quarta-feira, 15 de setembro de 2010

só ele é que viu!

Em Elvas viu viaturas “topo de gama”, “ …onde se encontrava um Mercedes, um BMW e um Ferrari, pertencente ao Dr. Ferreira Dinis….”. Descreveu que “…chegando a essa casa éramos recebidos por uma senhora D. Gertrudes Nunes…pela qual dava um beijinho a mim e ao FG…”, que esclareceu que era o colega FG. “…Recebidos por essa senhora éramos encaminhados até ao interior da casa, onde estava o Sr. Carlos Cruz, o sr. Hugo Marçal”.

Como se devem recordar quem vive nas imediações da casa nunca viu lá esses carros!

na pagina 1068:

Assim e falando da primeira vez que foi a Elvas diz:
Num primeiro momento ( AJ 20/06/05) fala da carrinha Mercedes Vito, mas faz a referencia à Vito em termos genéricos ( “…. Carlos Silvino ia-nos buscar numa carrinha Mercedes Vitto) e repete na AJ 20/06/05 que “sempre” foi na carrinha VITO”.
Aqui convocamos o que já dissemos anteriormente quanto à utilização de veículos por parte do arguido Carlos Silvino, tanto utilizava veículos Traffic como veículos Vitto, pelo que a referência a um veículo ou a outro, não foi elemento de descredibilidade.
Concretiza que Carlos Silvino entra da 1ª vez na casa, tendo chegado mesmo a dizer que Carlos Silvino da Silva entrou numa sala que existia na casa. Acrescenta que o arguido Carlos Silvino da silva entrou de todas as vezes na casa.

Pagina 1068:

Quando o tribunal ( na AJ 20/06/05), lhe pede esclarecimentos quanto a pormenores da viagem para Elvas – se passou por alguma Ponte, se foram por estrada ou auto estrada, se passaram por via verde -, JL disse que não se recordava.
Pedido para dar uma descrição do que se recordasse da “ 1ª vez” que foi a Elvas, pois a “ 1ª vez” poderia ter sido a mais marcante para JL e, eventualmente, ser a que desse ao Tribunal uma referência mais próxima do que se passou quanto à apreensão do espaço e das pessoas , da resposta que JL deu nesse momento ( na AJ de 20/06/05) - valorada face à análise da globalidade dos esclarecimentos que já dera e dos que deu posteriormente -, resultou para o tribunal que JL, apesar de estar a responder a uma pergunta que tinha como pressuposto “ a 1ª vez”, foi dando respostas que avaliadas globalmente e com a distância que o fim do julgamento permite (pois temos a visão de tudo o que foi respondido), foram uma confusão de pormenores e referidos a diferente situações ocorridas.

na pagina 1069:

O arguido Hugo Marçal abriu a porta.
Diz que viu a arguida Maria Gertrudes Nunes, acrescentando que de todas as vezes que foi a Elvas viu a arguida Gertrudes Nunes ( AJ 20/06/05) e que esta lhe falava directamente.
Quanto aos actos com o arguido Carlos Pereira Cruz manteve os mesmos que já referira, diz que viu Hugo Santos Marçal a falar com o arguido Carlos Silvino da Silva.
Quanto a Colegas , disse que não sabia o apelido do IM que disse ter ido consigo e repete a afirmação quanto aos demais e já mencionámos.

Está tudo claro?
Sim? então voltemos á pagina 248 dos factos provados .....

36.2. Quando o arguido Hugo Marçal contactou a arguida Gertrudes para que lhe disponibilizasse a utilização da referida vivenda, pediu-lhe que a própria e os seus familiares saíssem da mesma quando chegassem os adultos e os menores levados pelo arguido Carlos Silvino, recomendando-lhe que não falasse daqueles encontros a ninguém.

Mas afinal a D.gertrudes estava em casa ou não? senão estava como foi que a "vitima" a cumprimentou sempre que lá foi?
vamos dar uma vista de olhos nas declarações e ser honestos, acham mesmo que eles lá estiveram ?

2 comentários:

  1. Na pág. 744 do acórdão, a propósito de nada, é tecido o seguinte comentário:

    "Aqui uma breve referência.
    Quando o arguido localiza a altura em que foi viver para Nova Oeiras, começa
    por indicar uma data, “90” e depois, apesar de estar relacionado com um momento
    que foi seguramente marcante para si - o ter tido um cancro -, é que corrige para 93,
    apoiando esta correcção na associação que nesse momento fez para o Tribunal, com
    a referida situação de doença.
    A avaliação do que é dito e como é dito em audiência de julgamento, o
    significado das confusões, dos lapsos, dos erros de memória ou das discrepâncias, foi
    uma actividade que durante o julgamento foi consecutivamente abordada. E que, para
    o Tribunal, foi evidenciada durante a fase das alegações, dadas as valorações e
    sentidos que os diferentes Sujeitos Processuais deram às discrepâncias reveladas
    pelos assistentes.
    Daí o Tribunal estar a assinalar este aspecto da declaração do arguido."

    Isto parece-me a mim uma tentativa muito pobrezinha e despropositada de sustentar a ideia absurda de que é perfeitamente normal que existam contradições nos depoimentos dos assistentes.

    É assim como quem diz, em tom gozão: "Estás a ver, Carlos Cruz? Também tu primeiro dizes que é numa data e depois dizes que é noutra!"

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  2. Todos temos consciência que em Portugal estamos a passar por uma enorme crise a todos os níveis. Mas a crise de valores para mim é a pior... A culpa do que está a acontecer é de todos nós, pois em conjunto permitimos que o excesso de liberdade, o egoísmo e a sede de julgar os outros ofusque a nossa visão!
    Estamos num país no qual se confundem os culpados com os inocentes e também por isso acredito até à última instância na inocência de Carlos Cruz. Sendo este homem inocente, imaginam o que lhe estão a fazer à vida? Tenho pena dos jovens molestados, porque existem de facto... Mas haverá algo pior do que estragar a vida a uma pessoa inocente e conhecida a nível nacional? Confio em ti Carlos, força! Parabéns à Família de Carlos Cruz. É nas adversidades que sabemos quem temos de melhor nas nossas vidas! Costumo dizer que enquanto tiver Paz no lar, levo tudo à minha frente! Segue o meu conselho Carlos Cruz.

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