sábado, 14 de agosto de 2010

resposta a José Maria Martins....

"Como é que nosso dinheiro é assim pago se não há culpabilidade?", questionou, salientando que "os miúdos reconheceram estes indivíduos, porque é que iam inventar isto tudo?".
Já te explico zé maria....
Mãe adoptiva diz que filho foi pago para incriminar Cruz

A mãe adoptiva de uma das alegadas vítimas do processo da Casa Pia descreveu, hoje, o filho como sendo «mentiroso» e revelou que este lhe confessou ter sido pago para incriminar o apresentador de televisão Carlos Cruz.
A testemunha, que trabalhou vários anos na RTP mas diz não conhecer pessoalmente Carlos Cruz, contou que, depois de saber que o jovem tinha incriminado o apresentador num depoimento à TVI com a voz distorcida, lhe telefonou a perguntar o que se estava a passar e ele respondeu: «Apanharam-me o ponto fraco. Pagaram-me».
A testemunha, que à data desta conversa já não mantinha um relacionamento
familiar com o jovem, precisou que o filho lhe disse, inclusivamente, ter sido pago por uma jornalista «loira da TVI».
Durante a audiência, alegou que o seu único filho, alvo de adopção plena aos 5 anos, «sempre foi muito mentiroso» e revelou desde cedo uma série de pro
blemas que o obrigaram a passar por psiquiatras, psicólogos e consultas de sexologia.
O Ministério Público, o advogado da Casa Pia Miguel Matias e o defensor do principal arguido Carlos Silvino (Bibi) estranharam a forma depreciativa como a testemunha sempre falou do filho e questionaram a sua credibilidade, tendo a mãe adoptiva explicado que não a move qualquer espírito de «vingança» em relação ao jovem, apenas a procura da verdade.
«Ele está a destruir uma pessoa. Podia ser o Carlos Cruz ou outra pessoa. Eu teria sempre a mesma atitude», disse a testemunha, procurando contrariar a ideia expressa por alguns advogados que só estava interessada em ajudar o apresentador de televisão.
O procurador João Aibéo levou a testemunha a admitir que o facto do jovem lhe ter dito que foi pago para acusar Carlos Cruz não significava que tivesse dito que nunca esteve com o apresentador ou tivesse sido abusado por este, num jogo de subtilezas jurídicas.
José Maria Martins requereu ao tribunal de julgamento que a testemunha fosse confrontada com o depoimento prestado ao juiz de instrução criminal (JIC), por entender que havia «contradição patente» entre uma e outra declaração.
Apurada as diferenças, Ricardo Sá Fernandes, advogado de Cruz, entendeu que o depoimento da testemunha, em termos globais, coincide com o que disse ao JIC, embora haja efectivamente alguns detalhes em que as duas versões não coincidem.
Durante a sessão da tarde foi ouvida a jornalista da TVI Alexandra Borges, que investigou o caso e relatou contactos e encontros mantidos com algumas das vítimas deste processo de pedofilia depois do escândalo rebentar, em finais de 2002.
A jornalista respondeu a perguntas dos advogados dos arguidos Manuel Abrantes (ex-provedor-adjunto da Casa Pia) e Jorge Ritto (diplomata) mas, poucos minutos depois de Ricardo Sá Fernandes ter iniciado a sua instância, a testemunha disse ser «desconfortável» para si estar a ser interrogada por uma pessoa que tinha sido advogado da TVI até à detenção de Carlos Cruz.
Esta questão sensível, que motivou que José Maria Martins e o procurador levantassem objecções, motivou a juíza a fazer um intervalo, tendo no recomeço Ricardo Sá Fernandes ditado para a acta que «nunca assessorou a jornalista Alexandra Borges em qualquer diligência concreta que tivesse a ver com a investigação no processo Casa Pia».
Alegou ainda que não teve conhecimento pela jornalista Alexandra Borges de «quaisquer relatos sobre factos relativos às alegadas vítimas», já que se encontrou uma única vez com a jornalista, a 01 de Fevereiro de 2003, em que comunicou, na presença de outras pessoas, que tinha um convite do colega Serra Lopes para defender Carlos Cruz.
Tal facto - lembrou - levou a que suspendesse o visionamento da reportagem da TVI que lhe queriam mostrar.
Sá Fernandes disse ainda que o Conselho de Deontologia da Ordem dos Advogados já declarou que «não havia qualquer falta disciplinar» da sua parte nesta matéria e que esta decisão «transitou em julgado».
A juíza decidiu, posteriormente, suspender temporariamente a audição da jornalista até localizar nos autos o parecer da Ordem dos Advogados, devendo Alexandra Borges regressar ao tribunal segunda-feira.
O julgamento do processo Casa Pia vai na 251/a sessão e, sábado, completa dois anos de duração, com mais de 211 pessoas ouvidas em audiência.
http://tsf.sapo.pt/paginainicial/interior.aspx?content_id=773845

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