela entrevista ao Expresso e reafirma hoje no: http://www.ionline.pt/conteudo/114061-casa-pia-abusadores-foram-falados-na-judiciaria
que a verdade é que não foi abusado por Carlos Cruz e refere que quando alguem lhe liga de madrid e lhe pergunta o que ele tinha dito, ele repete 3 vezes, A VERDADE!
Sobre Carlos Silvino não faço comentários, continuo na minha, não era credivél antes e tambem não o é depois.
Espero que estas testemunhas que agora se retrataram não sejam penalizadas por isso, pedir agora de volta os 25000 euros a este homem que achou mais importante dizer a verdade que devolver o dinheiro ao estado,é mais uma maneira de obrigar os outros a manterem a mentira, e aí parece-me ser o fim da picada, dá a sensação que alguem está com medo do efeito dominó destas confissões...
Na prática está-se a passar a seguinte mensagem, não digam a verdade senão vamos buscar-vos todo o dinheiro que receberam!

terça-feira, 29 de março de 2011

processo bem conduzido, heim....

publicado em 2006-05-25

A coordenadora da equipa policial que investigou o processo Casa Pia disse, em tribunal que foi pressionada pelo director da PJ de Lisboa para demover «de qualquer maneira» o Ministério Público a deter o apresentador Carlos Cruz.

Na sessão desta quarta-feira, que hoje voltou a ser aberta à comunicação social, Rosa Mota assegurou que o então director da PJ de Lisboa, Artur Pereira, quando já estava passado o mandado de detenção de Carlos Cruz, lhe solicitou «que demovesse de qualquer maneira o Ministério Público de deter» o apresentador.

De acordo com Rosa Mota, o responsável pela Directoria de Lisboa argumentou que, no seu entender, não existiam indícios suficientes para proceder à detenção de Carlos Cruz a 31 de Janeiro de 2003.

conclusão: motorista 1 - director 0

Sobre a sentença faço minhas as palavras do bicho carpinteiro....


Sexta-feira, 3 de Setembro de 2010
Casa Pia, Carlos Cruz e o processo

Sá Fernandes, um dos advogados de Carlos Cruz, referiu há pouco que o acórdão lido não incluiu a fundamentação devida e apresentou protesto. Disse um comentador da RTPN que os advogados tinham acordado previamente com os juizes que os magistrados procederiam apenas à leitura de uma síntese devido à extensão do documento original.
Ouvidos os excertos da leitura dados pelas televisões, houve que ter em conta o facto de se tratar de um registo com a responsabilidade de anunciar a prisão de um conjunto alargado de seres humanos, de proporcionar o conforto possível para as vítimas e de determinar o rumo da vida de outros tantos (familiares e amigos), mas também de restituir alguma credibilidade ao sistema judicial.
Ora, mesmo com o acordo prévio de ser lida apenas uma súmula, o texto apresentado estava, desde logo, formalmente mal redigido e, conforme declarou Sá Fernandes, também não dei conta de qualquer fundamentação para os factos dados como provados. Por outro lado, pareceu-me de um enorme desrespeito para com as pessoas envolvidas, não estarem disponíveis cópias para consulta. Entretanto, a RTP referiu que o registo já se encontrava no site desta televisão. Fui até lá e não o descortinei. A ideia com que fico é a de que estamos perante uma série de incompetentes.
Não sei se Carlos Cruz fala verdade. Todavia, subscrevo sem reservas as declarações de Carlos Cruz quanto à falta de análise crítica por parte dos mass media em geral (não só sobre este caso, mas também sobre muitos outros), com óbvias implicações na formação da opinião pública. E uma coisa é certa: perante a gravidade das acusações, as repercussões do processo e a projecção mediática, urgia apresentar um documento honesto, claro e inequívoco. O divulgado foi uma hipótese de relato mal elaborado a partir de episódios avulsos.
Para mim, ao estado a que isto chegou, não chega que um grupo de juízes venha ler um escrito com conclusões acerca dos actos praticados sem incluir a respectiva fundamentação: onde está a referência a perícias, factos, datas, lugares, nomes das pessoas, circunstâncias, escrutínio e contraditório?

Menos mal que temos uns policias á maneira, os CSIIISS comparativamente aos nossos são uns bananas...
têm duvidas? vejam esta perola...

publicado em 2006-06-21 em www.mundopt.com

A sessão de hoje do julgamento do processo Casa Pia, a 197ª, foi preenchida com a audição de um inspector da Polícia Judiciária (PJ), Vítor Pita, que se esqueceu de praticamente toda a investigação.

«Não me lembro» ou «não recordo nada» foram as palavras que o inspector, um dos responsáveis pela investigação desde que começou o caso Casa Pia, mais utilizou em audiência, o que levou mesmo o advogado Paulo Sá e Cunha, do arguido Manuel Abrantes, a perguntar-lhe se se estava a sentir bem.
Vítor Pita lembrou-se que ouviu em inquérito algumas das testemunhas/vítimas e que os responsáveis pela condução do mesmo, Rosa Mota e Dias André, não assistiam, mas esqueceu-se de todos os pormenores em relação a reconhecimentos que fez com as alegadas vítimas.
É o caso de idas a uma casa na Avenida das Forças Armadas, a Elvas ou à Feira Popular, à Casa Pia, a Loures, ao Instituto de Medicina Legal, a Vila Viçosa ou à Lourinhã. Neste caso admitiu que foi fazer uma busca domiciliária, embora não se recordasse a quem.
A memória de Vítor Pita atraiçoou-o mesmo quanto à data em que entrou para a PJ, tendo que se socorrer da carteira profissional para responder que foi em 2001.
A sessão prossegue quinta-feira, às 09:30, com a audição de mais dois inspectores da PJ.

esta é a parte não visivél do iceberg, a visivél foi aquilo que se sabe....

segunda-feira, 28 de março de 2011

A razão da minha ausencia

Depois de tantos dias sem escrever é até dificil começar, preciso estruturar e alinhavar os pensamentos de uma maneira que sejam compreensiveis para todos, se por vezes eles até na minha mente se atropelam, imaginem lá como os devo fazer passar...

Por essa razão hoje pensei em várias generalidades, desde aquela mulher que esteve morta uns 8 anos em casa e que as finanças muito profissionalmente já lhe tinham vendido a casa para ela ser sepultada sem a preocupação de arranjar comprador...

Depois temos aquele discuro do Marinho Pinto que achei uma delicia, em especial porque uma parte do discurso foi direcionado para a figura de Carlos Alexandre, que se apresenta como arauto de uma justiça cega, surda e muda, em que se devem respeitar os tribunais, no entanto funciona tipo frei Tomáz, faz o que eu digo e não faças o que eu faço.

Neste caso parece aquele do senhor dos aneis, no filme, o smigol, retardado e manhoso, quer de qualquer maneira ficar com o anel, no caso do Sr. Juiz ele tambem afirma que as gravações são dele! e não dá a ninguem....
No caso do smigol ele cai com o anel na fornalha da montanha e no caso do juíz já estou a imaginar ele levar aquilo pra cova...
Parece o estinito, quando eramos pequenos ele tinha que jogar sempre, ele não jogava nada, mas a bola era dele e portanto nada a fazer, o argumento era muito convincente : senão jogar vcs tb não jogam, a bola é minha...
O Paulo que diz que não se pode gastar dinheiro é outro exemplo do Frei Tomás, tempos houve que mandou a marinha impedir um perigoso barco estrangeiro de atracar a um porto nacional, na altura entendi a ideia, se por acaso tivessem feito alguns abortos, no futuro este País podia vir a ter falta de politicos...
Mais tarde comprou uns submarinos que até conseguem navegar debaixo de agua, o que é espantoso. Aínda ninguem percebeu para que servem ou que falta nos faziam, mas isso são contas de outro rosário.
lembram-se daquele comentario que apareceu na correspondencia do Wikileaks que dizia que os nossos politicos gostavam de brinquedos caros?
não, não se referiam a trotinetes, era mesmo a submarinos....

Sobre o processo Carlos Cruz não vou dizer nada, não falo sobre coisas que nunca aconteceram.
Aquilo que durante anos andei a dizer vai-se confirmando dia após dia e aqueles que diziam que não havia fumo sem fogo, acho que é tempo de alterarem para, a verdade é como o azeite, vem sempre ao de cima...
Anos perdidos, uma vida destruída pela calunia, pela inveja, pelo mau caractér, pela incompetencia.
Atendendo ao que se comenta sobre os ordenados das transferencias entre as televisões privadas, e falo só e exclusivamente do trabalho individual, não da empresa de Carlos Cruz, no minimo e fazendo contas na base de 40000 euros mensais, no fim de 8 anos perdeu na ordem de 5 milhões de euros, repito só da televisão!
Para não falar das campanhas publicitárias, alem daquilo que ele teve que gastar num processo desgastante e que a nivel pessoal não se pode quantificar.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

entrevista da Ana Gomes ao i...

Já percebeu melhor o que aconteceu na altura em que a direcção de Ferro Rodrigues, a que pertencia, se viu envolvida no processo Casa Pia?

Não percebi, em detalhe, muito melhor. A história está por contar e por investigar. Acho que tive bem a percepção do que se passava, que era uma miserável intriga para derrubar aquela direcção, que era uma direcção de gente séria, que estava a procurar sanear as contas do partido. Por exemplo, a Lei do Financiamento dos Partidos Políticos, que entrou em vigor em 2005, foi por determinação de Ferro Rodrigues. Era uma lei moralizadora. A que existe hoje é muito pior.

A resistência a essa direcção também veio de dentro do PS?

Eu disse-o na altura e não excluo que possa ter havido alguém dentro do PS que tivesse interesse em derrubar Ferro Rodrigues. Não foi por acaso que foi Paulo Pedroso a ser envolvido nesse caso. Era a pessoa que estava a tomar medidas de saneamento. Inclusivamente de funcionários do partido que não existiam e recebiam dinheiro.

Eram pagos pelo partido sem trabalhar?

Exactamente. Pergunte-lhe, mas o que aconteceu foi que houve o escândalo Casa Pia com a necessidade de encontrar bodes expiatórios ou culpados e figuras públicas e mediáticas que fossem responsabilizadas. Eu não percebo como foi possível condenar o Carlos Cruz com base naqueles elementos. Eu li o processo. E havia outras coisas...

Outras coisas?

Havia o processo do parque de que ninguém fala, mas que o SIS sabe. O dr. Rui Pereira, que era o director do SIS nessa altura, sabe. O processo do parque onde algumas pessoas tinham sido apanhadas, algumas figuras políticas inclusivamente. E portanto havia que montar uma encenação que concentrasse os holofotes em determinadas pessoas e desviasse as atenções de outras. E foi isso que aconteceu. Eu fui àquela célebre manifestação que houve, logo a seguir ao rebentamento do caso, na qual estava a Catalina Pestana. Eu fui lá e fui dizer que o processo estava a ser orientado para desacreditar a justiça.

Catalina Pestana disse que não acreditava na inocência de Paulo Pedroso.

Essa mulher, para mim, não tem qualquer credibilidade. Foi directora de um colégio da Casa Pia e nunca viu nada e de repente viu tudo. Como é? Essa senhora para mim não tem qualquer ponta de credibilidade. O que eu lhe digo é que era preciso que se investigasse e se percebesse o que aconteceu. Sem dúvida que os holofotes foram desviados para Ferro Rodrigues e Paulo Pedroso com base em testemunhos que não tinham credibilidade. Não estou a dizer que os miúdos da Casa Pia não sofreram horrores, mas eles são facilmente instrumentalizáveis a partir da hora em que entraram na delinquência. E seriam facilmente manipuláveis.

E foram manipulados por quem?

Se calhar havia muita gente com diversos interesses. Uns tinham de prestar contas a nível da investigação, outros queriam desviar os holofotes de pessoas que podiam ser apanhadas e outros ainda queriam ver-se livres de pessoas que estavam a ser particularmente incómodas no PS. A investigação está por fazer.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Condenados por força da mentira

Condenar alguem baseado naquilo que diz o acusador comporta muitos riscos, eu discuto esses assuntos com frequencia, mas constacto que nem sempre as pessoas lhe dão a importancia que merecem, a não ser quando por alguma razão são eles mesmo as vitimas...

Todos acreditavam nos "assistentes"....

Todos os jornais e telejornais deram uma vasta informação sobre este caso que chocou a frança, por mais incrivel que pareça foram todos enganados....

Le fait divers d’Outreau, en particulier, n’a pas échappé à une débauche de fausses révélations. Très vite, alors que l’instruction commence, le compte rendu de l’événement s’affole. Un reporter de France 2 ne s’embarrasse d’aucune précaution quand, dans le 20 heures du 15 novembre 2001, il énonce les « faits » : « Les quatre enfants ont d’abord été violés par leur père, puis par des proches. Certains sont des commerçants du quartier. Les parents s’acquittaient ainsi de leurs dettes. » Ailleurs, on mentionne sans précaution les fonctions sociales des « coupables » de crimes imaginaires : « un huissier et son épouse, infirmière scolaire, un prêtre ouvrier, un chauffeur de taxi et les deux propriétaires d’un sex-shop d’Ostende, en Belgique, sont interpellés. »(Le Figaro, 21 novembre 2001.Rien d’étonnant à ce déballage. Avec l’affaire Dutroux (1996), le nombre d’articles et de reportages consacrés aux affaires sexuelles touchant les enfants a explosé. Les archives Internet des journaux de presse écrite permettent de mesurer l’évolution. Jusqu’en 1995, les mots « pédophilie/pédophile » entraînaient une dizaine d’occurrences par an. Après 1996, il faut multiplier ce chiffre par dix, voire par vingt (4).

Le déferlement s’explique en partie par l’occultation du phénomène jusqu’à cette date. Mais comment ne pas imaginer que le caractère vendeur, ou supposé tel, d’informations de ce genre constitue une motivation-clé ? Du 5 mai au 5 juillet 2004, le « procès d’Outreau » est présent vingt-six fois à la « une » des quatre grands quotidiens nationaux, qui y consacrent 344 articles en huit semaines : 108 dans Le Figaro, 84 dans Le Monde, 77 dans Le Parisien, 75 dans Libération. Pendant la même période, ces quotidiens consacrent trois articles à eux quatre à la sortie d’une étude de l’Organisation mondiale de la santé (OMS) établissant que la pollution de l’air, de l’eau et d’autres dangers liés à l’environnement tuaient chaque année plus de 3 millions d’enfants de moins de 5 ans (lire « Un certain effet de brouillage... » pour d’autres asymétries médiatiques).

Lá como cá estas são noticias muito comercializaveis se assim se pode dizer...e vendem muito!

De 4 de maio a 5 de julho 2004, "o processo d´Outreau" foi 26 vezes noticia de 1º pagina dos 4 grandes jornais nacionais que lhe consagraram 344 artigos em 8 semanas : 108 vezes no Le Figaro, 84 vezes no Le Monde, 77 no Parisien e 75 vezes no Libération.

Durante o mesmo periodo esses mesmo jornais dedicaram 3 artigos aos resultados de um estudo publicado pela OMS, que dizia basicamente apenas isto:A poluição do ar, da agua e de outros perigos ligados ao desenvolvimento matam todos os anos cerca de 3 milhões de crianças com menos de 5 anos de idade.
Lá como cá o importante são noticias apelativas, mesmo que sejam completamente mentiras quem se importa?

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Por acaso já viram este filme??

Délation, compassion, mépris social
Les faits divers, ou le tribunal implacable des médias

Depuis des mois, la lutte contre la pédophilie, le terrorisme ou l’antisémitisme a conduit la plupart des médias à stigmatiser des crimes imaginaires et à accabler des innocents (affaires d’Outreau, du bagagiste d’Orly, du RER D). La presse sacrifie les informations importantes pour donner une large place à ce traitement de plus en plus irresponsable des faits divers. Pourra-t-elle se défausser indéfiniment de ses travers mercantiles sur des juges, des policiers ou des élus ?

Par Gilles Balbastre

Le 19 mai 2004, devant des dizaines de caméras, dont celle du journal de 20 heures de TF1, l’huissier de justice Alain Marécaux s’écroule en pleurs à la sortie du tribunal de Saint-Omer. Le moment est bouleversant : « J’ai tout perdu dans cette affaire. Vous savez... on a volé mes enfants. Ils ont tué ma mère. J’ai dû vendre mon étude... vendre ma maison.... J’ai plus rien... Comment voulez-vous... » Le revirement à l’audience de sa principale accusatrice transforme soudain cet homme en héros, victime, selon la presse unanime, de la « faillite du système judiciaire », d’experts psychologues « partiaux », d’assistantes maternelles « irresponsables », et même de la parole des enfants « manipulés ». A ce moment précis, qui se souvient encore que, deux ans plus tôt, le 11 janvier 2002, un 20 heures de TF1 accusateur montrait à 9 millions de téléspectateurs la maison de ce même Alain Marécaux et de sa femme, incarcérés à la suite de ce qui, à l’époque, était présenté comme une affaire de pédophilie monstrueuse ?

Le Figaro du 20 mai 2004 s’apitoie sur le sort du chauffeur de taxi Pierre Martel : « Avant “l’affaire”, il menait une existence paisible entre sa famille et sa passion pour le golf. (...) Il a été mis en examen pour six viols sur mineurs. On l’a aussi accusé d’avoir conduit des enfants en Belgique pour des séances pédophiles dans une ferme. » Ce « on » accusateur vise en fait... Le Figaro du 1er janvier 2002. Car le quotidien évoquait alors « un chauffeur de taxi qui conduisait les petites victimes dans une ferme en Belgique, près d’Ypres, où se déroulaient les soirées spéciales enregistrées par deux propriétaires d’un sex-shop d’Ostende ». A la liste brandie par les médias des responsables de la souffrance de ces « accusés à tort » manque la profession de journaliste (1).


Car autant, dans ce qu’il convient d’appeler l’« affaire d’Outreau », il est légitime de s’interroger sur l’instruction du juge Fabrice Burgaud – ce dont ne se privera pas la presse dans son ensemble –, autant il aurait été nécessaire de soumettre à la critique le travail de l’immense majorité des médias. A part quelques très brumeuses mises en cause de la « pression médiatique », promptement associée à la « pression de l’opinion publique », nul n’a souligné la duplicité de la presse. Les anciens accusés devenus victimes sont trop occupés à se remettre de leur traumatisme ; les avocats comme les responsables politiques, trop dépendants de la publicité médiatique ; les professions mises à l’index, trop apeurées par le pouvoir accusatoire des journalistes.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

a entrevista de carlos silvino

Tenho sido confrontado nos ultimos dias com a entrevista de carlos silvino e qual o valor que lhe atribuo...
Bem, para ser honesto não me aquece e nem me arrefece, a minha convicção sobre a inocencia de Carlos Cruz não é condicionada por nenhuma entrevista, parto do principio que todos eles, sem excepção, mentiram.
Provoca-me muito desconforto saber que esses rapazes foram, eventualmente "usados" para fins que não trouxeram nada de bom a esta pobre justiça nacional.
No caso de carlos silvino penso que lhe acenaram com a lei 93/99 de 14 de julho, tambem conhecida como a lei de proteção a testemunhas e por aquilo que disse o josé maria nas alegações finais, assim, olhos nos olhos com o procurador joão aibeo, tinha havido um acordo entre o MP e o seu cliente, BiBi para, por força da sua "colaboração" com a justiça ter uma pena mais reduzida, aventando inclusive o josé maria a possibilidade de o seu cliente ver a sua pena suspensa....
Ora não foi isso que aconteceu, o presumivél acordo não foi cumprido, ou seja, só foi cumprido por carlos silvino e colaboradores, que enterraram através de mentiras sobre mentiras todos os arguidos, na esmagadora maioria dos casos com discursos que me parecem absolutamente irrealistas.
No entanto quero deixar aqui bem claro que estou disponivél para mudar de opinião nas seguintes condições.

1º- Quando aparecer uma testemunha ocular que tenha visto Carlos Cruz na casa de elvas ou imediações.

2º- Quando aparecer uma testemunha ocular que tenha visto Carlos Cruz no edificio da av. das forças armadas ou imediações.

3º-Quando aparecer um empregado, patrão, ou cliente, que confirme que viu Carlos Cruz no restaurante da ajuda onde francisco guerra diz que se encontraram algumas vezes com os outros envolvidos no processo.

4º- Quando algum técnico de telecomunicações me explicar como se faz para ir de Lisboa a Elvas, estar em Elvas, e nunca, nem uma vez, uma vezinha apenas, algum telefone de Carlos Cruz ter acionado uma antena nesse percurso.

5º-Quando me apresentarem algum engenheiro ou arquitecto que me explique como houve nas escadas da casa de elvas uma sala, contrariando completamente as declarações do construtor.
A não ser que não tivessem gostado da sala nas escadas e tenham mudado novamente a construção...

Para terminar deixo aqui um comentário de Adelino Granja:
O advogado e Ex Casa Piano Adelino Granja admite que as novas declarações de Carlos Silvino podem colocar em causa o processo Casa Pia.
" O que está a passar-se agora no Processo Casa Pia passou-se noutros Países, nomeadamente em França, em que passado cinco anos,(...) e com pessoas presas, algumas até se suicidaram na cadeia, as testemunhas vieram desmentir-se (...) por motivos circunstaciais foram levados por individuos a mentir, afirmou Adelino Granja.
"Este pode ser um caso. Eu gostaria que não tivesse sido isto, ou seja, um julgamento na opinião publica contra determinadas pessoas que já têm o futuro todo em cheque", adiantou.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Não é minha mas gostei....

Face Oculta – da verdade
Criticar os erros da justiça é desacreditá-la, ou é dar contribuição para a melhorar?
Criticar os exageros e mentiras da comunicação social, é estar contra ela ou é uma forma de distinguir os bons dos maus jornalistas?
São estas as perguntas que quase ninguém faz, porque não são politicamente correctas ou pelo menos socialmente oportunas.
Parece que em Portugal ninguém quer dizer que o rei vai nu, mesmo que o vejam completamente em pelota. Ninguém quer ter opinião contrária à opinião dominante e induzida pela comunicação social.
Onde quero chegar? Aos processos mediáticos dos últimos anos! Às suas verdades e às suas nentiras.
No processo Casa Pia não conseguiram encontrar provas para condenar Carlos Cruz, mas depois de tudo o que a comunicação social disse e a opinião pública pensa, já “intoxicada” pela primeira, era um escândalo e descrédito admitirem a absolvição por falta de provas.
No processo Apito Dourado a justiça não conseguiu provar que a fruta do Pinto da Costa prometia eram meninas para aquecer os árbitros, nem tão pouco que isso fosse crime.
No processo Freeport bem se esforçaram por encontrar irregularidades que envolvessem Sócrates, mas depois de tanta investigação jornalística, de escutas, de vídeos feitos às escondidas e mostrados na TV, fugas de informação do segredo de justiça, de invenção de pressões a dois virgens magistrados, etc., nada encontraram. Tudo indica que vai acabar em nada.
No Face Oculta, apanharam um vigarista de bairro e logo tentaram levar com ele políticos e responsáveis de empresas públicas. À falta de melhor até pessoas que se opuseram às trafulhices de Godinho foram envolvidas nas acusações. Mais uma vez a polícia e os procuradores não encontraram nada que lhes permitisse pegar a presa que procuravam - Sócrates.
Agora com a opinião pública com ideia já formada, como vai a justiça sair disto se não encontrar provas de tudo o que se disse? Ou tem de julgar e condenar inocentes ou irregularidades menores (para salvar a sua Face), ou passará mais uma vez por incompetente ou perdulária para com os “criminosos”.
Este dilema da justiça resulta de culpa própria, pois foram eles que permitirem e alimentaram a acusação prematura e os julgamentos feitos na comunicação social antes de serem feitos nos tribunais.
Depois quando os tribunais não provam os graves crimes que toda a gente já julgou, lá vêem as frases feitas:- “Os grandes safam-se sempre”; “A justiça nunca apanha ninguém”; etc.
Em Portugal todos parecem ter medo da verdade! Criam-se as condições para a verdade não ser aceite e a justiça não ser feita. A justiça vive condicionada pela comunicação social e pela opinião pública. A comunicação social vende a alma ao diabo para salvar a carteira, pois os jornalistas com carácter e responsabilidade vendem menos jornais e têm menos audiências do que os imbecis e irresponsáveis sem carácter.
Está tudo ao contrário! Há medo ou não conveniência de admitir a verdade. Há interesses escondidos. Há politização da justiça como admitiu Noronha do Nascimento.
Falta coragem à justiça! Falta coragem para se fazer justiça e para não culpar inocentes quando não há provas para condenar os culpados.

http://eu-calipto.blogs.sapo.pt/

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Comentario de quem convive com ...

Costumo, até por curiosidade ler os mais diversos comentarios sobre o processo Carlos Cruz, chamo-lhe assim porque sem Carlos Cruz era muito natural que não houvesse processo nenhum e os famosos "assistentes" teriam sido desancados por qualquer juíz que tivesse um minímo de bom senso, infelizmente não foi isso que se passou.
Com tantas mentiras facilmente detectadas, acho que este processo foi baseado em dois pilares fundamentais.
A inveja de muitos colegas de profissão que tinham por Carlos Cruz a mesma paixão que maomé tinha por toucinho.
A imcompetencia da nossa policia que criou um processo sem fundamento, agarrado por arames, e que mesmo perante as chamadas de atenção insistiram em levar para a frente....

No forum da casa, nas varias paginas de discussão sobre este assunto achei curiosa esta opinião, pelo jeito com mais fundamento que a esmagadora maioria que opina sobre este tipo de assunto e por isso a deixo para todos lerem.
http://forumdacasa.com/discussion/13095/processo-casa-pia-comentarios/?Focus=168751

Sabem o que mais me choca? Procuram razões para ele não ser culpado quando se deveriam procurar as razões para o ser. O Sr. Neon tem toda a razão quando refere um principio basilar do processo penal "in dubio pro reu" que significa que em caso de dúvida se deve absolver o arguido. Ou seja, que a prova testemunhal seja a prova rainha nestes casos não há dúvidas. Mas falando dos "miudos" que falamos, não pdoe ser a única prova e deverá ser muitooo bem analisada. E sabem porque eu, pessoalmente, duvido que tenha sido? Porque já fui várias vezes ao Tribunal de Família e Menores de Lisboa com meninos deste género, presentes ao juíz de menores por crimes que cometeram, que cá fora muitas vezes me confessam as coisas e me dizem como vão "enganar" o juíz. E depois dentro da grande sala, lá os vejo a enganar o juíz como nenhum "miudo" eu diria mais, estes miudos não sentem sequer o "peso" da sala de audiências, nem o "peso" da toga, nem o "medo" de irem presos um dia, nem a "vergonha". NADA! São seres vazios e muito vividos. Eu diria que muitos são como nenhum adulto consegue ser. E por isso, pela minha experiência pessoal (que assisto com calma ao juíz ser levado pelo xico-esperto) que duvido disto. Não se trata de achar que é inocente reparem. Eu não vou dizer que acho isto ou aquilo sem ter eu própria mexido nos papeis, interrogado as testemunhas, sentido tudo ao pormenor. Mas não me limito a "esconder" atrás da sentença e aceitar sem mais, que reflete o que aconteceu na realidade. É um processo perigoso, a prova testemunhal neste caso é terrível e espero que não tenha sido a única. Por outro lado... sabem... se os miudos disserem que o pénis do Sr. Carlos Cruz tinha 15 cm, eles estarão a dizer que tem o tamanho médio e por isso existem 85% de probabilidades de acertar. Percebem o que digo??? A prova pericial vale o que vale e vale consoante o caso concreto...Eu continuo com uma convicção pessoal, de que estes miudos são perigosos e de que não são as vitimas que as pessoas pensam e como as pessoas pensam. Se a opinião pública está tão escandalizada com isto porque não de deslocam ao parque eduardo VII para denunciar quem por lá passa? Simples... é o mediatismo, querem o carlos cruz preso... E não sabem sequer com base em quê é que foi condenado... Eu não digo que é inocente mas jamais direi que alguém é culpado num processo deste género em que esteja em causa a imputação a um arguido de crimes através de, essencialmente provas testemunhais de quem cresceu na mentira.Pequena nota: Eu não tenho absolutamente nada contra estes miudos, tenho mais pena do que qualquer outro sentimento e julgo que são vítimas deste sistema. Tenho pena que quem tinha o dever de olhar por eles não o tivesse feito e que agora lhes dê palmadinhas nas costas. Acho indecente e acho que estamos todos ao contrário!

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O que diz o José Leite Pereira...


No JN

DirectorJosé Leite Pereira

Opinião

O caso Casa Pia e a nossa Justiça
2010-08-29

Corria o ano de 2002 quando o país se sobressaltou com a notícia do abuso sexual de crianças entregues à guarda do Estado, na Casa Pia de Lisboa. Num ápice, o caso ganhou dimensão com os nomes envolvidos na escandaleira. Passaram oito anos. Se tudo correr bem, se não houver mais atrasos e adiamentos, a sentença começará a ser proferida na sexta-feira. Depois, para os envolvidos, para os seus advogados, a saga continuará com os recursos e mais anos e anos em cima.
O conjunto de arguidos envolvido no processo começará a conhecer o seu futuro na sexta-feira. Mas a sentença já não salvará a Justiça portuguesa. A forma como decorreu a investigação, os segredos que foram soprados para o exterior e queimaram tanta gente, o tempo que demorou todo este processo mostram uma Justiça anquilosada, não estanque a influências externas, má e lenta a investigar. Já muitas vezes ao longo destes oito anos se disse e escreveu que pior do que deixar culpados sem castigo é culpar inocentes. Contudo, o cenário mais terrível que a Justiça portuguesa deixou que se construísse à volta deste processo é que, qualquer que seja a sentença relativa a cada um dos arguidos, ela causará sempre desconfiança, porque o processo está tão inquinado que a Justiça deixou de ser credível. Deixou de ser credível ao ponto de se pensar que não é imune à influência política e económica, que não é imune aos jogos de poder, pelo contrário, muitos jogos de poder passarão pelo seu seio. E depois deste caso outros aconteceram que puseram a nu mais podres de um edifício que, pelos vistos resistiu ao 25 de Abril, quando se deveria ter democratizado, e resistiu ao próprio tempo, tem resistido à própria modernidade, de tal forma que a Justiça é certamente, hoje em dia, o sector que mais necessita de profundas reformas, que mais aconselharia um amplo consenso nacional para que se pudesse reconstruir todo o edifício jurídico.
Do caso Casa Pia sai mal a Política também, porque muitos políticos não tiveram pejo em utilizar a justiça para o combate político. E sai mal a Imprensa que, por não estar habituada a processos desta dimensão e profundidade, não soube distanciar-se e ajudou não apenas ao combate político, que não lhe compete, como alimentou o voyeurismo em que muitas pessoas foram torrando sem grande hipótese de defesa. Alguns julgamentos que foram feitos na praça pública, por interesses menos bem definidos ou por pura incúria, tiveram vezes demais o incentivo de uma Imprensa mais interessada em comercializar escândalos do que em ajudar a apurar a verdade. Hoje, longe de vivermos no Paraíso, estamos, porém, num estádio em que a alguma Imprensa já recusa cometer os mesmos erros e é mais crítica de si própria.
Por fim, a própria instituição Casa Pia: que bom seria que, oito anos depois, todos pudéssemos confiar que as crianças entregues ao Estado, naquela ou noutras instituições, estão seguras, certamente resguardadas dos sofrimentos que para ali as atiraram e protegidas dos males que outros, abusando da sua inocência e incapacidade de defesa, lhes incutem. Poderemos confiar?

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Mais um em que a justiça pediu perdão....

A Justiça francesa fez um mea-culpa do processo de pedofilia de Outreau e pediu desculpa aos acusados, seis dos quais foram ontem absolvidos.Trata-se do maior erro judicial do-pós guerra que pôs a nú o mau funcionamento do sistema. Desde as primeiras audiências dos 17 acusados 13 declararam-se inocentes, tal como François Mourmand que se suicidou na prisão. O padre Dominique Weil, acusado de violação, corrupção de menores e agressão sexual denuncia “quatro anos de sofrimento que nunca deveriam ter acontecido se a justiça tivesse efectuado um trabalho racional”. Desde o início do processo estes acusados foram condenados de 18 meses a sete anos de prisão, tiveram as suas vidas arruinadas. A alguns o Estado já pagou indminizações a todos o primeiro-ministro, Dominique de Villepin dirigiu um pedido de desculpas. “Permitam-me que mostre a minha emoção perante este drama, perante este desperdício de tempo, quero também reconhecer em nome do governo e do Estado o erro cometido, todos os que foram acusados injustamente são hoje reconhecidos como inocentes”. Na origem da acusação de tanta gente esteve um casal detido por violação dos próprios filhos que implicou vizinhos e conhecidos no caso. A incompetência e o laxismo de investigadores, magistrados e psiquiatras fez o resto.
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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Alguem sabe quem era Bryan Davies?


Ninguem sabe quem foi o Bryan Davies ?

Era este senhor que foi acusado de um crime vil, e do qual nunca se conseguiu libertar...
// Postado por Rafael Ximenes
O inglês Bryan Davies, de 63 anos, que sofreu vários meses de abuso e acusações de que teria molestado duas meninas, de 10 e 11 anos, em Blackburn, na Inglaterra, morreu de um ataque cardíaco. Ele foi acusado pelas próprias crianças, mas após investigação da polícia foi constatado que nada houve.
A polícia de Blackburn chegou a distribuir um folheto negando o caso de pedofilia. O folheto dizia: “Atenção moradores. Houve denúncias feitas sobre um residente local prestando atenção inadequada às crianças na área. O resultado de nossa investigação é que as acusações foram consideradas falsas e sem nenhum fundamento”.No entanto, ele e a esposa não tiveram sossego. Um tijolo foi atirado dentro da casa dos dois, pneus do carro eram constantemente furados e ele era chamado de pervertido na rua.
Bryan Davies acabou sofrendo um derrame e foi para o hospital, onde depois teve uma parada cardíaca. Sua mulher disse que medida vai tomar contra as duas crianças e contra os que os insultaram.- Espero que eles estejam orgulhosos, pois fizeram de nossas vidas um inferno. O cortejo fúnebre vai passar pelas casas das duas meninas. Ele era um homem encantador e que jamais teria feito nada para ninguém. Ele era o meu mundo e nós fazíamos tudo juntos – disse a esposa Debbie davies, de 44 anos.

O mais interessante nestes diversos casos é que a justiça ou os seus agentes, em caso de erro pedem desculpas a quem sofreu as agruras da má decisão, no caso Português isso não acontece porque descrebiliza a justiça!
Vejam naquele video do ismael, aquilo que diz um juíz conselheiro aos 32,10 salvo erro, sobre a possibilidade de pedir desculpa por terem errado.
Admitir que erraram nunca, os juizes Portugueses são infaliveis....

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Porque deve a justiça ser bem aplicada??

Eis um dos motivos porque entendo que é melhor ter um criminoso na rua que um inocente na cadeia....

Em Dallas, no estado norte-americano do Texas
EUA: ADN prova inocência de homem preso durante 30 anos
Um texano de 51 anos que passou 30 anos na prisão por crime de roubo agravado deverá ver anulada a sua sentença após testes de ADN terem comprovado a sua inocência.

A audiência onde deverá ser concedido o perdão a Cornelius Dupree Jr. está agendada para terça-feira em Dallas. Caso a sua condenação seja anulada, Dupree terá passado, por engano, mais tempo na prisão que qualquer outro detido que já foi ilibado no Texas após a divulgação das provas de ADN.
O gabinete do procurador distrital disse hoje que apoia a alegação de inocência do detido.
Dupree foi acusado em 1979 de violação e roubo de uma mulher de 26 anos e foi condenado em 1980 a 75 anos de prisão por roubo agravado.
Em Julho foi-lhe concedida liberdade condicional e os resultados dos testes que o ilibavam de violação foram divulgados dez dias depois.

P.S) por mais estranho que pareça era noticia num dos jornais que mais tem feito para condenar um inocente!

domingo, 2 de janeiro de 2011

o que diz richard webster....acerca da caça às bruxas!

Casa Pia: Riscos de ‘caça às bruxas’ em novo livro
O "pânico moral" de uma rede pedófila que não foi provada e condenações decididas por "medo" são os ingredientes da "caça às bruxas" que o escritor Richard Webster associa ao processo Casa Pia num livro a editar em 2011.


Autor de outros livros sobre casos de abuso sexual no Reino Unido, Richard Webster seguiu nos últimos sete anos o processo Casa Pia e não hesita em afirmar que se tratou de uma "caça às bruxas" em que a objectividade de jornalistas foi substituída por "credulidade" e em que os juízes decidiram por "medo".

Respondendo a perguntas da agência Lusa, Richard Webster afirmou que, no caso da Casa Pia, foi dado crédito à existência de uma alegada "rede de pedófilos" a servir-se de alunos da instituição, uma alegação "perigosa" que se constatou em casos verificados na Grã-Bretanha e que "até as autoridades mais zelosas concluíram tratar-se apenas de fantasia".

Para Richard Webster, que reclama para si a "perspectiva distanciada" que não o deixa "confundir a árvore com a floresta", aquilo que se viu "no processo Casa Pia nos últimos sete anos foi mais do que um caso de 'pânico moral', foi uma caça às bruxas moderna".

"Os juízes não estão imunes a caças às bruxas. Aliás, historicamente, sempre estiveram entre os seus principais agentes", reforçou, afirmando que perceber como acontecem estas "caças às bruxas" é o principal propósito do livro ‘Casa Pia: A construção de uma caça às bruxas moderna’.

O autor, que não nega que "os abusos sexuais ocorrem em instituições que recolhem crianças", apontou a "prontidão com que as pessoas acreditam na existência de conspirações maléficas mesmo quando não há qualquer prova que as sustente".


"Se abandonarmos a presunção de inocência e decidirmos que, por um crime ser tão odioso, vamos condenar pessoas baseados em convicções ou crenças em vez de provas, estamos a enfraquecer todo o sistema judicial", afirmou.

Richard Webster defende que o principal arguido, Carlos Silvino, devia ter sido julgado separadamente dos outros arguidos porque a prova contra les ficou "tão obviamente contaminada" que "nem deviam ter sido obrigados a ser julgados".

Quanto aos juízes que decidiram em Setembro passado condenar seis dos sete arguidos, considerou que estiveram numa "posição extraordinariamente difícil" porque tiveram que optar entre "fazer justiça e arriscar-se a provocar um motim ou usar um volume de provas perigosas e arriscar-se a condenar pessoas inocentes".

“Neste caso parece-me que sucumbiram ao medo" de tomar a "decisão extremamente impopular" que seria qualquer absolvição.

Richard Webster defendeu que "a menos que se consiga provar um crime, não se deve condenar pessoas", assumindo que se trata de "uma solução imperfeita para um problema difícil" mas que é aceite como "o preço da justiça": crimes "que não se conseguem provar não são punidos".

"Se mudarmos esse preceito serão pessoas inocentes a sofrer, não só celebridades como [o apresentador de televisão] Carlos Cruz, mas pessoas normais que são tão ou mais vulneráveis a falsas acusações".

Quanto aos jornalistas, Webster indica que tiveram "um enorme papel" na condução do processo, tanto ao "exporem um escândalo real" como ao agirem de uma forma "crédula" em relação a "alegações sobre redes pedófilas das quais existem poucas ou nenhumas provas credíveis".

P:S) Por mais incrivél que pareça este artigo vem no correio da manhã!