domingo, 28 de novembro de 2010

A cunhada do Ismael e o francisco guerra

Isto aconteceu bem perto de Lisboa na simpatica vila de Benavente, é um exemplo de como uma pessoa mentirosa , com tendencia para a enfabulação pode fazer.
Conhecem alguem assim?

a justiça nunca se engana....

Durante este fim de semana fui analizando aquilo que se escreveu sobre a entrevista de francisco guerra, as opiniões na generalidade vão em sentido oposto aquilo que para mim é muito óbvio, que a justiça mais uma vez se enganou!
Uma das frases mais frequentes é que os condenados deviam esperar na prisão pelo resultado do recurso, nalguns casos dizem-se barbaridades que me envergonham como Português, sou da opinião que o estado não deve aplicar uma pena que não possa resarcir em caso de engano, parece que algumas pessoas não são dessa opinião e parece-me que isso tem uma explicação facil, nunca foram confrontados com uma má aplicação da justiça.
Penso que até Carlos Cruz antes de ter sido acusado nunca imaginou que isto pudesse acontecer.
A coisa curiosa é que este tipo de situação é mais frequente do que se possa imaginar, e não é só em Portugal que acontece, o caso de Carlos Cruz apenas me fez compilar uma série de más decisões da justiça nas mais variadas latitudes.
Voltando ao francisco guerra, está referenciado nos relatórios sociais da Casa Pia como sendo "mentiroso, com tendência para a enfabulação, problemático e conflituoso".
É um excelente mentiroso com um senão, é esquecido e isso é fatal...
No minuto 29,35 ele afirma que: "sou um espectador atento da comunicação social e vejo muita televisão" depois um breve espaço de tempo, lembra-se daquilo que já tinha afirmado e diz: actualmente.....
Como diria o saudoso Vasco Santana para o Antonio Silva..aguas para o Cartaxo? compreendido...

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

a entrevista do francisco guerra

A pedido de várias familias achei que era hora de fazer um comentário á entrevista de francisco guerra, para começar vou focar 2 pontos que eu acho muito relevantes e que por aquilo que li nos diversos blogues dá a sensação que foram pormenores sem importancia.
quanto a mim não é assim!
Começemos pelas declarações:
aos 10 minutos afirma que não sabia que Carlos Cruz era uma figura publica....
esta para mim está óptima, não estamos a falar de uma criança com 2 anos de idade, mas enfim...
mas ao minuto 12 sensivelmente, á pergunta de ter almoçado algumas vezes com estes personagens num restaurante na Ajuda, consegue deixar-me mais baralhado com a resposta.
"as conversas que foram feitas nesses almoços, como eu refiro no meu livro, tinha tudo a ver com o que aconteceu nestes anos todos e pouco ou nada se falava sobre a vida pessoal de cada um"
Nestes anos todos?
mas isso aconteceu quando?
Por acaso algum jornalista foi a esse restaurante confirmar a veracidade dessas declarações?

Aconselho a propósito ler a parte do artigo da focus que abordam o comportamento social deste novo escritor que tá disponivél aqui:
http://carlos-averdadeacruzblogspotcom.blogspot.com/2010/09/comeca-se-entender-o-mecanismo.html
Tem tambem esta afirmação curiosa para um fulano que não sabia que Carlos Cruz era uma figura publica
minuto 19,57:
"alem de estar de livre vontade, eu estou com um grande orgulho em estar aqui,porque eu gosto muito do seu trabalho, é uma jornalista sem dúvida notavél, e apreciei durante muitos anos o seu trabalho"
?????
explica lá esta afirmação...:"apreciei durante muitos anos o seu trabalho" e durante esses anos nunca viste acidentalmente nada de Carlos Cruz?

Sobre a casa de Elvas nem quero comentar mais, já toda a gente viu o video da casa e do teatro, este rapaz é aquele que andava lá com o gorro que não dizia coisa com coisa, ele ter mentido sobre a casa de Elvas proporcionou inclusive a inquirição do construtor da obra.

Eis o que foi dito em tribunal por quem construiu a habitacão:
Eduardo Ildefonso em audiência de julgamento de 22 de Janeiro de 2007
Construtor da casa de D. Gertrudes bem como de muitas outras na mesma rua

Dr. Manuel Silva - O mestre Eduardo voltou aquela casa recentemente?
Eduardo Ildefonso - Voltei sim Sr., para ter uma certeza do que aqui vinha dizer, eu voltei lá
Dr. Manuel Silva - Quando?
Eduardo Ildefonso - Ó Sr. Dr. foi na semana passada
Dr. Manuel Silva - Ai teve lá na semana passada?
Eduardo Ildefonso - Tive sim Sr.
Dr. Manuel Silva - O que é que viu lá, foi o que o Sr. fez, ou tinham alterado a sua obra?
Eduardo Ildefonso - Nada Sr. Dr., tudo que eu fiz, é tudo o que está lá. Não houve a mínima alteração em coisa nenhuma.
Dr. Manuel Silva - A escada do primeiro andar
Eduardo Ildefonso - É uma escada em mármore que eu fiz do rés-do-chão para o primeiro andar. É a escada que lá está.
Dr. Manuel Silva - Mestre Eduardo, uma coisa que já aqui tem levantado problemas, ou já alguém levantou aqui problemas, aquela casa tem um sótão.
Eduardo Ildefonso - Tem sim Sr.
Dr. Manuel Silva - E esse sótão como está? Foi o Sr. que o fez?
Eduardo Ildefonso - Fui eu que o fiz sim Sr.
Dr. Manuel Silva - Porque é que fez aquilo assim?
Eduardo Ildefonso - Sr. Dr. antigamente o Sr. conhece-me ali há mais de trinta anos a construir, e naquela zona fiz quase aquela parte da Piedade, fiz eu quase toda. E então, era por hábito, por intermédio do Sequeirinha que não fazia nada, aproveitava os sótãos para quê ? Dava mais acesso ao telhado, partia-se uma telha, levava uma placazinha tornava o primeiro andar mais fresco, e eu continuei a fazer os sótãos, era um bocadito mais rentável, pois sempre recebia mais alguns tostões enquanto fazia sótãos. A Dª Gertrudes também tem lá um sótão.
Dr. Manuel Silva - Portanto, o sótão também está, como foi feito por si?
Eduardo Ildefonso - Tal e qual. Eu estive lá a ver, tive a preocupação antes de vir aqui, ir ver tudo por tudo. Para não vir aqui dizer coisas que não devo dizer.
Dr. Manuel Silva - Portanto o Sr. pode assegurar ao tribunal que não há nenhuma modificação?
Eduardo Ildefonso - Eu posso jurar por tudo, que não há, modificação nenhuma.

Ps) Dr Manuel Silva, advogado de gertrude nunes

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

o legalices e o correio da manhã

Diz o ricardo sardo com toda a razão....

A sarjeta de Dâmaso
Nunca comprei o Correio da Manhã e nunca o comprarei. Dou, habitualmente, uma espreitadela no café (é o único jornal lá disponível) mas mais para ler algumas opiniões. Nunca o comprei e nunca o comprarei, poi não considero a actividade praticada pelos "funcionários" do CM como "jornalismo". Aquilo tem tanto de jornalismo quanto a minha profissão de engenharia...
Isto vem a propósito de um artigo (alguns poderão chamar-lhe de "notícia"...) publicado no sábado, sobre certas conversas privadas de uma eurodeputada socialista. Como aqui explicado por um jornalista (este sim, é jornalista na verdadeira acepção da palavra), o artigo é um acto de pulhice e, pior, é demonstrativo da cultura praticada naquela casa, que há muito se dedicou (e se especializou) em julgamentos sumários nas páginas do jornal (geralmente, sem direito a contraditório ou defesa) e ao "jornalismo paparazzi", que vasculha a intimidade a privacidade das figuras públicas, sobretudo políticos. Contrata para as suas fileiras pessoas como Paulo Pinto Mascarenhas, que tem a ética e a moral que todos conhecemos e que mostrou com o artigo, publicado no jornal i (onde então trabalhava), sobre o autor do blogue O Jumento. Enquanto o jornalismo visa informar e transmitir informação aos leitores, aos cidadãos (daí o seu interesse e o seu valor enquanto actividade pública), o CM visa denegrir a imagem de pessoas, violando os seus mais básicos direitos enquanto cidadãos.
Nem vou entrar na questão das conversas publicadas, pois sobre escutas já disse tudo o que tinha a dizer, nomeadamente aqui. A divulgação destas conversas é ilegal e não existe "interesse público" que valha a Dâmaso & Ca. Tivéssemos um Ministério Público atento, corajoso, menos preocupado em fazer guerra ao governo e o jornal já tinha sido processado por violação ao segredo de justiça e já tinha sido aberta uma investigação séria sobre a fonte da violação, de modo a descobrir quem, de dentro da Justiça e do grupo - extremamente restricto - de pessoas com acesso às conversas, se chibou para o CM. Porque toda a gente sabe que o jornal tem imensos contactos nas polícias e nas magistraturas, sobretudo a do MP, mas ninguém tem a coragem de o denunciar. E é também por causa disto que este país está como está e não sai da cepa torta.

infelizmente....

Infelizmente são tantas coisas que acaba por ser dificil enumera-las todas, sou pai e preocupa-me este tipo de situações, mas não é menos grave que uma criança minta e possa colocar na prisão um inocente.

http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/criancas-nao-sofreram-abusos/160541

e que tal um observatório da justiça?

Todos os dias somos confrontados com más decisões na justiça, o facto é que em certos trabalhos e profissões não existe grande margem para erros, a justiça é uma delas...

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/exclusivo-cm/adn-salva-falso-violador-da-prisao221031093

confiar em quem acusa apenas porque sim?

Confiar na palavra de quem acusa apenas porque sim por vezes leva a casos que nunca podem ser reparados.

Imaginem que dois adolescentes vos acusam de qualquer crime, no caso de abuso sexual basta eles já terem uma ligação a essa area de prostituição masculina para terem concerteza sinais fisicos que já tiveram relações muito intimas.

Como é um crime que normalmente se faz na intimidade é dificil alguem defender-se mesmo que seja a maior mentira, nestes casos existe outra agravante, pela privacicade do acto em si, o alegado "abusador" não tem como se defender!

E nós sabemos que nestes caos concretos o dificil é apresentar provas que não cometeu o crime...

http://www.cmjornal.xl.pt/noticia.aspx?contentid=A17B1206-7153-4A0C-8A5F-4F8D02256025&channelid=00000010-0000-0000-0000-000000000010

a propósito do Saramago...

Sobre a justiça:
Não me preocupa tanto a justiça não ser perfeita, preocupa-me que não se faça nada para a melhorar.....

JUSTIÇA
José Saramago

"... a Justiça continuou e continua a morrer todos os dias. Agora mesmo, neste instante em que vos falo, longe ou aqui ao lado, à porta da nossa casa, alguém a está matando. De cada vez que morre, é como se afinal nunca tivesse existido para aqueles que nela tinham confiado, para aqueles que dela esperavam o que da Justiça todos temos o direito de esperar: justiça, simplesmente justiça.Não a que se envolve em túnicas de teatro e nos confunde com flores de vã retórica judicialista, não a que permitiu que lhe vendassem os olhos e viciassem os pesos da balança, não a da espada que sempre corta mais para um lado que para o outro, mas uma justiça pedestre, uma justiça companheira quotidiana dos homens, uma justiça para quem o justo seria o mais exacto e rigoroso sinônimo do ético, uma justiça que chegasse a ser tão indispensável à felicidade do espírito como indispensável à vida é o alimento do corpo. Uma justiça exercida pelos tribunais, sem dúvida, sempre que a isso os determinasse a lei, mas também, e sobretudo, uma justiça que fosse a emanação espontânea da própria sociedade em ação, uma justiça em que se manifestasse, como um iniludível imperativo moral, o respeito pelo direito a ser que a cada ser humano assiste."

Caryl Chessman

Morreu na camara a gás em 2 de maio de 1960, a justiça americana nunca conseguiu dar a mão á palmatória, á semelhança do que tem acontecido noutros casos a que já fiz referencia neste blog.
A carta manuscrita por Chessman horas antes de sua morte e endereçada a um repórter do jornal San Francisco Examiner. Publicada na edição do dia seguinte à execução de Chessman, a carta-testamento se firmou como um dos mais vigorosos libelos contra a pena de morte.
Ei-la:

"Caro Sr. Stevens:
"Como deve saber, os carrascos, na Califórnia obedecem a horário de bancos. Nunca executam alguém antes das dez da manhã e nunca depois das quatro da tarde. Quando ler esta carta, já eles me terão executado. Terei trocado o esquecimento por um incrível pesadelo que durou 12 anos. E o senhor terá presenciado o ato final ritualístico. Espero e confio em que o senhor será capaz de transmitir a seus leitores que morri com dignidade, sem medo animal e sem bravatas. Devo isto a mim mesmo, mas devo mais a muitos outros. A hora da morte chegará a mim dentro de poucos minutos. Resta-me de vida, segundo suponho, menos de dezoito horas. Passarei estas horas numa das celas, a alguns passos da câmara de gás".
"... Eu desejava continuar vivendo. Acreditei apaixonadamente que poderia oferecer uma contribuição com meus livros, não só à literatura, como à minha sociedade. Eu estava determinado a retribuir, assim, às milhares de pessoas de tantas nações que me defenderam e acreditaram em Caryl Chessman como ser humano. Eu teria tido grande satisfação e um sentimento de nobres objetivos se tivesse sobrevivido, para justificar seu compreensivo julgamento. Mas um severo destino, revestido de roupagens jurídicas, decretou minha morte numa pequena sala octogonal, pintada de verde".(...)
"Chegou a hora, em suma, de morrer. Então assim acreditam muitos funcionários da Califórnia o Estado estará vingado e vingado estará seu sistema de Justiça retributiva. O Estado terá acalmado seu espírito de vingança. Mas, vingança contra o quê? Câmaras de gás podem matar gente e não contrafações de sinistros e arrependidos criminosos lendários, "monstros mitológicos".
"Face a face com a morte repito enfaticamente e sem hesitação: jamais fui o famoso "bandido da luz vermelha". O Estado da Califórnia condenou o homem errado, teimosamente recusou-se a admitir a possibilidade de seu erro, e muito menos, a corrigi-lo. O mundo terá em tempo provas deste monstruoso e selvagem erro. Não se orgulhará desses fatos. Mas, ponhamos aqui de lado a questão de culpa ou inocência. O que me impele a escrever esta carta é minha firme convicção de que neste drama está envolvido algo mais que a morte de um homem.
"(...) Vou morrer com conhecimento de que deixo atrás de mim outros homens vivendo seus últimos dias no corredor da morte. Declaro aqui que a prática de matar ritualmente e premeditadamente outros homens envergonha e macula nossa civilização, sem nada resolver contra aqueles que se lançam violentamente contra a sociedade e eles próprios.
"Assim, poderemos encontrar solução racional e humana para o problema que a sociedade deve fazer com tais seres humanos. Este problema não deve jamais ser enterrado juntamente com o homem executado e suas vítimas. Ele não será enterrado junto comigo. Escolhi meu próprio caminho para chamar a atenção mundial para os corredores da morte e câmaras de gás. Não encaro a mim mesmo como um herói ou mártir.
Pelo contrário, sou, ou louco confesso, profundamente consciente da natureza e qualidade dos loucos erros cometidos em meus anos de rebelde juventude. Não espero parecer grandiloqüente e didático. Mas, estas são crenças que ardem dentro de mim mais luminosamente que a minha esperança de sobreviver. Morrendo, devo reafirmar esta crença e exprimir minha última esperança de que estes que saíram em minha defesa continuem lutando contra as câmaras de gás, contra os carrascos e contra a justiça vingativa. Certamente mereceremos algo melhor. Extingue-se meu tempo. Devo encerrar aqui minha carta. Sinceramente, Caryl Chessman".

mia couto

Companheiros
Mia Couto*


quero
escrever-me de homens
quero
calçar-me de terra
quero ser
a estrada marinha
que prossegue depois do último caminho

e quando ficar sem mim
não terei escrito
senão por vós
irmãos de um sonho
por vós
que não sereis derrotados

deixo
a paciência dos rios
a idade dos livros

mas não lego
mapa nem bússola
porque andei sempre
sobre meus pés
e doeu-me
às vezes
viver
hei-de inventar
um verso que vos faça justiça

por ora
basta-me o arco-íris

em que vos sonho
basta-te saber que morreis demasiado
por viverdes de menos
mas que permaneceis sem preço

companheiros

*Mia Couto, de Moçambique,
um dos maiores poetas africanos em língua portuguesa

bocage não é só rir...

O CONDENADO



"Folga a Justiça e geme a natureza"
Bocage

Alma feita somente de granito,
Condenada a sofrer cruel tortura
Pela rua sombria d’amargura
- Ei-lo que passa - réprobo maldito.

Olhar ao chão cravado e sempre fito,
Parece contemplar a sepultura
Das suas ilusões que a desventura
Desfez em pó no hórrido delito.

E, à cruz da expiação subindo mudo,
A vida a lhe fugir já sente prestes
Quando ao golpe do algoz, calou-se tudo.

O mundo é um sepulcro de tristeza.
Ali, por entre matas de ciprestes,
Folga a justiça e geme a natureza.

todos os dias má aplicação de justiça....


Quase todos os dias somos confrontados com erros judiciários, alguns são demasiado crueis.
Aliás é por causa disso que sou contra a pena de morte, como não existe a possibilidade de resarcir em caso de erro é melhor não a aplicar!
Este caso aconteceu nos estados unidos e não existe indemnização que possa reparar um erro desta dimensão.
Americano acusado injustamente de
estupro passa 27 anos na prisão
Michael Green foi libertado graças a testes de DNA que comprovaram sua inocência


Imagem do jornal americano de The New York Times mostra Michael Green, de 45 anos, que passou 27 anos na cadeia por estupro que não cometeu

.O americano Michael Green, de 45 anos, vive um dilema: aceitar compensações no valor de 2,2 milhões de dolares pelos 27 anos que passou injustamente na cadeia ou entrar com um processo contra o Estado do Texas, nos Estados Unidos, para revelar a verdade sobre o julgamento de estupro que o levou à prisão.

Há alguma indemnização que pague pela liberdade perdida de um inocente?

Em entrevista ao jornal The New York Times, Green - disse que ainda não se decidiu, apesar de considerar que o dinheiro oferecido pelo Estado não é suficiente para pagar pelo tempo que ficou preso.

- O que eu realmente preciso é fazer com que eles paguem pelo que fizeram comigo. Os US$ 2,2 milhões são nada comparados aos 27 anos da minha vida em que passei por tortura mental e abusos físicos.

O drama de 27 anos de encarceramento do americano só teve fim graças ao trabalho de um novo escritório da promotoria do condado de Harris, que conseguiu provar por meio de exames de DNA que o crime de que Green foi considerado culpado, em 1983, não tinha sido cometido por ele.

Na noite do dia 18 de abril de 1983, Green caminhava para casa quando uma mulher foi sequestrada e estuprada por quatro homens em um carro roubado. O americano foi um dos vários suspeitos detidos pela polícia nas imediações, mas a vítima não conseguiu identificá-lo.

Uma semana mais tarde, a polícia prendeu Green após ele roubar e bater um carro. As autoridades voltaram a apresentá-lo à vítima de estupro, que desta vez o "escolheu" em uma linha de suspeitos. No julgamento que se seguiu, o americano, na época com 18 anos, foi condenado a 75 anos de prisão.

De acordo com o New York Times, a prova da inocência de Green 27 anos mais tarde joga luz sobre um dos principais problemas da Justiça dos EUA: a suposta falta de credibilidade das identificações de suspeitos por vítimas em delegacias.

Segundo o jornal, mais de três quartos das 258 pessoas libertadas após testes de DNA nos últimos dez anos foram condenados com base em identificações visuais feitas por testemunhas ou vítimas

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

País - Jornalista Patrícia Lucas conta a história de um erro judiciário - RTP Noticias, Vídeo

País - Jornalista Patrícia Lucas conta a história de um erro judiciário - RTP Noticias, Vídeo

J'ai menti-Auteur : Virginie Madeira | Brigitte Vital-Durand

As crianças não mentem....
http://www.lusojornal.com/archives/unefr88.pdf


Les premières lignes
Mon père est quelqu'un de calme, de doux. Il n'est pas violent du tout. Par contre, il est têtu. À la maison, il est peu autoritaire avec moi ou avec mes frères. Avec nous, ses enfants, il ne s'énerve jamais.Mon père est mince, brun. Il est toujours en jean.Le matin, c'est lui qui m'emmenait au collège parce que c'était sur son chemin. À six heures et demie, il tapait à la porte de ma chambre pour me réveiller. Pendant qu'on prenait le petit déjeuner à la cuisine, il mettait «Télématin» sur la 2, moi, je voulais les dessins animés. Il préparait parfois des tartines, parfois des céréales, ou alors je ne voulais pas déjeuner. Il me poussait pour que je me dépêche, il fallait qu'il soit à l'heure à son travail. Moi, je ronchonnais un peu. Lui ne criait pas. Mais il me disait tout le temps : «Virginie, il est moins dix, il faut que j'arrive à l'heure... Si tu n'es pas prête, je vais appeler maman, c'est elle qui va t'emmener.» Je savais très bien qu'il n'allait pas l'appeler et que c'était lui qui allait m'accompagner.Mon père, artisan maçon, était un travailleur acharné. C'était important pour lui. C'est quelqu'un qui prend son travail à coeur. Ce n'est pas qu'il ne se souciait pas de la famille, mais il ne le montrait pas.Il avait une petite entreprise avec trois ou quatre ouvriers. Il parlait souvent de son travail quand on était à table. On mangeait, le téléphone sonnait, c'étaient des clients. Il avait son bureau à la maison, il passait son temps sur l'ordinateur à faire des devis ou des comptes.Avant mes neuf ans, on habitait un appartement à Croix-Rouge, un quartier de Reims. Après, on a déménagé à Muizon, un village à environ dix kilomètres, dans une maison que mon père a construite. Elle était grande, avec un étage et trois entrées.


La revue de presse Anne Chemin - Le Monde du 21 septembre 2006
Elle est absente à son histoire comme elle avait autrefois été absente au procès de son père : dans un livre-témoignage, Virginie Madeira, qui a aujourd'hui 21 ans, raconte sans la moindre trace de colère ou même d'émotion comment elle a menti, à 14 ans, en accusant son père de l'avoir violée pendant plusieurs années. Le ton est froid, les phrases lapidaires : "Je savais que mon père était en prison mais je ne le savais pas. Je n'arrivais pas à l'imaginer. C'est compliqué à comprendre mais je n'arrivais pas à me rendre compte que mon père était en prison ; pour moi, on ne met pas les gens en prison s'ils n'ont rien fait." Un jour du printemps 1999, pour que son amie Mélanie "s'intéresse à elle", Virginie Madeira lui raconte sous le sceau du secret que son père a "abusé" d'elle. "...Il faudra plusieurs années pour que Virginie Madeira se décide à avouer son mensonge. Un jour d'été, en 2002, un an après la condamnation de son père, elle s'assoit sur le lit de sa mère qui se repose. "Tu sais, ce n'est pas vrai tout ça, lui dit-elle simplement. - Oui, je l'ai toujours su... Je suis contente que tu aies le courage de m'en parler, répond sa mère. - Je crois qu'il faut faire sortir papa", conclut Virginie Madeira...Ce livre laisse une étrange impression d'absence, de carence, de silence. Jamais Virginie Madeira ne trouve le moindre fil qui lui permettrait de comprendre ces longues années d'indifférence au sort de son père et au monde qui l'entoure...

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

em fase de inquérito....

Num tribunal de uma cidade, o advogado de acusação chamou a sua primeira testemunha; uma velhinha de idade avançada e avó.Aproximou-se da testemunha e perguntou:"Srª. Ermelinda, a senhora conhece-me?"- Claro que te conheço. Conheço-te desde pequenino, sempre foste pequenino, mais tarde tornaste-te um mau policia,depois um mau advogado e, francamente, desiludiste-me. Mentes descaradamente, enganas a tua mulher, manipulas as pessoas e falas mal delas pelas costas. Julgas que és uma grande personalidade quando nem sequer tens inteligência suficiente nem para ser varredor. Claro que te conheço.O advogado ficou branco, sem saber que fazer. Depois de pensar um pouco; apontou para o outro extremo da sala e perguntou:- Srª Ermelinda conhece aquele senhor de barbas? Responde a velhinha:- Claro que sim. Também o conheço desde a infância. É frouxo, tem problemas com a bebida, não consegue ter uma relação normal com ninguém e na qualidade de procurador... bem, aí...é um dos piores que já vi. Não esqueço também de mencionar que engana a mulher com três mulheres diferentes, uma das quais, curiosamente, é a tua mulher. Sim, conheço-o. Claro que sim.- O defensor ficou em estado de choque.O juíz, então, pediu a ambos os advogados que se aproximassem do estrado e com uma voz muito ténue diz-lhes:- Se a algum dos dois, ocorrer perguntar à p.. da velha se me conhece, juro-vos que vão todos presos.(Recebida por e-mail, claro; muitos de vós já a conhecem, mas é para desanuviar …)

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

as minhas desconfianças.....


Perguntava-me um amigo um dia desta semana depois de visitar o blog:

Porque é que achas que a justiça foi mal aplicada neste caso?


Bem, a resposta dá pano para mangas e como não sou jurista (aí acho que pode ser uma vantagem) vou tentar explicar de uma maneira que seja entendivél por qualquer mortal.

Quando um arguido é acusado de mais de 100 crimes eu penso qe estou na presença de um criminoso perigoso, quando ele depois é acusado de 50 crimes já fico curioso (onde foram parar os outros 50?)

Quanndo depois é acusado de 3 crimes (????) aí passo de curioso a desconfiado, e desculpem lá senhores responsaveis por a justiça deste País, alguma coisa aqui está mal.

No entanto, imaginemos que só foi possivel condenar porque não houve duvidas sobre esses 3 crimes que originaram a sentença.

E aí chegamos aos assistentes....a pergunta é:


Foi com base nestas declarações que eu vi no youtube?



Eu coloquei aqui este video porque o "assistente" diz quando foi ao teatro vasco santana, que o teatro não conhecia bem, só lá tinha estado "2 ou 3 vezes" pouco depois dos 5 minutos de filme ele diz que a casa de Elvas é que conhecia bem, que lá tinha ido mais vezes.

Eu pessoalmente acredito que ele conhecia a casa de Elvas quando lá foi com PJ, mas só conhecia exteriormente, porque lá dentro daquilo que se vê não pode ter estado, era impossivel terem substituido a sala da escada, nem o siza vieira conseguia fazer uma dessas....

Já agora,e com base naquilo que diz o "assistente," imaginam o Carlos Cruz entrar num teatro, com pessoas a trabalharem, actores a representarem (ele diz que os viu a irem ao camarim) e naõ haver ninguem que tivesse reparado que havia ali um abuso de menores?

Quando tinha 19 anos entrei com um colega meu num teatro de revista no parque mayer porque ele se dava bem com um dos personagens dessa revista, e que entretanto já faleceu. A coisa que me deixou mais surpreendido na altura foi a azafama nos bastidores, as diversas coreografias fazem que não existam tempos mortos!

Depois aqueles pormenores: no tecto havia projectores!

Bah, descobriu a polvora!

Se tivesse dito que tinha visto uma vaca, um regador, um pneu, e fosse confirmado que de facto tinham tido esse adereço no ambito de qualquer espetaculo aí podia até dar o beneficio da duvida, mas assim???

Que porra de argumento é esse?

Tambem podia dizer que no percurso tinha ido num automovél que tinha 4 rodas, e Carlos Cruz tinha um automovél com 4 rodas, daí o colectivo de juizes entender que o "assistente" falou a verdade, ou pelo menos, existe alguma ressonancia de verdade nessa afirmação, porque quando ele foi para o algarve, o Dias André confirmou que o veiculo tinha 4 rodas conforme se pode verificar na foto em cima....

domingo, 14 de novembro de 2010

e o arguido acidental?


Não sou daquele tipo de pessoa que critica e dispara em todas as direcções, por vezes pode dar essa impressão porque o acumular de casos na nossa justiça faz-me crer que alguma coisa se podia fazer, mas....


existe muita conversa e pouco trabalho, e o resultado é este!




sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Reparem nesta resposta...

Está numa excelente condição para nos dizer se há uma justiça para pobres e outra para ricos.

Há, de facto. O problema é complexo. Os ricos, na medida em que têm dinheiro para pagar uma boa advocacia, têm mais hipóteses, é claro. Mas também o problema se coloca quando há uma certa cultura judiciária em que se prejudica o poderoso só por se antipatizar com o poder. A uma lógica igualitária cede-se por vezes a uma lógica exemplar, de fazer daquele caso “o” caso e da Justiça uma espécie de engenharia social. A formação marxista de muitos magistrados ajuda a um certo empenhamento ideológico. Para alguns, a Justiça é uma continuação da luta de classes por outros meios...

Foi advogado da Casa Pia. Não quer explicar melhor por que saiu?
Não posso. Ser advogado é isso: ter de calar, mesmo quando não apetece. É uma relação difícil com a advocacia a minha, mas tenho orgulho em ser advogado. Filho de solicitador, ser advogado é uma honra.
Acha que vai ser feita justiça no final do julgamento?
A justiça possível ao fim de tantos anos. O que ali está é um segmento da realidade, deixou-se escapar muita coisa. A História julgará o que não está a ser julgado. A exploração sexual na Casa Pia existiu anos a fio e os jornais não deixaram de a denunciar, e também é patente que ninguém ligou nem fez nada. E um dia resolveu-se fazer algo em relação àquele microcosmos, o que é uma forma extraordinária de branquear tudo o que não se fez antes nem durante - e eis outro caso exemplar. (...)

quem disse isto foi José António Barreiros e a verdade virá ao de cima, como se diz na giria...

"A ciência do jornalista é combater a injustiça sem cair nela"

Se a história não se repete na totalidade, é pelo menos curioso quando ao abordarmos certos assuntos da nossa sociedade reparamos que eles se mantêm actuais....
Lembrei-me disto quando estava a ler um velho comunicado da Associação Portuguesa de Familias Numerosas datado de 15 de fevereiro de 2003.

Público - 15 Fev 03
Os Limites do Jornalismo
A Direcção Editorial
"A ciência do jornalista é combater a injustiça sem cair nela" escreveu um dia Milan Kundera. Por estes dias, por causa da pedofilia, muitos têm esquecido essa verdade elementarO escritor checo Milan Kundera escreveu um dia que "a ciência do jornalista é combater a injustiça sem cair nela". Eis algo que todos os jornalistas deviam ter bem presente por estes dias. Desde a prisão de Carlos Cruz, e do choque emocional que ela provocou no país, que grande parte do espaço informativo, sobretudo nas televisões, tem estado ocupado pelo tema. Tal como sucedera aquando das primeiras revelações sobre o escândalo de pedofilia de que eram, ou tinham sido, vítimas crianças da Casa Pia, que a tentação "voyeurista" se sobrepôs demasiadas vezes à serenidade. Uma coisa é o dever de informar e, sendo a pedofilia uma das maiores injustiças que se pode fazer a uma criança, o dever do jornalista era "combater a injustiça". Infelizmente já se foi muito para além disso. Foi-se quando, no início deste processo, se passou e repassou filmes de pornografia infantil nas televisões, quando se usou e abusou da memória das vítimas, quando se recolheram depoimentos avulso com acusações vagas ou suspeições que ninguém confirmaria. Foi-se agora de novo, muitas vezes voltando ao mesmo pecadilho de passar e repassar testemunhos de vítimas, outras vezes esticando até aos limites a pouca ou nenhuma informação que se possuía, por fim deixando-se os próprios jornalistas envolver emocionalmente nos casos que relatavam. O que se passou anteontem à noite, no principal serviço informativo da SIC, ultrapassa porém o imaginável. E o que ontem "O Semanário" publicou, citando a existência de listas e de nomes que delas fariam parte, envolvendo nisso um membro do Governo, ultrapassa todas as margens da decência. Num primeiro momento, alguns jornalistas, ao vestirem a capa de um qualquer justiceiro implacável, podem julgar que, para além de cumprirem o seu dever, são também eles heróis. Mais: heróis populares, reconhecidos na rua, porventura aclamados. Nesse momento, porém, violam uma regra de ouro da deontologia profissional: é que o jornalista não é notícia, dá a notícia. Quando o jornalista se coloca ele no palco na notícia, então algo está profundamente mal. Ao longo de todo este processo o PÚBLICO tem procurado manter a serenidade e fugir da facilidade. Noticiar apenas o que confirmámos várias vezes, por fontes diferentes, para evitar qualquer instrumentalização. Ir além daespuma das notícias, e do aroma inebriante do escândalo, para procurar discutir o que está por detrás de fenómenos que nos chocam e perturbam. Preferimos perder uma notícia, adiar a sua publicação porque não temos a certeza da sua veracidade, do que correr o risco de em nome da justiça, cometer uma injustiça. Até porque temos consciência que estas injustiças, pelo opóbrio que fazem cair sobre os atingidos, são irreparáveis. Outros têm seguido outros caminhos. Tão escorregadios que tememos que, quando o pano cair sobre este drama e os jornalistas se lançarem a outro tema, a sua credibilidade já esteja ferida de morte. E isso não é só grave para o jornalismo, os jornalistas e as empresas jornalísticas: é grave num país que, ao assistir assombrado à queda de todas as suas referências, ficará mais descrente, atordoado e deprimido. O jornalismo não serve apenas para vender jornais e conseguir audiências. É, ou devia ser, um serviço público. Que pena que tantos o esqueçam, tantas vezes.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

a cabrita loura....

Felícia Cabrita

A história aparentemente motivadora do escândalo em que foi envolvido José Sócrates começou com uma “notícia” da “jornalista” Felícia Cabrita, cuja credibilidade deve antes de mais ser escrutinada. Escrevia no “Expresso”, de onde foi afastada depois de várias reportagens que se revelaram falsas. Foi a mesma sujeita que incriminou Paulo Pedroso e Herman José, ambos ilibados judicialmente. Cabrita foi corrida do “Expresso”, transitou para a “Grande Reportagem” onde não chegou a aquecer lugar e finalmente aparece no semanário SOL. Base pseudo-jornalística para sustentar as manchetes e balbúrdia mediática: ela, a loira, tinha em seu poder um DVD em que um empresário inglês, Charles Smith, aparece a gabar-se de ter sido objecto de corrupção, através de um tio de Sócrates, cujo filho, sobrinho do Primeiro-Ministro, terá enviado um mail a cobrar favores.
Cada cavadela cada minhoca....

lembram-se disto?

Felícia Cabrita contou ontem em tribunal que Teresa Costa Macedo lhe indicou, baseada em relatórios dos anos 80, uma lista de figuras públicas que, de forma organizada, tentaram obter miúdos da Casa Pia para encontros sexuais.Segundo Felícia Cabrita, que em Novembro de 2002 revelou o caso Casa Pia no semanário “Expresso”, entre os nomes referenciados por Teresa Costa Macedo figuravam dois arguidos (Carlos Cruz e Jorge Ritto) deste julgamento, mas também outras figuras conhecidas da diplomacia, marinha, advocacia e política, que nunca integraram o processo.Uma das pessoas referenciadas por Teresa Costa Macedo a Felícia Cabrita e cujo nome foi dito em tribunal chegou a ser ministro dos Negócios Estrangeiros na década de 80, tendo sido ainda revelada a identidade de três embaixadores, um advogado e um almirante que pertenciam à mesma alegada organização que visava obter jovens casapianos para práticas sexuais."É falso, designadamente, que o tenha feito à jornalista Felícia Cabrita nos vários momentos e circunstâncias por esta alegadamente referidos, como aliás já declarou publicamente em Março de 2004", diz Teresa Costa Macedo em nota hoje divulgada a propósito do depoimento da jornalista no julgamento do processo Casa Pia.A antiga secretária de Estado da Família, que exerceu funções entre 1980 e 1983, diz também ser "falso que tivesse em seu poder quaisquer nomes ou listas de nomes de pessoas pretensamente implicadas" em actos de abuso sexual de menores.Segundo a ex-governante, todas as informações e documentos por si coligidos no exercício das suas funções de secretária de Estado da Família foram "oportunamente entregues às autoridades policiais competentes, tendo constituído elemento relevante do inquérito judicial então instaurado".Teresa Costa Macedo afirma que "desconhece em absoluto quaisquer factos posteriores à referida época que não sejam os divulgados pela comunicação social e que são do conhecimento público".Felícia Cabrita, a jornalista que revelou o escândalo Casa Pia no semanário “Expresso” em Novembro de 2002, prometeu que na próxima quinta-feira, dia em que continua a depor em julgamento, irá apresentar "um documento que prova que Teresa Costa Macedo mente".

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

mas existem mais....

Eu hoje acho que nem vale a pena comentar o acordão do processo casa pia, qualquer cidadão deste país consegue entender que a justiça meteu os pés pelas mãos, infelizemnte isto acontece todos os dias, uns são relatados e outros não...este por exemplo foi!

Artigo de Paulo Julião no DN no dia 15 de setembro de 2010

Esteve detido um ano e meio como suspeito de assalto ao Museu do Ouro mas acabou ilibado. Agora reclama indemnização

Nelson Aguiar tem hoje 24 anos, mas passou ano e meio numa prisão de alta segurança suspeito de ser um dos assaltantes ao Museu do Ouro Tradicional de Viana do Castelo. Durante a instrução acabaria por ser ilibado de todas as acusações, mas agora volta aos tribunais, mas para se queixar: Exige ao Estado e a quatro inspectores da Polícia Judiciária (PJ) uma indemnização de um milhão de euros.
A revelação foi feita ao DN pelo advogado, Miguel Brochado Teixeira, na véspera do arranque do julgamento do caso do violento assalto às duas ourivesarias de Viana em 2007. "Tenho perfeita consciência do que é pedir um milhão de euros, porque também sei o que é colocar um jovem de 21 anos durante ano e meio numa prisão de alta segurança. Apenas para os inspectores da PJ demonstrarem serviço ao senhor ministro da Administração Interna", acusou ontem o advogado, garantindo que esta acção "já está a correr".
Em causa, a decisão do juiz de instrução, em Abril deste ano, de não levar a julgamento Nelson Aguiar, à data dos factos com 21 anos, entre outros argumentos devido a chamadas feitas do seu telemóvel na data do assalto, 6 de Setembro de 2007, a vários quilómetros da cidade de Viana.
"Primeiro, para os investigadores, estava no sítio do assalto, depois já o colocavam a quilómetros a guardar carros. Foi preciso vir um senhor juiz para o retirar desta confusão. O problema é que já tinha estado um ano e meio preso numa ala de segurança da cadeia de Paços de Ferreira sob condições humanas tremendas", assinala ainda o advogado.
"Estes elementos já existiam no processo muito antes de ser deduzida a acusação. Foi necessário o arguido invocá-los insistentemente", sustentou ainda Miguel Teixeira, aludindo à "pressa" da investigação da PJ. Nelson aguardava o desfecho do processo de instrução em liberdade e era um dos seis arguidos, dos quais apenas um estava em prisão preventiva - os restantes foram libertados devido a um erro processual em Dezembro de 2008. No caso de Nelson, após ano e meio de prisão. "Esta decisão só demonstra que a investigação foi ajeitada, à pressa."

existem tantos exemplos..

Existem muitos exemplos infelizmente de casos que se revelam destruidores, e quando faço esta afirmação é com base em casos concretos, este li no outro dia e achei relevante porque acaba por ser tragico ....

Boa noite.
Quando morava em Lisboa, na minha rua , uma miúda da minha idade, acusou o guarda-nocturno de ter abusado dela.O Sr. Martins, era conhecido de toda a gente e muito querido no local. O caso foi a julgamento e o Sr. Martins foi absolvido por falta de provas, mas expulso do seu trabalho e da Freguesia. Mais tarde, a minha vizinha ficou doente, foi hospitalizada e estava tão mal que o padre foi chamado. A miúda pediu para se confessar e dias depois, andava o padre a bater às portas, pedindo que estivessem atentos a um "cesteiro" com loja aberta lá na rua. Não podia dar detalhes, mas fez com que a mãe da miúda fosse ao hospital falar com a filha. Entretanto, chega ao conhecimento dos vizinhos, que o Sr. Martins se tinha suicidado, na sua terra natal, no Alentejo.A mãe foi falar com a filha e veio de lá estarrecida.A miúda, tinha sido realmente abusada, porém, confidenciou depois tanto ao padre como à mãe, que acusou o guarda-nocturno, porque se fosse dizer a verdade, que era o homem que fazia cestos, levava uma tareia do pai, que já a tinha proibido de entrar na loja.Na altura, em 1968, curiosamente, os tribunais não condenavam ninguém apenas baseados em provas testemunhais, o que permitiu que o Sr. Martins saísse absolvido, mas, aos olhos das pessoas, foi automaticamente condenado, acabando por não aguentar tamanha injúria. Isto é apenas um caso, infeliz, de como uma criança abusada, sem dúvida, pode mentir e acusar um inocente, neste caso por medo de dizer a verdade...a miúda da minha rua acabou por falecer no hospital, mas nunca chegou a admitir em tribunal que tinha mentido...e o Sr. Martins, ficou para sempre lembrado como suspeito de ser um abusador, mesmo depois de se saber a verdade, da fama, não se livrou e a dúvida pairava .Neste processo da Casa Pia, os miúdos não mentiram quando se referiram aos abusos, mas mentem de certeza quanto aos abusadores...anónimos, ninguém ligaria, conhecidos, importantes, estala a certeza e sim, convenhamos, as indemnizações chorudas! Mas também não acredito que a ideia tenha sido deles...não tinham capacidade para tanto!Quando a SIC transmitiu uma reportagem sobre o parque Eduardo VII, os rapazes (prostitutos, assumido pelos próprios), fizeram questão de informar: "não fazem ideia dos figurões que por aqui passam...carros de alta cilindrada..." estava dado o mote e a ideia...dois meses mais tarde, o BIbi finalmente vai preso (já não era possível esconder mais) e claro, que isto só ia avançar se houvesse mediatismo suficiente para que algo mudasse. Afinal, a comunicação social andava a meter o nariz...tinha de ser feito alguma coisa!Se a investigação policial tivesse sido bem conduzida, hoje não estávamos aqui a comentar se X ou Y são inocentes, mas deixou-se a coisa chegar ao ponto de deixar que fosse o Povo a julgar e por favor, nem tanto ao mar, nem tanto à terra! Não é o Povo que julga...é preciso ter formação para isso!Não basta haver prova de abuso e um discurso coerente para se condenar alguém, é preciso que se prove, sem sombra de dúvida! Para condenar por aparência, estamos cá nós, os leigos e por isso nos sujeitamos a processos por difamação...Tanta gente da alta a permitir-se ser apanhado numa cena destas, a mostrarem as caras a miúdos da Casa Pia?! Porem assim as carreiras em perigo, os negócios?! E o Carlos Silvino, grandes contactos que o motorista tinha...ou também já era abusado por eles quando era aluno e tinha mantido o contacto? Tenham paciência, mas não acredito em nada disto!Claro que daria a mão à palmatória se realmente se provasse que eram mesmo culpados, mas, não acho que consigam, a não ser que indiquem exactamente as datas e locais correctos das ocorrências e para as quais não haja "alibi(?)"De preferência, que a comunicação agora se afaste e deixe os tribunais trabalharem serenamente, para poderem conseguir pôr as impressoras a cuspir papel (é que os nervos têm interferência nos aparelhos...)

Esta estória não foi inventada por mim, foi retirada de um forum e só a coloco porque entendo que as pessoas devem ganhar uma certa consciencia e não "julgarem" através dos midia....