quarta-feira, 29 de setembro de 2010

sem saber por onde ir...


Sinto-me cansado desta hipocrisia jornalistica, cansado do correio da manha, do octavio ribeiro, cansado do dias andré..
Cada vez que dizem alguma coisa e quando depois sou confrontado com aquilo que se passou em julgamento sinto-me aldrabado pelo jornal, abusado intelectualmente por octavio ribeiro e defraudado pela figura de representante da nossa justiça neste processo, a quem deram o cargo de inspector responsavél pela investigação....
Falo obviamente de dias andré, aquele senhor que ocupava um lugar de acordo com as suas aptidões, mas por razões que a razão desconhece chegou a ter o poder de mandar inocentes para a cadeia.

A minha duvída é a seguinte, em outros processos o tipo de investigação foi do mesmo género?
Foi com aquele tipo de discurso que se meteram pessoas na prisão?
Depois de ler as declarações em tribunal é facil chegar á conclusão de quem foi a vitima no processo, chama-se Carlos Cruz e é a principal vitima deste processo!
Não quero ofender os motoristas, mas, como se chega a inspector da PJ com a formação de motorista? com este tipo de promoção não me surpreendia se o merceeiro acabasse por ser ministro das finanças.
Mas enfim, este é o País que temos, seria boa ideia que começassem todos a pensar aquilo que pretendemos ter no futuro, porque para dizer a verdade, e sem querer tirar valor aos motoristas, este homem nem para trabalhar no sindicato me convencia!
Acharam que eu estava a exagerar?
Então reparem nas respostas que este senhor dá quando é interrogado e digam-me se gostavam de ser acusados por um policia assim!

http://www.processocarloscruz.com/index.php?pag=perguntas&id=11

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

mas havia mais....

No mesmo artigo da revista Focus vinha mais informação adicional, que, por aquilo que tenho lido e visto, em especial as visitas aos locais dos "crimes", me parece um trabalho mais bem estruturado e credivél que aquilo que tenho lido no Correio da Manha, daí eu vos passar mais um bocadinho do artigo, neste caso mais umas personagens que com tantas aldrabices acabaram por não se tornarem crediveis para os próprios juizes, o que, neste processo, se pode considerar estranho...

OS MENTIROSOS
Mário Pompeu, também de 26 anos, acusou vários arguidos, embora nenhum dos crimes cometidos sobre si tenha sido dado como provado. Este indivíduo esteve envolvido no processo de Oeiras juntamente com João Paulo. Também nunca falou às autoridades que o interrogaram nessa altura da alegada rede de pedofilia que operava na Casa Pia de Lisboa. Disse que foi abusado por vários indivíduos que foram julgados e condenados no âmbito daquele processo, que surgiu anos antes do actual. No entanto, revelou às autoridades, quando foi ouvido no âmbito do processo Casa Pia, que foi abusado pela primeira vez por um dos actuais arguidos. A mãe deste jovem declarou publicamente que, ao contrário do que o filho dizia, nunca tinha ido a casa do ex-apresentador Carlos Cruz. Quando tentou confrontar o filho e a provedora da Casa Pia, Catalina Pestana, foi impedida de o fazer por seguranças da instituição e por polícias entretanto chamados pela provedora ao edifício nº 5 da Rua dos Jerónimos. Em declarações ao tribunal, a mãe do jovem diz que perguntou ao filho porque motivo estava a mentir e que a resposta a deixou chocada: "Pelo dinheiro, mãe." O tribunal não deu qualquer relevância a este depoimento na sentença que proferiu.
Pedro Miguel, de 24 anos, outra das alegadas vítimas, acusou Carlos Silvino e Manuel Abrantes, mas o ex-provedor não foi acusado deste crime, embora o tribunal tenha considerado que ele ocorreu. Está igualmente catalogado como mentiroso e problemático nos relatórios sociais da Casa Pia e é conhecido na instituição pelo consumo de substâncias tóxicas (haxixe) e álcool, o mesmo sucedendo com Luís Filipe, que completa 24 anos este mês e acusa Carlos Cruz e Ferreira Diniz.
Pedro Miguel foi detido pela PSP na estação de Belém, onde se encontrava a provocar distúrbios "completamente embriagado". Disse às autoridades que se queria suicidar. Mais tarde, ouvido por uma educadora, não falou no desejo de morrer e apenas disse que tinha ido a uma festa de anos de um amigo. Já Luís Filipe, também suspeito de consumo de estupefacientes, tem tido um percurso marcado pelas desavenças com a mãe e irmã, que o acusam de mentir, arranjar conflitos e não querer trabalhar. O último emprego que se lhe conhece foi há cerca de quatro anos, no Hospital Amadora/Sintra, de onde foi despedido por faltas. Pouco depois recebeu a indemnização de 50 mil euros atribuída pelo ministro Bagão Félix a algumas das vítimas e desvinculou-se da Casa Pia, o mesmo sucedendo com Pedro Miguel.
Ilídio Augusto, completa 24 anos em Novembro, acusa vários arguidos, mas o tribunal apenas deu como provado que foi abusado por Carlos Silvino e Hugo Marçal. É descrito nas avaliações internas da Casa Pia como conflituoso, manipulador e mentiroso. Na primeira vez que foi ouvido pelas autoridades disse que nem por Carlos Silvino tinha sido abusado. Com o andamento do processo acabou por acusar todos os arguidos e outras pessoas que não foram formalmente acusadas.
Ricardo Manuel é responsável pela condenação de Manuel Abrantes e Jorge Ritto, uma vez que o tribunal considerou credíveis os seus depoimentos, embora não desse como provados os alegados abusos de que terá sido vítima. Aparece referenciado nos relatórios internos da Casa Pia como perito em invenções, consumidor de estupefacientes e agressor de colegas. Finalmente, surge ainda no lote principal de testemunhas/vítimas Ricardo Rocha, de 23 anos, responsável pela condenação do embaixador Jorge Ritto. Está referenciado pela Casa Pia como um jovem problemático e bastante influenciável. Nas localizações que deu das casas onde terá sido abusado pelo embaixador nenhuma correspondia. Em tribunal o embaixador garantiu que nunca conheceu o rapaz, mas admitiu ter tido relações com um dos irmãos mais velhos de Ricardo. Ouvido em tribunal, o irmão não confirmou que alguma vez tivesse visto Ricardo com o embaixador ou com qualquer outro dos arguidos do processo.
São estas as vítimas/testemunhas que, em conjunto com Carlos Silvino, estão na origem das condenações de Carlos Cruz, Ferreira Diniz, Hugo Marçal, Jorge Ritto e Manuel Abrantes, já que Carlos Silvino confessou que abusou de todos eles, com excepção de Ricardo Manuel. A estratégia nos recursos dos arguidos, segundo a Focus apurou junto dos respectivos advogados, passará por demonstrar que estas vítimas não merecem a credibilidade que o colectivo presidido pela juíza Ana Peres lhes deu.

Carlos Tomás

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

e lá vamos nós a outro perfil...

Acabei de ler que o o Ministério Público vai interpor recurso sobre alguns aspectos do acórdão que, oportunamente, serão conhecidos".
segundo comentários que ouvi no café do xico e para que se possa acusar Carlos Cruz de mais uns crimes, hà quem defenda alterar algumas datas que parece, alterariam ligeiramente o nosso calendário.
Assim o Natal passaria para novembro, a Pascoa passaria a ser em qualquer terça feira do mes de Maio,(temos poucos feriados em Maio) para fazer ponte, e o Carnaval em agosto para aproveitar a pouca roupa e a grande comunidade brasileira cá residente.

Mas vamos voltar ás coisas sérias.....

João Paulo, de 26 anos, é outro dos responsáveis pelas condenações de Carlos Cruz, Manuel Abrantes e Ferreira Diniz. Ao arguido Carlos Cruz imputou um abuso na casa da Avenida das Forças Armadas e noutra em Cascais. Acusou Manuel Abrantes de o ter violado no edifício da provedoria da Casa Pia e disse que Ferreira Dinis abusou dele no seu consultório. O tribunal deu como provados os últimos dois e considerou relevantes os depoimentos para acusar Cruz do abuso de outro menor em Elvas e na Avenida das Forças Armadas.
João Paulo também é considerado nos relatórios sociais da Casa Pia como problemático e mentiroso. Esteve envolvido noutro caso de abusos sexuais, ocorrido em Oeiras na mesma altura a que reportam os crimes agora imputados aos seis condenados, mas apesar de ter sido amplamente interrogado pelas autoridades nesse processo e de ter denunciado vários abusadores, nunca se referiu aos actuais condenados. Curiosamente, um dos inspectores da PJ que o interrogou em relação aos abusos de Oeiras fez parte da equipa que investigou o processo Casa Pia.
Esta testemunha foi a um jornal e revelou a um jornalista que queria contar toda a verdade sobre o processo Casa Pia e que "se falasse o País ia abaixo". Não chegou a falar, porque, antes de se voltar a encontrar com o jornalista, foi preso no Brasil, acusado de tráfico de droga. Ainda se encontra a aguardar julgamento numa prisão de São Paulo.

que seria toda a verdade? que tinha sido tudo uma maquinação?

continuando nos perfis...

acabei por não explicar o quanto admirei este artigo da Focus, não tanto por ter agarrado uma matéria tão sensivél, mas essencialmente por ter ido contra corrente, para terem uma noção naqueles espaços de comentarios que existem nos jornais, muitas vezes eu fiz alguns comentários que eram invariavelmente riscados, em especial se era contra a opinião do escrita.
Alguns desses merdosos quando eu andei na rua a combater a falta de liberdade nem sequer eram aspirantes a espermatozoides, naquele tempo eu queria ter uma imprensa livre, mas a imprensa livre não é só quando a opinião é a nosso favor.
Durante anos eu queria dizer que não acreditava como não acredito hoje que Carlos Cruz fosse pedófilo, cada vez é mais notória a justeza da minha opinião, e posso vos garantir que tem sido dura a luta, mas que porra anda a fazer um homem senão for para lutar naquilo que acredita?

mas vamos a outro perfil...

Lauro David, faz 24 anos este mês, foi outra das testemunhas/vítima que o Tribunal achou credível. Acusa todos os arguidos, mas o tribunal, apesar de considerar que ele esteve sempre a falar verdade, apenas deu como provados três abusos supostamente cometidos sobre o jovem: um em Elvas, por Carlos Cruz, e dois numa casa da Buraca que o tribunal não conseguiu identificar, praticados pelo ex-provedor Manuel Abrantes (cargo que ocupou apenas um dia) e pelo médico Ferreira Diniz.
Este indivíduo está identificado nos relatórios sociais como mentiroso, manipulador e abusador de colegas. Molestou várias menores num dos lares onde esteve internado e terá mesmo abusado de um colega deficiente. "...O educando Lauro David e o educando S.V. têm vindo a praticar actos de violência sobre os educandos mais novos, de cinco e seis anos, assim como incomodaram uma colega no seu quarto enquanto dormia. A equipa educativa propõe que sejam transferidos o mais urgentemente possível", lê-se no relatório Social da testemunha, que é referido ainda num outro incidente em que terá tentado violar uma menor, sendo apanhado por uma educadora escondido na casa de banho do quarto da menina.
Lauro David acabaria mesmo por ser transferido de lar e após começar a ser ouvido pela PJ não guardou qualquer segredo do facto, conforme se constata pela leitura de um outro documento que consta do processo, relativo a 21 de Março de 2003 e a que os juízes tiveram acesso: "O Lauro vai novamente à PJ, mas desta vez volta todo entusiamado pois diz que foi almoçar com dois inspectores da PJ a um restaurante chinês e que agora é o 'chibo profissional da PJ'. Acha-se o mais importante. Parece que temos o 'Xico Guerra II' (alusão ao braço-direito de Silvino)." Já com o julgamento em curso, Lauro David foi detido pela PSP por ter roubado, com mais três indivíduos, a 27 de Fevereiro de 2005, dois homens que circulavam na Avenida Brasília, junto ao parque da Estação Fluvial de Belém. As vítimas foram ameaçadas de agressões e ficaram sem os telemóveis e as carteiras. A PSP acabaria por prender Laura David e os seus cúmplices e recuperar o que tinham roubado. O jovem que acusa Cruz, Abrantes e Dinis foi condenado a dez meses de prisão, remíveis numa multa de 300 euros.

começa-se a entender o mecanismo!

Achei interessante o artigo na Focus, não porque aquilo que está escrito vai mudar a sentença já lida, mas porque é uma boa base para o tribunal da relação poder reparar a injustiça cometida.
Na verdade, aquilo que Carlos Tomás escreve agora é mais ou menos aquilo que eu ando a dizer á anos, estes "assistentes" não eram exactamente aquilo que a acusação precisava, mas imagino que foi aquilo que se conseguiu arranjar com algumas poucas notas como disse a Catalina Pestana.
E atenção, nunca duvidei que esses rapazes foram violados, acredito que o foram, e acho isso uma coisa horrorosa, que fique bem claro. Tambem sou pai e tenho exatamente a mesma preocupação que qualquer pai que se preze, mas não aceito que se condene por inveja, por pressão de alguem que queira ser socialmente reconhecido, ou por alguma investigação enviesada que tenha começado por ir a reboque de alguma jornalista incapaz.

mas vamos ás personagens do artigo!

O BURLÃO

Francisco Guerra, o alegado "braço-direito" de Carlos Silvino, que se disse abusado por todos os arguidos (com excepção a Gertrudes Nunes) - e por outros que não foram pronunciados para julgamento -, foi uma das testemunhas cujos depoimentos o tribunal considerou fundamentais, uma vez que terão dado alguma credibilidade às confissões de Carlos Silvino e aos depoimentos de outras vítimas. Porém, o tribunal não deu como provado nenhum dos abusos contra este indivíduo, referindo mesmo que os seus relatos deviam ser memórias de situações vividas pelos outros jovens que acusaram os arguidos. Por isso, os juízes usaram as suas declarações para imputar e fundamentar alguns dos crimes que deram como provados.
Esta testemunha/vítima, que completa 25 anos em Outubro, está referenciado nos relatórios sociais da Casa Pia como sendo "mentiroso, com tendência para a enfabulação, problemático e conflituoso. Já com o processo em curso, e beneficiando de medidas excepcionais de protecção, Francisco Guerra transformou-se num sério problema para os responsáveis do Centro Jovem Tabor, em Palmela, onde esteve internado algum tempo. Acabou por ser retirado do local, a pedido dos responsáveis da instituição, porque, entre outras coisas escritas num documento a que a Focus teve acesso e remetido ao juiz Rui Teixeira, que dirigiu a fase de inquérito, "dominava por completo os utentes mais novos e frágeis, sujava a cama e a roupa interior com fezes, misturando-a com roupa limpa, recusava que se limpasse o seu quarto". Foi então transferido para um lar de idosos em Odivelas, local onde se destacou, segundo queixas dos funcionários do lar às autoridades, por burlar os utentes do espaço, "subtraindo-lhes cheques e falsificando as assinaturas dos idosos" para assim conseguir obter dinheiro.
O Tribunal da Relação não deu qualquer crédito aos seus relatos e alertou mesmo o Ministério Público para o facto de ele dever ser constituído arguido por ser maior de idade em termos criminais e confessar que ajudava a angariar jovens para serem abusados sexualmente por adultos. Agora, o tribunal de instrução diz que ele até pode não estar a dizer a verdade, mas que os factos por ele relatados ocorreram efectivamente, embora com outros intervenientes.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Se fosse no futebol...

Se fosse no futebol o Correio da Manha estava a ser goleado!
Mas porque razão não perguntam a Carlos Cruz este tipo de coisas??
É uma campanha de intoxicação publica sem paralelo na vida deste País, pelo menos desde que me lembre. E sabem que mais? se houvesse uma justiça independente e não sujeita á pressão da comunicação social, concerteza na evidente falta de provas, Carlos Cruz teria saído daquela sala absolvido e com um formal pedido de desculpas.

http://www.processocarloscruz.com/index.php?pag=perguntas&id=11

Vejam então como é simples explicar aquela mirabolante noticia do Correio da Manha!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

o Correio da manha...

Neste processo sempre houve um tipo manhoso de informar, fazia manchete o Correio da Manhã á uns dias atrás, (não é própriamente uma surpresa!) de algumas precauções tomadas por Carlos Cruz na defesa do seu património.
Sendo Carlos Cruz uma pessoa bem acompanhada em termos juridicos outra coisa não seria de esperar.
Da forma como a noticia vem publicada até dá a impressão que é um delito, da forma como eu a vejo acho que é um sinal de maturidade e de inteligencia.
Depois de tantos anos ,dando tanto de si a este País, seria normal que Carlos Cruz tivesse recebido pelos seus serviços. Se ele trabalhou, pagou aos seus empregados, pagou os seus impostos, quem se acha com direito de questionar aquilo que fez, se deu ou vendeu o seu património?
Qualquer pessoa de bom senso no seu lugar faria o mesmo, eu teria-o feito, o leitor tambem o faria, qualquer pessoa minimamente informada o faria...

Que deveria fazer Carlos Cruz?
Depois de ser caluniado na praça publica, afastado daquilo que ele mais gostava de fazer, estar 15 meses na prisão sem poder acompanhar a infancia da filha, de ter assistido ao seu assassinato profissional, financeiro e social, ter sido o bombo da festa desta paranoia de mau jornalismo que se apresentam nos tribunais como assistentes de processos para furar o segredo de justiça, depois de tudo isto, deveria Carlos Cruz retirar daquilo que é seu com todo o mérito, e distribuir qual instituição de caridade áqueles que foram os principais culpados de anos de angustias e provações?
Ou seja, depois de dezenas de anos a trabalhar, com um comportamento profissional exemplar, e aqui não falo da pessoa em termos pessoais porque nunca privei com ele, mas de tudo que tenho lido, uma coisa é muito evidente, Carlos Cruz foi sempre um mulherengo e, não quero entrar nas discussões de feministas e machistas, mas as mulheres não esquecem facilmente e mulher trocada na primeira chance não perdoa... a dor de corno tem muita força.
havia um fado que dizia: mais marradas dá a fome que um touro tresmalhado.
eu acrescento, nem precisa ser um touro, pode ser uma cabra, cabrita, enfim, um animal desse tipo.

ser jornalista é isto?

Começo por este titulo porque é uma coisa que me faz muitas vezes pensar naquilo que se escreve e diz na nossa imprensa.
São os profissionais da comunicação social, quem, através do seu exercício diário, podem permanentemente assegurar o controlo do poder público e assim, impedir que a arbitrariedade seja apanágio do poder legislativo. Pela argúcia de quem informa deve conseguir-se estabelecer o bom do mau, o verdadeiro do falso, ou até o sentido das normas que pretensiosamente, sendo declaradas úteis e justas, tem na sua génese, interesses mesquinhos e arrogantes. O populismo é oferecido ao poder pela notícia, quando nela se transportam as intenções egocêntricas (por isso encobertas) do domínio das instituições
Tive a felicidade de viver muitos anos longe de Portugal, e tanto lá como cá existe este tipo de jornalismo, mas isso não o tornou uma obrigação seguidista para ninguem!
Devemos tentar ser melhores em muitas areas, se existe jornalismo de referencia em varios canais de televisão estrangeiros porque não havemos de conseguir fazer um jornalismos que nós já tivémos e infelizmente perdemos?
Eu penso que é possivél, se quiserem ser melhores vcs conseguem!
Dou-vos um exemplo, um dia da semana passada fazia manchete no Correio da Manhã que Carlos Cruz tinha utilizado 16 numeros de telefone.
Fiquei curioso e pensei para os meus botões: eu no mesmo periodo de tempo tambem tive varios, uns 12 se a memória não me falha, dei um á minha sogra, mulher, cunhado, ao meu pai, minha filha e tinha 3 disponiveis nas 3 redes nacionais e mais uns cartões lá por casa.
Estavam englobados num daqueles contratos de empresa e nem posso precisar quantos cartões eu utilizei de facto.
A resposta chegou poucas horas depois sem grande alarido, com uma paciencia digna de realce, através do caluniado do costume, que eu até acho que seja um ódio de estimação, uma resposta muito simples e linear.
Não sei os termos exactos mas basicamente era isto, já que a noticia e a forma como é apresentada é susceptivel de criar nas pessoas a ideia que esses numeros de telefone eram usados para ligar para as "vitimas", o jornal que faça o favor, (peçam ajuda a quem investigou senão souberem), para divulgarem quantas chamadas foram feitos desses 16 numeros de telefone para as "vitimas" e todas as outras pessoas envolvidas no processo.
Depois de serem confrontados com a realidade seria muito honesto por parte do jornal, que fizessem uma manchete do tipo:
nunca Carlos Cruz ligou ás vitimas!
era o mínimo que deviam ter feito, mas isso não seria chamativo....

A minha pergunta é:
- acham que, se depois de anos de investigação, houvesse por parte da policia uma prova de que Carlos Cruz ligava para as "vitimas" ela não seria utilizada pelo Ministério Publico?

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

mais uma voltinha a Elvas...senão estou em erro!

Pagina 401:

Maria Isabel Duarte Azinhais, nascida a 24 de Abril de 1967, professora.
Disse ao tribunal ser amiga da arguida Maria Gertrudes Nunes, é madrinha de uma das netas da arguida, conhece a sua casa em Elvas e conhece-a desde há 18 anos. Durante os anos de 89/2001 foi, pelo menos, uma vez por semana a casa da arguida e não viu que esta tivesse feito obras ou alterasse os revestimentos das paredes ou das escadas.
Disse que ao fim de semana ia a casa da arguida com frequência, pois visitava a filha da arguida ( a qual mora na c/v do prédio da arguida) e os filhos desta, os quais iam a casa da avó.
Conheceu também o salão de cabeleireiro que o genro da arguida tinha na cave do prédio ao lado, pensando que se mudou em 2001.
Conheceu o arguido Hugo Santos Marçal na Escola Secundária e nunca ouviu qualquer referência da arguida Maria Gertrudes Nunes ou da família a Hugo Marçal, não o viu lá em casa nem nas proximidades. Também nunca viu os demais arguidos em casa da arguida e não os viu em Elvas. Se entrassem grupos de jovens lá em casa dava por isso.
Não obstante a relação de amizade que revelou em relação à arguida Maria Gertrudes Nunes, o Tribunal não ficou com a convicção que a testemunha estivesse arelatar ao Tribunal uma memória diferente da que evocava, que estivesse a mentir.
Pelo que valorou o seu depoimento, com o sentido que em sede de análise crítica da prova se complementará e que faz parte integrante do que aqui fica dito.
Pagina 940:

Assim, prosseguindo, disse que nesta altura o arguido Hugo Santos Marçal tocou no pénis dos jovens que estavam na sala e o assistente JL foi levado para um quarto pelo arguido Carlos Pereira Cruz.
Nesse quarto praticou actos de coito oral e coito anal com o arguido Carlos Pereira Cruz.
O arguido Carlos Silvino da Silva recebeu um envelope do arguido Hugo Santos Marçal. Dentro da carrinha, de regresso para o colégio, recebeu dinheiro desse envelope.
As viagens a Elvas foram”…se não estou em erro, cinco vezes que eu lá fui , entretanto, já no Colégio, fui levado pelo sr. Carlos Silvino ao Campo Pequeno, se não estou em erro, onde me fui encontrar com o Sr. Carlos Cruz…”.

Nesta ida ao “Campo Pequeno” o arguido Carlos Pereira Cruz estava acompanhado por Carlos Mota, num Mercedes preto, tendo o arguido Carlos Cruz levado JL a um passeio no Jardim Zoológico “… e mostrou-me um estúdio que havia na feira Popular, que não sei dizer a este Tribunal o nome daquele estúdio…ahaa…ainda e por várias vezes…o…encontrei-me nesse…meses depois…ou dias…não me recordo Sra. Juíza…o…encontrei-me outra vez com o Sr. Carlos Cruz, onde fui com este e com o seu Assessor Carlos Mota …até uma praia de Santo Amaro, que fica na “linha”, para um encontro com o Sr. Jorge Ritto…”.Nesta praia o arguido Jorge Leitão Ritto deu uma chave de um apartamento ao arguido Carlos cruz, foram até Cascais, para um apartamento, que o Assistente disse pertencente “…ao Sr. Jorge Ritto... aaahh…entretanto, já nas instalações da Casa Pia, o Sr. Carlos Silvino pediu-me para que eu fosse ao consultório do Sr. Ferreira Dinis…”.

Disse ter ido ao consultório “ antigo” do arguido João Ferreira Dinis, onde sofreu actos de penetração anal por parte do arguido. Após descrever os actos disse ”…saí e fui para o colégio. Mais tarde…o sr. Carlos Silvino pediu-me para que levasse um aluno da Casa Pia , colega, de nome LM, a casa do sr. Ferreira Dinis…no Restelo, onde eu levei…”.
Declarou ter entrado nessa casa com o LM, onde “… o Sr. Ferreira Dinis, mais uma vez, abusou de mim e do meu colega LM. Saímos e fomos para a Instituição.

Mais tarde…fui levado pelo sr. Carlos Silvino e pelo FG a uma casa em Lisboa. Não sei explicar se era a casa das Forças Armadas ou não…porque se era a casa das Forças Armadas eu nunca descobri esse nome…”.
Disse que foi também o LM, subiram “ lá acima”, tendo FG descido com o arguido Carlos Silvino da Silva. “…Fui …aí ninguém abusou de mim, fui lá por mero acaso, não sei bem porquê…talvez o sr. Carlos Silvino possa explicar a este Tribunal o porquê de eu ter ido à casa das Forças Armadas…se é esse o nome, porque eu não sei bem explicar porque é que eu lá fui. Sai daquela casa, entrei outra vez dentro da carrinha da Casa Pia e fui outra vez para a Instituição…”
Aos “… quinze anos …foi pela última vez em que eu estive em Elvas e onde estive com os mesmos arguidos…”.

Bem, certas coisas nem precisam de ser comentadas....
e para descobrir coisas destas basta ver qualquer pagina á sorte.

como se escolhe qual depoimento é mais verídico?

Pagina 391 e seguintes...




Maria do Rosário Perinhas Sena Zambujo, nascida a 01 de Outubro de 1946, aposentada, foi assistente social na Casa Pia de Lisboa de Outubro de 1968 a Julho de 2006, tendo declarado ao Tribunal ter estado desde 1981 no Colégio de Pina Manique, tendo exercido a suas funções em contacto directo com os educadores e falado sobre esse trabalho.
Conheceu o arguido Carlos Silvino da Silva na instituição, nunca tendo tido conhecimento que o mesmo tivesse estado proibido de fazer o transporte de alunos.
No entanto referiu ao Tribunal que antes de se saberem os factos deste processo, um educador - Joaquim -, disse à testemunha que não queria que o arguido Carlos Silvino da Silva se aproximasse dos educandos, embora não lhe tenha dito porquê e a testemunha também não tenha perguntado, explicando que não fez pois não é“curiosa”. Ficou “muito surpreendida” com o que veio a público sobre o arguido Carlos Silvino da Silva, aquando deste processo. A testemunha nunca viu nada. Quanto ao arguido Manuel José Abrantes via-o na instituição mas não nos lares, dizendo que não parecia “muito” nas festas de Natal, nem na festa do 3 de Julho. O arguido nunca lhe pediu qualquer processo de aluno, mas se o fizesse a testemunha era capaz de estranhar, sendo o Dr. Barreto quem perguntava “mais sobre os alunos”. Quanto aos fins de semana dos alunos em casa, disse que eram combinados, mas acrescentou que “ não iam atrás dos alunos” e eles podiam ir para um lado e ir para o outro. Acrescentou que os educando não eram jovens que se “abrissem” muito “connosco”, o que o Tribunal interpretou não só com os educadores, mas também com as demais pessoas que faziam parte das equipas de internato.

Demonstrou conhecimento directo do processo de vivência do assistente MA na instituição - declarações que nesta parte foram cruzadas com os elementos que se encontram no processo psicossocial deste assistente, Apenso Z-15, volume 2º, fls. 658 a 769 -.
Demonstrou, também, conhecimento directo do processo de vivência do JL na instituição. Disse que não os via “muito ligados” - o JL e o MA - e quando lhe foi perguntado sobre um processo “Mike, de Oeiras”, de forma afirmativa disse que o JL era o aluno que estava envolvido.
Quanto aos livros de ocorrências dos Lares sabe que eram preenchidos, embora tenha dito que não tinha muito tempo para os ver, sendo a sua percepção que as coisas que os educadores escreviam eram mais recados entre os educadores, mas é claro referidos à vivência dos educandos. Apelidou-os de uns instrumento de trabalho, dizendo que havia falhas no preenchimento e dizendo ao Tribunal que não podia confirmar se as notas escritas correspondiam ou não à verdade.
Falou também dos educando envolvidos neste processo, de quem soube e como.
E disse que em relação ao assistente FG “soube logo” porque este manifestou-se. Referiu que a dada altura houve uma questão de terem sido pedidos (depreendeu-se para o processo) os livros de ocorrências do lar Alfredo Soares e soube que o assistente JL estava envolvido. MA só soube “depois”, o qual conversava com a testemunha, mas sem falar deste assunto e deste processo.
Do seu conhecimento o FG era um aluno “fechado”, só dizia o que queria e “também não falava verdade”. Inventava muitas coisas relativas à família, inventava uma vida em que era rico. Para a testemunha era mentiroso porque imaginava que ia ter uma vida que não tinha e não dizia o que fazia. Referiu a forma como se vestia, com um fato, era para imaginar que “era sempre mais do que era na realidade”, que mais tarde ia ser importante. Dizia que “fabulava” porque vivia num mundo que não era o seu, que ele imaginava e que não ia acontecer. E explicou, que o FG não diz, por exemplo, “ o meu pai tem um Porsh”, era mais mais em relação à família : o irmão
vivia em casa da tia com piscina e ele ia de 15 em 15 dias, tendo o Tribunal depreendido do seu depoimento que viver como o irmão era algo que FG tinha pena não lhe acontecer.


Referiu o problema que este educando tinha de não retenção de fezes e os educadores queixavam-se que sujava a roupa. Tinha uma grande admiração pelo arguido Carlos Silvino da Silva e queria também ser motorista. Ficou muito perturbado quando o arguido Carlos Silvino da Silva foi preso, quis falar com a testemunha, mas a testemunha disse-lhe para falar com a polícia ( esclarecendo que o FG não lhe quis “contar”, disse-lhe é que queria falar porque tinha coisas para contar). O que a testemunha entendeu é que FG queria ir em defesa do arguido Carlos Silvino da Silva.
No entanto, num segundo momento, esclareceu que esta conversa não foi com a testemunha mas com o Dr. Luís Vaz, o director do colégio de Pina Manique.
Foi confrontada com o documento do “Apenso BX”, fls. 1 a 3 ( documento que faz parte do processo individual do assistente FG), tendo esclarecido que não concordou com todo o teor do documento, não se recordando da razão concreta pelo qual foi feito, esclarecendo que se calhar foi para “esclarecer a situação” do FG. Em relação ao FG disse que após averiguação que fizeram de elementos do FG - averiguação que o Tribunal depreendeu ter ocorrido já depois do conhecimento dos factos deste processo e relacionando-a com registo de consultas do assistente -, chegou à conclusão que houve alturas em que o FG dizia que ia para casa da Tia e não ia (acrescentando que não faziam o controlo, “ele dizia que ia para casa da tia e
pronto”.)
Quanto a JL disse que era “mentiroso”, “roubava coisas” e não “se podia confiar”.
Teve conhecimento da sua relação com o “processo Mike”.


Chamo a atenção e este depoimento ter sido feito por uma pessoa com uma larga experiencia com miudos da Casa Pia, com rotinas neste tipo de trabalho, ao contrario dos juizes que julgaram este processo, que manifestamente não levaram em linha de conta aquilo que uma pessoa com cerca de 40 anos de experiencia disse, e não conseguiram encontrar contradições relevantes entre os assistentes, nos quais basearam a condenação de Carlos Cruz.
O FG= Francisco Guerra foi aquele que as pessoas viram na tv a dizer que estava satisfeito como tinha corrido o julgamento, imagino que sim, se receber mais uns milhares ....

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

só ele é que viu!

Em Elvas viu viaturas “topo de gama”, “ …onde se encontrava um Mercedes, um BMW e um Ferrari, pertencente ao Dr. Ferreira Dinis….”. Descreveu que “…chegando a essa casa éramos recebidos por uma senhora D. Gertrudes Nunes…pela qual dava um beijinho a mim e ao FG…”, que esclareceu que era o colega FG. “…Recebidos por essa senhora éramos encaminhados até ao interior da casa, onde estava o Sr. Carlos Cruz, o sr. Hugo Marçal”.

Como se devem recordar quem vive nas imediações da casa nunca viu lá esses carros!

na pagina 1068:

Assim e falando da primeira vez que foi a Elvas diz:
Num primeiro momento ( AJ 20/06/05) fala da carrinha Mercedes Vito, mas faz a referencia à Vito em termos genéricos ( “…. Carlos Silvino ia-nos buscar numa carrinha Mercedes Vitto) e repete na AJ 20/06/05 que “sempre” foi na carrinha VITO”.
Aqui convocamos o que já dissemos anteriormente quanto à utilização de veículos por parte do arguido Carlos Silvino, tanto utilizava veículos Traffic como veículos Vitto, pelo que a referência a um veículo ou a outro, não foi elemento de descredibilidade.
Concretiza que Carlos Silvino entra da 1ª vez na casa, tendo chegado mesmo a dizer que Carlos Silvino da Silva entrou numa sala que existia na casa. Acrescenta que o arguido Carlos Silvino da silva entrou de todas as vezes na casa.

Pagina 1068:

Quando o tribunal ( na AJ 20/06/05), lhe pede esclarecimentos quanto a pormenores da viagem para Elvas – se passou por alguma Ponte, se foram por estrada ou auto estrada, se passaram por via verde -, JL disse que não se recordava.
Pedido para dar uma descrição do que se recordasse da “ 1ª vez” que foi a Elvas, pois a “ 1ª vez” poderia ter sido a mais marcante para JL e, eventualmente, ser a que desse ao Tribunal uma referência mais próxima do que se passou quanto à apreensão do espaço e das pessoas , da resposta que JL deu nesse momento ( na AJ de 20/06/05) - valorada face à análise da globalidade dos esclarecimentos que já dera e dos que deu posteriormente -, resultou para o tribunal que JL, apesar de estar a responder a uma pergunta que tinha como pressuposto “ a 1ª vez”, foi dando respostas que avaliadas globalmente e com a distância que o fim do julgamento permite (pois temos a visão de tudo o que foi respondido), foram uma confusão de pormenores e referidos a diferente situações ocorridas.

na pagina 1069:

O arguido Hugo Marçal abriu a porta.
Diz que viu a arguida Maria Gertrudes Nunes, acrescentando que de todas as vezes que foi a Elvas viu a arguida Gertrudes Nunes ( AJ 20/06/05) e que esta lhe falava directamente.
Quanto aos actos com o arguido Carlos Pereira Cruz manteve os mesmos que já referira, diz que viu Hugo Santos Marçal a falar com o arguido Carlos Silvino da Silva.
Quanto a Colegas , disse que não sabia o apelido do IM que disse ter ido consigo e repete a afirmação quanto aos demais e já mencionámos.

Está tudo claro?
Sim? então voltemos á pagina 248 dos factos provados .....

36.2. Quando o arguido Hugo Marçal contactou a arguida Gertrudes para que lhe disponibilizasse a utilização da referida vivenda, pediu-lhe que a própria e os seus familiares saíssem da mesma quando chegassem os adultos e os menores levados pelo arguido Carlos Silvino, recomendando-lhe que não falasse daqueles encontros a ninguém.

Mas afinal a D.gertrudes estava em casa ou não? senão estava como foi que a "vitima" a cumprimentou sempre que lá foi?
vamos dar uma vista de olhos nas declarações e ser honestos, acham mesmo que eles lá estiveram ?

esta questão da veracidade....

A tal questão dos critérios do que é verdade e não é....

pagina 1044 e 1045


Neste sentido, por exemplo, as declarações que prestou na audiência de julgamento de 10/01/2005, em que o arguido negou ao Tribunal saber quanto dinheiro estava dentro dos envelopes que disse terem-lhe sido entregues, dizendo “…não sabia, eu nunca fiquei com nenhum tostão (…), o FG é que distribuía o dinheiro por eles (…), nunca, nunca, nunca fiquei com nenhum tostão … por isso mesmo, estava a viver numa barraca e não tinha dinheiro para uma vivenda, nem para um apartamento….” . E quando perguntado, afinal, o que é que ganhava com aquelas boleias que andava a dar, acrescenta “… não fico a ganhar, portanto como eram
alunos, como eram meus amigos … eu assim dou boleia a eles, nunca os obriguei, portanto eles é que iam portanto … isso agora …, portanto agora é a Sr.ª Doutora depois perguntar a eles….”
E insistido - pois pelo menos andava a perder tempo enquanto ficava à espera dos “rapazes”,
quando disse que os levou e depois trouxe de volta -, responde “ (…) mas muitas vezes …
pois, mas algumas vezes … não ganho nada Sr.ª Doutora…”, dizendo que tal não lhe “faz confusão”, “…não, não faz confusão Sr.ª Doutora (…), nunca, nunca entrei em casa de ninguém … nunca recebi dinheiro de ninguém, ninguém mesmo, quer dizer, do dinheiro dos envelopes que me deram, nunca fiquei com nenhum tostão,
assim é que é….”.
a questão que eu coloco é esta, se outras frases ditas por Carlos Silvino foram consideradas crediveis, porque razão esta não foi?

o contrário seria de estranhar...

esta noticia vem publicada no I de hoje...

Em Elvas ninguém viu os arguidos, mas o tribunal não considerou esse facto relevante
Hugo Matias

"Entre outras testemunhas que os arguidos apresentaram em tribunal estão os agentes da PSP de Elvas. Segundo o acórdão, o chefe da PSP daquela cidade e mais 34 agentes, todos a prestar serviço na esquadra de Elvas desde 1991, "não viram factos, nem tiveram conhecimento dos factos, relativos à presença dos arguidos Manuel Abrantes, Hugo Marçal, Jorge Ritto, Carlos Cruz ou João Ferreira Diniz na casa da arguida Gertrudes Nunes". O tribunal considerou que "não deixa de ser relevante o número de pessoas que disseram (...) ter relações de proximidade com a arguida ou com o local onde residia e nada ter visto", mas refere que muitos deles não sabiam de pormenores da vida da arguida. A sentença revela que os depoimentos das testemunhas de Elvas e da esquadra da PSP não têm "capacidade de afastar as conclusões a que o tribunal chegou, quanto à credibilidade e veracidade das declarações do assistente LN em relação aos factos que o tribunal deu como provados, como tendo ocorrido com este assistente em Elvas".Mais testemunhas O acórdão descreve a importância das declarações de algumas testemunhas, mas evita qualquer referência a outras, ou porque não tiveram relevância, ou porque qualquer outro motivo não explicado.É o caso de um dos principais investigadores do caso, o ex-inspector da Polícia Judiciária (PJ), Dias André, o actor Herman José, o psiquiatra Daniel Sampaio, o ex-líder do PS Ferro Rodrigues, o antigo futebolista Fernando Chalana, o médico José Maria Tallon, o ex-casapiano Pedro Namora, o antigo titular da pasta da Saúde Luís Filipe Pereira e a desembargadora Fátima Mata-Mouros. Sobre o depoimento do autarca e comentador Moita Flores, o acórdão refere que este "não se revelou particularmente relevante para a prova dos factos objecto do processo".O rol das testemunhas mereceu a atenção da redactora do acórdão, Ana Peres, antes de enumerar os documentos em que o tribunal se baseou para dar como provados os crimes."
Interrompo o artigo para perguntar o seguinte, qual o critério selectivo de quem merece crédito ?
Como cidadão gostava de entender isso!
Como funciona? quando os juizes apreciam a prova, qual o critério de apreciação?
Como se pode dizer que o facto de entre tantas pessoas nenhum conseguir ver Carlos Cruz em Elvas, enfim, não é relevante?
Mas vamos em frente na direcção do abismo....

" Por exemplo, fez questão de juntar a acusação proferida num processo de abuso de menores cujo o arguido é Michael Burridge, professor no colégio inglês St. Julian''s School, em Carcavelos, condenado em 2003 por crimes de actos homossexuais com ex-alunos da Casa Pia. O professor está desaparecido, tal como o ex-assistente da Carlos Cruz, Carlos Mota."
Se isto era para dar alguma consistencia á matéria provada, foi pior a emenda que o soneto, mas que está aqui a fazer este tipo de ligação? o inglês tá a ser julgado neste processo? o Carlos Mota não está aí mas esteve durante alguns meses, segundo ouvi dizer até 3 de setembro de 2003, e só não foi chamado a depor porque o juiz Rui Teixeira entendeu que não valia a pena!
Foram buscar Paulo Pedroso á Assembleia da republica e não foram buscar o Carlos Mota porquê?
Vão passar para cima de Carlos Cruz o onus da incompetencia investigativa? Quando se aceita um trabalhador é habito pedir o registo criminal?

Os milhares de papéis analisados incluem ainda relatórios e diligências feitas pela PJ, escutas, talões de portagem, registos criminais, documentos bancários, documentos sobre processos disciplinares na Casa Pia, correspondência entre a instituição e a tutela, reconhecimento de locais e pessoas, relatórios de perícias legais entre muitos outros documentos.O acórdão começa pela identificação dos arguidos, enumera a acusação, identifica as centenas de despachos, quer da defesa, quer de representante do Ministério Público, até aos tribunais superiores. Os factos provados e não provados ocupam grande parte do texto até à "motivação da decisão", precisamente onde são enumeradas as testemunhas ouvidas ao longo dos anos e a "estrutura da motivação e análise crítica da provaO documento explica a fundamentação de direito e a análise dos preceitos legais dos crimes, designadamente a absolvição de Gertrudes Nunes quanto ao crime de lenocínio. Uma questão que o tribunal alterou relativamente à acusação foi a quantidade de crimes. Por exemplo, inicialmente os arguidos eram acusados de um crime por cada acto sexual (masturbação, coito anal, coito oral), mesmo que praticados na mesma altura sobre a mesma vítima. No acórdão, é considerado apenas um único crime, apesar da natureza ter sido alterada. Ou seja, num dos casos, Carlos Silvino passa de 14 crimes de abuso sexual de pessoa internada para um crime de violação.

aínda na pagina 1051...


Ouvida a testemunha Henrique de Sousa Machado, engenheiro, pela mesma foi dito que mora na Avª das Forças Armadas, nº 111, há cerca de 13 anos. Primeiro no R/C esq., até 1998, depois no 5º andar. Nunca lá viu o Carlos Cruz, nem ninguém lhe disse tê-lo lá visto. Sabe que no 2º andar morava uma enfermeira, mas nunca falou com ela. Já faleceu.
As únicas crianças que lá via eram os filhos dos proprietários, sendo que nunca ninguém lhe referiu ter lá visto outros miúdos que não aqueles.
Raramente passa pelas escadas do prédio, usando geralmente o elevador. O prédio era maioritariamente ocupado por empresas. Crê que o vizinho do 2º andar direito trabalha na RTP. Alterou a porta quando foi para lá. Não sabe se tornou a alterar a porta após o escândalo. Veio testemunhar porque recebeu uma carta da mulher do arguido Carlos Cruz pedindo-o para o fazer. Não a conhece nem sabe como ela obteve o seu nome.

na pagina 1052...

Por seu turno Rosa Maria Castro Lima, lava as escadas do prédio das Forças Armadas há cerca de 10 anos. Vai praticamente ao prédio todos os dias. Está lá entre 2 a 3 hs diárias. Nunca lá viu nenhum dos arguidos.
Nunca viu ninguém a entrar no 2º esq. Só lá viu uma senhora que chegou a pedir-lhe ajuda para ser levada ao hospital, isto antes da “bomba rebentar” (a bomba é para a testemunha a pedofilia na casa da Sra Odete). Foi a 1ª vez que entrou na casa da senhora. O chão era de madeira, tal como o era quando ficou encarregada de dar comida aos passarinhos da Dª Odete quando esta ficou internada em Sta Maria.

Tudo que estas pessoas viram não vale nada, acham isto normal?
depois na pagina 1055 mais uma perola!

E, no caso concreto o Tribunal teve, por um lado, o depoimento do assistente e do arguido Carlos Silvino da Silva, com a avaliação acima feita, nos quais acreditou, face a uma negação do arguido Carlos Pereira Cruz.
Embora, invocando também as contradições das declarações quanto às portas, e circunstâncias de tempo, momento do dia e dia da semana/fim de semana em que descrevem ter ido ( nesta parte divergência entre o arguido Carlos Silvino e o assistente).
Ou seja entraram em contradição sobre tudo que era importante!

mas antes LM tinha dito, pagina 1036

Em momento posterior prestou esclarecimento quanto ao modo como entraram no prédio subiram pelas escadas, existiam mais duas portas, o arguido Carlos Silvino da Silva tocou à porta e apareceu o arguido Carlos Pereira Cruz.
Limitou-se a seguir o JL , não lhe disseram nada. Entraram os quatro, Carlos Silvino da Silva e FG ficaram a falar com o arguido Carlos Pereira Cruz e ele e o JL foram para um quarto, “…foi atrás do JL , não fazia a mínima ideia do que ia fazer…”.

Em audiência de julgamento (AJ 30/01/06) prestou esclarecimentos quanto a um desenho da casa que tinha feito ( cfr. fls. 1.115), dizendo que o ponto de interrogação no desenho fls. 1115, fê-lo porque “… só vi de relance, não vou afirmar uma coisa que não tenho a certeza…” e quanto às divisões que assinalou no lado direito do croqui“…as portas estavam entreabertas e vi só uns azulejos e supus que fosse uma casa de banho e a outra a cozinha, já que todas as casas têm uma casa de banho e uma cozinha…as casa têm uma casa de banho e uma cozinha…as portas estavam umas fechadas e outras entreabertas…” (no entanto tinha respondido ao Tribunal - aquando dos
esclarecimentos que prestou quanto ao desenho que fez em audiência de julgamento -, que havia divisões que não tinha identificado porque as portas estavam fechadas, daí ter só feito divisórias; e quando é confrontada dá a resposta que assinalámos, que quando fez o desenho na PJ “… eu recordo-me ter visto algumas portas abertas, abertas tipo encostadas, entreabertas. …”).
Quanto ao mobiliário da casa disse que no quarto “ recordo-me da cama e de um guarda-fatos”, na sala “ recordo-me só de sofás”, não se lembra de ter visto janelas.
Tiveram lá tanto como eu.....mas como podem estes "artistas" enganarem juizes bem preparados? ou será que não estão tão bem preparados assim?

testemunhos da casa da av. das forças armadas

pagina 1050

( 5) Da prova produzida em audiência de julgamento não resultou – para além das declarações dos assistentes e do arguido Carlos Silvino da Silva – relato de qualquer outra pessoa que tivesse visto o arguido Carlos Pereira Cruz naquele prédio e o arguido Carlos Cruz refere nunca ter estado no local ou sequer visitado.
Tendo declarado expressamente, em sede de audiência de julgamento, que nunca entrou em nenhum prédio particular na Avª das Forças Armadas.
Disse conhecer a testemunha José Alberto Santos Machado, director de produção da RTP, que mora de facto no nº 111 da Avª das Forças Armadas, mas que não sabe em que andar (ao lado morava a Sra. Dª Odete) e com quem almoçou uma vez, mas não no nº 111. Conhece-o desde 1979.

reparem no pormenor de:
- para além das declarações dos assistentes e do arguido Carlos Silvino da Silva mais ninguem viu Carlos Cruz naquele prédio, estranho, não é?
mas vamos continuar mais um pouco a ver o que dizem as pessoas que foram a julgamento prestar declarações....

pagina 1051

Por seu turno, inquirida a testemunha José Alberto Santos Machado, jornalista, declarou ter trabalhado na RTP desde 1976 a 2001, inclusive, com o arguido Carlos Cruz. É amigo pessoal deste, mas afirmou que mora no 2º dto, do nº 111, da Avª das Forças Armadas desde Junho de 1998 e que nunca lá viu ou ouviu dizer que Carlos Cruz lá tenha sido visto.
Disse ainda que no 2º esq. vivia uma enfermeira doente que entretanto faleceu. Era a porteira Rosa que lhe levava a comida. No outro apartamento ficava um escritório. No 1º andar são escritórios( e percebeu-se pela testemunha Miguel Sousa Machado que um apartamento de habitação desde 2003/20049.
Em 2001 ou 2002 fez obras de alteração de todo o seu apartamento, mudando inclusivamente a porta que até então era igual à de todos os apartamentos. O empreiteiro que fez as obras era o Sr. Tavares. O nome da empresa não recorda.
Quanto à porta das traseiras, em 1998 diz que estava fechada de certeza e que a partir de 2002 vê a porta com mais movimento ( a empresa de estafetas).

terça-feira, 14 de setembro de 2010

as provas testemunhais.....

Estas são as provas testemunhais que não contam.

- Ana Isabel Geraldes de Carvalho Cardoso Picão de Abreu, nascida a 22de Junho de 1967, empresária, a qual declarou conhecer a arguida, por ter sido amados seus filhos entre 1997 e Junho/Julho de 2001.
Entrava em casa da arguida, sempre pela porta das traseiras e ia pela cozinha para a sala onde estavam as crianças. Deixava os filhos de manhã, 9.30h/10h e ia buscar à tarde 17h/17.30h. Uma vez chegou a entrar na sala “ à esquerda”. A arguida tinha um neto da idade do seu filho.
Nunca viu um Ferrari estacionado na rua , carrinhas de “9 lugares” é possível.

.
- Ana Maria Sequeira Mexia, nascida a 11 de Fevereiro de 1967, doméstica, disse ao Tribunal ser amiga da arguida Maria Gertrudes Nunes desde há 20/21 anos.

Disse que ia “com muita frequência” a casa da arguida, por ser sua amiga,acrescentando que a arguida era uma “pessoa encantadora”. Entrava sempre pela porta de trás – mesmo ao sábado, sempre que podia ia a casa da arguida - , durante a semana a partir das 8.30h havia pais a deixarem as crianças em casa da arguida.
Para além das pessoas de família – dizendo irmã, irmão, sobrinha, filha, genro-, que visse outras pessoas entrar “não se lembra”. E se houvesse barulho em casa da arguida tinha dado por isso, pois nas casas ouve-se tudo de uma para a outra.
Confirmou a existência do cabeleireiro do genro da arguida, na parte de baixo do prédio onde a testemunha trabalhava, disse que esteve lá até 2000/2001, não sabe bem, mas tinha muito movimento. Não viu os demais arguidos em casa da arguida,sós os conhece da televisão,incluindo o arguido Hugo Marçal.


- Ana Umbelina Catalão Carriço Monteiro, comadre da arguida, mora na casa ao lado

Declarou ser grande amiga da arguida Maria Gertrudes Nunes, sabe que a mesma toma conta de crianças e que o marido em 1999 teve um problema de saúde,que esteve meses de baixa, em casa sem sair, embora não saiba qual foi a doença que teve. Mas acrescentou que no ano de 1999 frequentava quase todos os dias a casa da arguida durante a semana, pois os seus netos viviam lá, indo pelas traseiras da casa. Continuou a dizer não se recordar qual foi a doença do seu compadre (marido da arguida Maria Gertrudes Nunes). Descreveu o interior da casa da arguida e que não viu obras ou alterações.
Disse não conhecer os demais arguidos, nem o arguido Hugo Santos Marçal,nunca viu em casa da arguido Maria Gertrudes Nunes os demais arguidos, nunca viu carros de luxo à porta, só viu os carros dos vizinhos. Quanto à arguida disse considerá-la uma pessoa de bem e uma pessoa verdadeira.


Angelina Maria do Carmo Monteiro Costa Seabra Lagoas, professora aposentada

Conhece o arguido Hugo Marçal como colega, relacionou-se com o mesmo nessas circunstâncias e os demais arguidos só da televisão. Nunca viu o arguido Hugo Marçal em casa da arguida Maria Gertrudes e às vezes ia lá.


- António João Sequeira Pires, capitão do exército

Disse que a casa da arguida não foi objecto de obras, descreveu-a quanto aos materiais e revestimentos. A arguida Gertrudes Nunes recebia visitas e falava muito com o Director do Hospital e a sua empregada. Não conhece qualquer um dos demais arguidos, nem o arguido Hugo Marçal.

Na pagina 702...

Cruzando este depoimento com o que - quanto a tal matéria – foram os depoimentos das testemunhas, Fernanda Maria Flora Gomes, Maria Isabel Evangelista Mendes, Henriqueta Maria Pio, Francisco Góis Faria e as declarações do arguido Carlos Pereira Cruz, o Tribunal não deu como suficientemente assente que era o arguido Carlos Pereira Cruz que estava nessas fotografias.

foi para isto que foi preciso esperar tanto?

confesso-vos que nem sei por onde começar, este acordão é preocupante até para mim que não sou um especialista na matéria, mas daquilo que li até agora já tenho uma ideia formada.

A 1º conclusão que deu para notar é que a prova testemunhal é muito importante.

A 2º conclusão é que dentro de um tribunal somos todos iguais, mas uns são mais iguais que outros!

Ou seja, tudo que for prova testemunhal contra os arguidos é aceite e considerada uma verdade absoluta, e tudo o que for a favor não é da mesma maneira valorada.

Agora sendo mais concreto, eu consigo entender que este tipo de investigação seja dificil, mas não exageremos!
pagina 249
37.1. Quando o menor ali chegou verificou que no local, e além do Carlos Silvino, se encontravam os menores JL, LM e FG.
Entraram na carrinha da CPL que o Carlos Silvino conduzia, tendo parado junto ao restaurante Mac Donald’s onde recolheram mais três ou quatro menores.
Deslocaram-se para Elvas, tendo o arguido Carlos Silvino estacionado a carrinha nas imediações da vivenda da Rua Domingos Lavadinho, n.º 24 que o menor já conhecia.

Mas aquilo era o quê? tipo excursão á praia da nazaré com a lancheira e o garrafão de vinho como á 50 anos?
quando o menor chegou á carrinha já lá se encontravam outros 3 menores, JL, IM, e FG, certo?
Recolheram mais 3 ou 4 menores?
mas eram 3 ou 4?
ninguem os conhecia?
como se chamavam?

.2. A porta foi aberta pelo arguido Hugo Marçal e, no seu interior, encontravam-se os arguidos Ferreira Dinis, Jorge Ritto, Carlos Cruz e Manuel Abrantes e mais três ou quatro adultos do sexo masculino cuja identidade não foi possível apurar.

3 ou 4 adultos cuja identidade não foi possivel apurar? como assim? isto é gozação?

37.4. De seguida os adultos mandaram os menores despirem-se tendo todos eles, incluindo os arguidos Carlos Cruz, Ferreira Dinis, Jorge Ritto, Manuel Abrantes e Hugo Marçal agarrado nos pénis dos mesmos, manipulando-os.

Ninguem explicou a estes juizes que os homens não funcionam assim? imaginem a cena, 5 homens a agarrarem nos pénis dos miudos em frente uns dos outros? homem nem gosta de urinar ao lado de outro homem!
um dia vi uma entrevista a um realizador de filmes porno em que ele dizia que arranjar mulheres para filmes era facil mas homens era dificil! um homem mesmo que tenha tendencias homosexuais não gosta de o fazer em frente de outros homens, existem homosexuais neste País, perguntem-lhes! Este tipo de coisa é uma aberração completa, só alguem muito fora da realidade da vida acredita numa coisa dessas.
e depois falam de prova testemunhal,se foi pela prova testemunhal que eu vi estamos conversados...

A propósito da casa de elvas...

Reparem neste acordão e benzam-se, vão a Fatima, rezem, passem por Meca,façam tudo o que possam para que nunca semelhante justiça vos bata á vossa porta....

36.2. Quando o arguido Hugo Marçal contactou a arguida Gertrudes para que lhe disponibilizasse a utilização da referida vivenda, pediu-lhe que a própria e
os seus familiares saíssem da mesma quando chegassem os adultos e os menores levados pelo arguido Carlos Silvino, recomendando-lhe que não falasse daqueles encontros a ninguem.


Para que entendam, D. Gertudes tinha uma filha que dava aulas no liceu da cidade, quando hugo marçal precisava da casa, ela dizia á filha que ela não podia ir a casa nesse dia porque tinha visitas, ou algo assim.
Se os juizes conseguem supor este tipo de coisa, já me imagino eu, a minha mãe dizer-me que eu não podia ir a casa e eu não ter que saber o porquê....

36.3. Quando se reuniam na residência da arguida Gertrudes Nunes, os arguidos Manuel Abrantes, Jorge Ritto, Carlos Cruz e Ferreira Dinis deixavam os veículos automóveis em que se faziam transportar estacionados em locais um pouco distantes da referida vivenda, de forma a evitar que se levantassem quaisquer suspeitas.

Só uma pergunta, isto era a que horas? levavam farnel? entrava um de cada vez ou iam em grupo? e já agora o peugeot preto 37-63-cs da casa pia tinha quantos lugares?
estou a lembrar-me de uma carta escrita por o cunhado de um médico de elvas que achei muito interessante, leiam tb!
1. Elvas - Rua Domingos Lavadinho

uma informação porventura relevante para mais tarde.

Frequentei, durante mais de uma década, a Rua Domingos Lavadinho.

O meu cunhado, Alvaro Gomes Pacheco, director então do Hospital de Elvas e actualmente coordenador dos serviços de saúde do império Nabeiro, a minha irmã, médica e chefe de serviço no mesmo hospital, Ana Maria da Silva Pereira, bem como os meus sobrinhos, viveram no número 64 desta rua mais de uma década.

Rua com uma fila de vivendas, um descampado térreo em frente às vivendas, onde os meus filhos e sobrinhos jogavam à bola, e numa zona de prédios do lado direito do descampado, a gelataria Celnata, onde os putos comiam gelados e nós, os adultos, cavaquevamos na esplanada.

Centenas de vezes.

Passámos lá muitos natais, ano novo, íamos com frequência lá.

Os meus filhos passavam sempre férias na Lavadinho.

É uma simples fila de vivendas, onde qualquer movimento de carros ou pessoas não residentes era imediatamente sinalizada pelos vizinhos.

Na vivenda ao lado da minha irmã, havia um salãozeco de cabeleireiro.

Mal chegava por lá o meu carro ou dos meus pais, que também passavam férias ali, logo a vizinhança alertava irmã e cunhado:

"Estão cá os seus pais," ou "está cá o seu irmão".

Não conheci nem privei com a Dona Gerturdes.

A discrição daquela zona era de tal ordem que, uma vez, para um trabalho com a Helena Ramos da RTP, que jantou em casa da mana e cunhado, foi logo motivo de alarido na vizinhança.

Ninguém ali passava despercebido e toda a gente, em geral, se conhecia.

Mais a mais, numa vila pequena em que o director do hospital, que também era presidente do clube de ténis local, o meu cunhado, era uma figura reverenciada a quem todos contavam tudo.

A chamada zona comercial ficava justamente no lado oposto da vila, perto do hospital.

Aí, sim, era natural que muita gente passasse incógnita, até pela costumeira invasão dos espanhóis às compras.

Na Domingos Lavadinho ERA MATERIALMENTE IMPOSSÍVEL.

O meu cunhado, que ainda vive em Elvas e durante o julgamento, teve oportunidade de me revelar o perfeito disparate das histórias da casa de Elvas.

Teríamos sido, porventura, boas testemunhas, qualquer de nós, porque conhecemos e vivemos tudo, conhecemos a situação e os hábitos.

Era apenas isto que tinha para te dizer.

Faz o uso que entenderes destes informações e podes, tu ou o teu advogado, obviamente checar todas estas informações.

Um abraço
carta disponivel no site www.processocarloscruz.com
tirem as vossas conclusões.

vamos então ao acordão....

antes demais acho que se deve mudar o texto de inicio do acordão, em vez de:
ACORDAM OS JUÍZES QUE CONSTITUEM O TRIBUNAL COLECTIVO DA 8ª
VARA CRIMINAL DE LISBOA, NOS AUTOS DE PROCESSO COMUM Nº
1718/02.9JDLSB E PROCESSO COMUM Nº 1718/02.9 (JDLSB) - F (Processo
Apensado):
devem ler o seguinte:
ACORDEM OS JUÍZES QUE CONSTITUEM O TRIBUNAL COLECTIVO DA 8ª
VARA CRIMINAL DE LISBOA, NOS AUTOS DE PROCESSO COMUM Nº
1718/02.9JDLSB E PROCESSO COMUM Nº 1718/02.9 (JDLSB) - F (Processo
Apensado):

E isto por uma razão, na verdade, e olhando isto com alguma independencia, parece que no minimo, a venda dos olhos da justiça escorregou e só ficou a ver de um lado, estou a tentar levar este tipo de condenação com algum fairplay, mas...levando a conversa para o futebol, digamos que este trio de arbitragem em vez de ser isenta, tomou parte activa no jogo,julgando sempre a favor de uma das equipas, condicionando o resultado final.
Senão vejamos:

32. Em datas em concreto não apuradas, entre finais do ano de 1997 e Setembro do
ano de 1999, o arguido Carlos Silvino levou o menor JL, pelo menos duas vezes, a
uma residência sita na Avenida das Forças Armadas, numa fracção do prédio correspondente ao Lote 3, nº. 111, em Lisboa, a pedido do arguido Carlos Cruz, a fim
de aí, o sujeitar à prática de actos sexuais.
A minha pergunta é a seguinte....
Era na porta direita ou na esquerda?


O rapaz abusado foi esse? foi esse que os juizes consideraram uma testemhuna credivél? Desculpem, tava distraído, agora me lembrei, credivel eram os dois, aquele de cima e este que via os artistas maquilharem-se naquela portita á esquerda, que por acaso estava sempre fechada, mas isso é um pormenor sem importancia nenhuma....

domingo, 12 de setembro de 2010

esta não é minha mas eu gostava que fosse...

A justiça dos homens
12/09/2010
por Marinho Pinto

Há dois mil anos, na Palestina, um Nazareno inocente foi condenado à morte por uma multidão de pessoas fanatizadas naquele que é até hoje o mais famoso julgamento da história da humanidade. O que mais me impressiona nesse julgamento não é o facto de o arguido estar inocente, pois sempre houve e haverá inocentes condenados; também não é a brutalidade da sentença, pois a pena máxima sempre foi a preferida das multidões; não é sequer a certeza irracional da turba sobre a culpabilidade do acusado, pois todas as multidões (as massas, como dizem alguns) são sempre irracionais e só têm certezas (por mim fujo sempre delas, seja nos estádios de futebol, seja nas procissões políticas ou sindicais, seja nas manifestações públicas de qualquer religião).

O que ainda hoje me impressiona naquele julgamento é o facto de, então, ninguém ter erguido a voz para defender o arguido ou sequer para manifestar dúvidas sobre a sua culpa. Ele, que pouco tempo antes arrebatava multidões, ele que fora a esperança para milhares de seguidores, de repente, estava ali sozinho, sem defesa, perante uma multidão que, embriagada com as suas próprias certezas, ululava pela execução da sentença que ela própria proferira.

O próprio julgador, que tinha os poderes para impedir a injustiça, cedeu às suas exigências e, apesar das dúvidas que chegou a manifestar, optou por lavar as mãos e entregar o acusado aos justiceiros. E mesmo aqueles que o sabiam inocente, não foram capazes de um gesto em sua defesa. Todos, por medo, vergonha ou cobardia, se calaram. E até os seus seguidores mais próximos negaram que o conheciam. E tudo isso aconteceu, não pela inexorabilidade de um desígnio profético, mas porque os senhores do Templo queriam a sua condenação a todo o custo e trabalharam para isso, manipulando e intoxicando a opinião pública de então. Dessa forma conseguiram o duplo objectivo de fanatizar uma parte da sociedade e calar os que tinham dúvidas ou acreditavam na sua inocência do acusado.

Casos semelhantes surgiram aos milhões ao longo da história da humanidade e repetem-se ainda hoje um pouco por todo o mundo, sempre com a intolerância e o fanatismo a aniquilar o direito de defesa dos acusados. Desde os inocentes que arderam nas fogueiras da Inquisição até aos condenados dos processos de Moscovo ou de Praga, para já não falar nos decapitados ou fuzilados de todas as revoluções e contra-revoluções, todos foram vítimas daquelas certezas absolutas que fanatizam as pessoas, por vezes até as mais generosas.

Por isso eu só acredito na justiça dos homens quando ela é feita no respeito por princípios que a relativizam e lhe impõem, como regra fundamental, o respeito absoluto por todas as pessoas envolvidas.

Por isso eu só acredito na justiça quando os que a administram respeitam os direitos de defesa e não os tentam esvaziar com alegações espúrias de excessos de garantismo.

Por isso eu só acredito na justiça quando ela é feita no lugar próprio que são os tribunais, por magistrados e advogados independentes e não nos órgãos de comunicação social por justiceiros de ocasião ou em instâncias não soberanas.

Por isso eu só acredito na justiça quando ela aceita sem dramatismos que é preferível inocentar um culpado do que condenar um inocente.

Por isso eu só acredito na justiça quando, em todos os seus trâmites, ela respeita o princípio da presunção de inocência até ao momento em que um veredicto de culpabilidade se torne definitivo por já não poder ser objecto de recurso ordinário.

Por isso eu só acredito na justiça quando ela é feita não em nome das vítimas, mas sim em nome dos bens jurídicos ofendidos com o crime e para reafirmar solenemente a validade desses bens, sem cedências a qualquer fundamentalismo justiceiro.

Por isso eu só acredito na justiça quando, havendo lugar ao ressarcimento moral das vítimas, ele não se faça através da humilhação pública dos condenados, sejam eles quem forem.

Por isso eu só acredito na justiça quando ela procura a verdade dos factos através de provas produzidas no próprio processo com respeito pelo princípio do contraditório e não com a informação tendenciosa de órgãos de comunicação social.

Por mim sempre lutei por esses princípios e, seja como bastonário da OA, seja como advogado ou como simples cidadão, nunca deixarei de erguer a minha voz em protesto contra a sua violação.

sábado, 11 de setembro de 2010

investigadores atacam cruz...

Hoje estou relativamente cansado, era para deixar para amanhã um comentário ás ultimas afirmações a que alguns orgãos de comunicação deram algum relevo, acho interessante este dar ao rabo furioso com aquilo que diz Carlos Cruz, e este ai jesus que ele abriu a boca. Contrasta com o anos de silencio a que ele se remeteu. Em contrapartida toda a gente disse o que queria, mentiram segundo as conveniencias de uma das partes, geriram a forma e o conteudo das noticias que deviam aparecer na comunicação social, induzindo em toda a gente a ideia que Carlos Cruz não era um pacato chefe de familia, mas um abusador da pior espécie.

Para termos uma ideia mais concreta socorro-mo dos dados da marktest:

Em aproximadamente dois anos, o caso Casa Pia ocupou jornais, televisões e rádios, numa cobertura que não tem paralelo entre nós. De 22 de Novembro de 2002 a 25 de Novembro de 2004, só nos serviços regulares de informação da RTP1, 2:, SIC e TVI passaram mais de 315 horas de notícias, num total de 8251 peças jornalísticas relacionadas com este assunto, de acordo com os dados do serviço Telenews da MediaMonitor. Uma matéria com muito peso, de facto, e que em determinados momentos deste período chegou a ocupar mais de metade do tempo informativo regular.

Aqueles que agora estão tão preocupados com as conferencias de imprensa de Carlos Cruz onde estavam antes?
Até aquele rapaz pequenino, o marques mendes, se insurgiu contra Carlos Cruz.
Mas tinha acontecido uma coisa curiosa, o advogado, se assim se pode chamar, josé maria martins, tinha dado uma entrevista á TVI24 superior a 30 minutos, onde disse que tambem deveriam ter ido a julgamento Jaime Gama, Paulo Pedroso e Ferro Rodrigues, bem, fiquei á espera de alguma referencia a este tipo de afirmação por parte desse rapaz pequenino, mas ele sobre este assunto disse nada.
Ou seja, as conferencias de imprensa e entrevistas que abordam o processo casa pia se forem dadas por catalina pestana, pedro namora taborda, ou bagão felix são boas, se forem dadas por Ricardo Sá Fernandes ou Carlos Cruz não são admissiveis e são uma forma de pressão sobre a justiça!

Depois de tudo só nos faltava ver Carlos Cruz ser limitado na sua liberdade de expressão.

Este processo teve tudo, até um profeta....
Sendspace.com: JoaoGuerra_24h.pdf / Joao Guerra - Profeta - 24horas

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Referencia de Carlos Cruz aos tavoras

Poucos dias atrás ouvi uma referencia de Carlos Cruz aos tavoras , o processo foi tão mal conduzido que a D.Maria I aboliu a pena de morte, (processo mal conduzido lembra-vos alguma coisa?) ou seja, teve no final alguma coisa positiva.
Neste processo gostaria que de alguma maneira, este mar revoltoso da nossa justiça ganhasse alguma serenidade.
Mas confesso que deve ser dificil, ouvi hoje o comentario de marques mendes, e poucas vezes me senti tão estupefacto com tamanha hipocrisia como aquela que constatei nas suas afirmações.
Espero que ele vá ver o tempo de antena que a TVI deu a toda a gente, quando Carlos Cruz nem tinha direito a saber a razão porque tinha sido detido.
Eu hoje nem quero abordar esse assunto, mas não perde pela demora...
Acho esse artigo muito bom e com a devida vénia de quem o escreveu aqui o deixo:
http://www.pontoblogue.com/2008/09/o-processo-dos-tvoras.html

Voltando um pouco atrás..

Sabem que na casa das forças armadas se disse que eles entravam por uma outra porta, e esse episódio acabou por se tornar o mais cómico de todo o processo, bem, isso aconteceu porque quiseram fazer crer que o Carlos Cruz passava por uma empresa de estafetas para entrar no edificio.
O que eu entendo perfeitamente, na verdade devia ser dificil para Carlos Cruz entrar num prédio daquela dimensão sem ser visto, de facto dava muito jeito se ninguem o visse, mas os fantasmas é só mesmo nos filmes ....

As palavras de um inocente...

Certas coisas nem precisam de muitas palavras, já viram as visitas das "vitimas" ao teatro, viram tambem as visitas á casa de Elvas, no post anterior puderam ver o Carlos Silvino na casa da av. das forças armadas, falta ver aquilo que diz a maior vitima deste processo....



RTP - GRANDE ENTREVISTA

alguem me ajude....trocaram as portas!

Querem saber como se envolve uma pessoa no processo mais escabroso da nossa justiça?

Vamos verificar como se envolve outra pessoa no processo, porque do meu ponto de vista esta casa nunca foi frequentada por nenhum destes "artistas", e a senhora enfermeira apanhou por tabela por culpa de alguns "especialistas" da nossa area de justiça. coitada da senhora entretanto já falecida...

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

ainda a propósito de tv e figuras do processo...

Aquilo que uma pessoa pretende de um advogado num tribunal, é uma pessoa conhecedora, responsavél e capaz de litigar com educação e urbanidade.
Depois disto, outros méritos tambem devem ser levados em conta naturalmente. Carlos Silvino fez a sua escolha, ou foi nomeado para o defender o Sr. José Maria Martins, não sei, e nem tenho especial interesse em saber. No entanto sempre me deixou muito curioso como um advogado troliteiro, que no meu ponto de vista fez afirmações pouco sérias conseguia ter tanto tempo de antena nas tv´s.
A questão que eu coloco é esta, é este advogado que o leitor gostaria que defendesse uma sua causa?
http://liberdadeamoral.forumeiros.com/grandes-portugueses-f9/jose-maria-martins-o-ressabiado-t153.htm

ou seria este?

alguns comentarios em redes sociais...

A forma como algumas pessoas se referem a Carlos Cruz denota uma certa falta de respeito que eu por mais que tente não consigo entender, digamos que as pessoas dão a alguma comunicação social uma relevancia, e uma importancia que ultrapassa o mais elementar bom senso, a forma de informação martelada, com uma apresentação favoravél a uma das partes ajuda a que formatemos a nossa opinião.
Sabemos que os portugueses são assim, faz parte do nosso codigo genético, e torna-nos mais idiotas, menos predispostos para a autocritica e menos participativos em termos de cidadania.
Eu por exemplo sou favoravél a uma maior participação dos cidadãos e defendo inclusive a criação de um portal do estado e não só, para abordar as questões da justiça em Portugal.
Não nos devemos esquecer que aquilo que aconteceu com Carlos Cruz pode acontecer a qualquer pessoa, ele ser uma pessoa tão mediatica deu-lhe a possibilidade de arranjar documentação que o defendia, porque provava que naqueles dias ele não podia estar onde as pretensas vitimas afirmavam que ele estava.
mas imaginem se as acusações eram sobre um vulgar cidadão!
É que neste caso o onus da prova passou para o acusado, ou seja, se eu disser que vi o pedro namora a comprar pasteis de belem para os miudos da casa pia, ele é que tem que provar que isso nunca aconteceu e não o contrario!
e quem diz isso pode por exemplo dizer que ele viveu com um homem, mesmo que fosse mentira teria de ser ele a justificar...
E isto é uma consideração de um cidadão, sem nenhuma malicia e sem outro objectivo que não seja muito modestamente colaborar de alguma maneira com uma melhor justiça no meu país.

vcs lembram-se desta?

Isto das contradições são pormenores sem importancia nenhuma....
eu acrescento, já que temos arguidos, vamos lá condenar a torto e a direito, o importante é receber mais uns cobres, se são inocentes ou culpados quem se interessa com pormenores sem importancia??


segunda-feira, 6 de setembro de 2010

o que eles dizem...

É bom saber que não estamos sós....


António Costa: "Nem uma condenação destruiria o sistema político, nem uma absolvição destruiria o sistema de justiça"

O juiz Rui Teixeira deixou-se manipular por uma calúnia?

A questão não é o juiz Rui Teixeira, a questão não é o magistrado do Ministério Público que está a investigar. A suspeita que temos e que queremos que seja investigada é que se os factos não são verdadeiros e os depoimentos estão em contradição com a realidade, é preciso apurar porque é que isso é assim. Entendemos que não é possível excluir nenhuma hipótese e temos razões para admitir que isso deva ser investigado. A única coisa que pedimos é que isso seja investigado, não pedimos rigorosamente mais nada.


O dr. Ferro Rodrigues diz-se vítima de uma "urdidura" a montante do sistema judicial. O seu camarada Augusto Santos Silva escreveu um artigo no PÚBLICO sobre este caso onde diz que "todos nós sabemos que o PP ocupa postos-chave no Ministério da Defesa, Justiça e Administração Interna". O que é que todos nós sabemos, o que sabe sobre isto e onde isto quer chegar?


PS) isto é velhinho mas actual
!http://dossiers.publico.pt/noticia.aspx?idCanal=1037&id=1149465

a frieza da dúvida, por Daniel Oliveira

Com todo o respeito devido ao Sr Daniel Oliveira, coloco aqui o link do excelente artigo que ele escreveu no Expresso online:
http://aeiou.expresso.pt/a-frieza-da-duvida=f602322

domingo, 5 de setembro de 2010

este homem é menos credível ?

Estava agora a ver comentários e reparei num que questionava como Carlos Cruz pagava aos advogados, bem, penso que aqui está a resposta e nada me faz crer que ele esteja a mentir.
Não sou como o outro que dizia, reclamou é porque é culpado!
Senão tivesse dito nada, diria: quem cala consente, podem ter a certeza que era isso que ia acontecer....

explicado de outra forma ....



Eu nã consigo entender, aliás, parece-me que só estas pessoas da area da justiça conseguem entender e acreditar neste tipo de declarações.
A propósito até entendi hoje uma noticia que li e que foi esta:
http://sic.sapo.pt/online/noticias/pais/PGR+e+procurador+do+processo+Casa+Pia+analisam+eventual+crime+de+desobediencia+de+Cruz.htm
É como quem diz, se a mensagem é má, mata-se o mensageiro!

são trocas e baldrocas...

Eu francamente acho que estou a ficar senil, ou então alguem me explique as afirmações do rapaz no teatro vasco santana.
Por uma lado sinto-me aliviado por saber que aquilo só aconteceu mesmo na cabeça dele, por outro lado preocupa-me que juizes e Ministério Publico aceitem estas afirmações como se fosse um testemunho normal...
Tenho uma vontade enorme de dizer um palavrão, não é o meu estilo, definitivamente não, mas não consigo evitar de perguntar a esta vergonha de juizes e ministério publico, que caralho andaram a fazer na escola? Aquilo é mau demais para ser verdade! Condenaram porque não tiveram coragem de assumir que erraram? Pareciam aqueles arbitros que se enganam ao conceder um penalty a quem não tinha direito a ele. e depois deixam passar um claro fora de jogo á equipa contraria para reparar o erro anterior.
Só que aqui a penalização é a vida de uma pessoa concreta que se chama Carlos Cruz. Infelizmente a nossa justiça, numa altura em que este homem brilhante demais para este País de aldrabões, invejosos e maldicentes, deveria estar a gozar a sua velhice no aconchego do lar, acaba por estar numa trincheira a defender-se da justiça que, não lhe devendo dar nenhuma situação de privilégio, ( e nunca o ouvi pedir isso)pelo menos lhe devia ter dado a mesma credibilidade que deu a este fulano que aparece no video.
Não bastou todas as atoardas que foram lançadas para a opinião publica por esse jornalismo de merda que deixou saudades ao moniz, como agora numa manifesta falta de coragem, a nossa justiça acaba por cometer a burrice suprema.
mas vejam então este rapaz que explica onde os artistas se iam maquilhar...

sábado, 4 de setembro de 2010

em quem acreditam??

Vou tentar não ser muito chato, a ideia não é essa, quero só que as pessoas entendam o meu raciocinio, hoje num simples exercicio mental pensei em 2 coisas que vi com uma separação temporal de alguns minutos, depois de ver os 2 depoimentos diga-me quem lhe parece que fala verdade....


Quem lhe parece que está a falar verdade??
acha que se deve acreditar mais na palavra deste rapaz do que na deste homem?


Será que sou eu que estou a ver mal ou será antes a nossa (in)justiça?

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

os dias nacionais...

Dia Internacional da Mulher, Dia do Pai, Dia da Liberdade, dia dos namorados, enfim, uma quantidade enorme de dias importantes socialmente, hoje proponho que seja atribuido a 3 de setembro de 2010, o dia em que a justiça portuguesa, junto de um precipicio deu o passo em frente.
Menos mal que para mim não foi uma surpresa, à já algum tempo que se subentendia que Carlos Cruz seria condenado, eu tinha referido isso porque não acreditava (com razão) que a justiça portuguesa fosse capaz de assumir um erro.
Na verdade era dificil depois de atribuir indmnizações muito simpaticas ás vitimas, alguem vir agora dizer que se tinha atribuido uma verba de 600.000 euros, com base em conversas sem o minimo de fundamento. Certo que sendo sobre uma matéria tão sensivél, na maioria dos casos, ou pelo menos uma esmagadora percentagem de portugueses e portuguesas acreditaram piamente nas crianças e interiorizaram aquilo que eventualmente fariam se uma coisa do genero acontecesse aos nossos filhos.
Mas hoje não quero falar do processo Casa Pia, um amigo meu dizia que gostava de viver até ver a sentença do processo, afinal teve sorte, escapou a isto.
Quando este processo começou, este meu amigo infelizmente já desaparecido, que era das pessoas mais atentas que conheci na vida, numa conversa daquelas ao fim da tarde, olhando para uma capa de revista na papelaria defronte, me dizia :
- este gajo tá fodido, (Carlos Cruz) não á nada pior que uma mulher despeitada, a mulher do moniz é que lhe vai fazer a folha!
- tás a falar de k? faz parte do trabalho, jornalista é assim mesmo, retorqui eu.
ele respondeu-me com aqueles olhos azuis:
-és muito ingénuo, conheces pouco da vida deste pessoal, o Carlos Cruz chegou a viver na casa do raul solnado e eu cheguei a levar a fulana lá a casa, ela era uma cara lavadinha, vivaça mas simpatica, quando veio a brasileira casar com ele pensei que o assunto morria ali, mas quando a vi na televisão a dar uma noticia sobre a prisão dele parecia que estava a ter um orgasmo.
sorri da apreciação, puxei a conversa para os automoveis (para ele só havia 2 marcas, os mercedes e os outros) conversamos uns minutos, deixei-o em frente de um pires de caracois e uma imperial, fui descendo na direcção do jardim da estrela a gozar as sombras do verão e de repente veio-me á ideia, será que a Felicia Cabrita tambem andava despeitada?

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

As tvs....

o post anterior e a opinião daquela senhora é importante para termos a noção do poder da tv, eu sou da opinião que deveremos ser nós quem se deve impor em relação á qualidade e á quantidade de coisas que nos são transmitidas e essencialmente não aceitar tudo como uma verdade absoluta!


A evolução economica levou a uma concentração dos meios de comunicação em poucas mãos. Os jornais diminuem numericamente.As estações de radio e de TV formam redes. A informação passou a depender de uns poucos grupos, controlados por poucos indivíduos. O comportamento dos meios de comunicação mudou. Transformaram-se também em grupos de pressão. Alias, dependem dos grupos econômicos que os financiam. Junto aos poderes públicos representam o papel dos lobbies.Já não são a voz do povo e sim a voz dos grupos econômicos que representam. Trabalham para que se faça o acordo entre os poderes econômicos e o estado. Contribuí, assim, para subordinar o Estado aos grupos econômicos. "A opinião publica que orientam não é mais a opinião espontânea dos cidadões. Os meios de comunicação, sobretudo a TV, fabricam a opinião publica, modelam-na à vontade!" Comblin,1996, p 233)

sobre o pedido do josé maria martins...

sobre o pedido de josé maria martins em que pede que CC seja novamente preso, e por força de um documentário que apareceu no seguimento da noticia:
Igualdade
Maria Antunes - 31 Ago 2010 15: 55
Eu sou da opinião que, o que é para uns deve ser para todos, o Bibi está preso, o Carlos Cruz não é mais nem menos que o Bibi e também deveria estar preso a aguardar pelo julgamento.Mais não digo, pois mesmo que o Carlos Cruz não seja condenado, eu não acredito na sua inocência...

eu escrevi tambem o meu comentário que foi o seguinte:


essa agora...
carlos pereira - 31 Ago 2010 17: 55
mas qual a lógica desse raciocinio? basta ser arguido para ser culpado? quer dizer, se no seu prédio houver um assassinato e todos forem apresentados ao juiz como arguidos, mesmo que só um seja culpado devem ser todos condenados?? é essa a lógica? mas algum de vcs conhce o processo? algum dos leitores conhece os fundamentos da eventual pena ou absolvição dos arguidos? alguem se deu ao trabalho de ver as provas e as incongruencias deste processo? alguem teve conhecimento da quantidade de casos em que inocentes foram parar á prisão em varios erros judiciários em diversos paises do mundo?cuidado com as acusações feitas á toa, alguma vez podem ser vcs aqueles a serem acusados injustamente! eu fiz um blog a propósito deste caso, seu quiserem ter a noção das barbaridades que se disseram aconselho a que passem por lá.http://carlos-averdadeacruzblogspotcom.blogspot.com/