sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Reparem nesta resposta...

Está numa excelente condição para nos dizer se há uma justiça para pobres e outra para ricos.

Há, de facto. O problema é complexo. Os ricos, na medida em que têm dinheiro para pagar uma boa advocacia, têm mais hipóteses, é claro. Mas também o problema se coloca quando há uma certa cultura judiciária em que se prejudica o poderoso só por se antipatizar com o poder. A uma lógica igualitária cede-se por vezes a uma lógica exemplar, de fazer daquele caso “o” caso e da Justiça uma espécie de engenharia social. A formação marxista de muitos magistrados ajuda a um certo empenhamento ideológico. Para alguns, a Justiça é uma continuação da luta de classes por outros meios...

Foi advogado da Casa Pia. Não quer explicar melhor por que saiu?
Não posso. Ser advogado é isso: ter de calar, mesmo quando não apetece. É uma relação difícil com a advocacia a minha, mas tenho orgulho em ser advogado. Filho de solicitador, ser advogado é uma honra.
Acha que vai ser feita justiça no final do julgamento?
A justiça possível ao fim de tantos anos. O que ali está é um segmento da realidade, deixou-se escapar muita coisa. A História julgará o que não está a ser julgado. A exploração sexual na Casa Pia existiu anos a fio e os jornais não deixaram de a denunciar, e também é patente que ninguém ligou nem fez nada. E um dia resolveu-se fazer algo em relação àquele microcosmos, o que é uma forma extraordinária de branquear tudo o que não se fez antes nem durante - e eis outro caso exemplar. (...)

quem disse isto foi José António Barreiros e a verdade virá ao de cima, como se diz na giria...

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.