quarta-feira, 15 de setembro de 2010

esta questão da veracidade....

A tal questão dos critérios do que é verdade e não é....

pagina 1044 e 1045


Neste sentido, por exemplo, as declarações que prestou na audiência de julgamento de 10/01/2005, em que o arguido negou ao Tribunal saber quanto dinheiro estava dentro dos envelopes que disse terem-lhe sido entregues, dizendo “…não sabia, eu nunca fiquei com nenhum tostão (…), o FG é que distribuía o dinheiro por eles (…), nunca, nunca, nunca fiquei com nenhum tostão … por isso mesmo, estava a viver numa barraca e não tinha dinheiro para uma vivenda, nem para um apartamento….” . E quando perguntado, afinal, o que é que ganhava com aquelas boleias que andava a dar, acrescenta “… não fico a ganhar, portanto como eram
alunos, como eram meus amigos … eu assim dou boleia a eles, nunca os obriguei, portanto eles é que iam portanto … isso agora …, portanto agora é a Sr.ª Doutora depois perguntar a eles….”
E insistido - pois pelo menos andava a perder tempo enquanto ficava à espera dos “rapazes”,
quando disse que os levou e depois trouxe de volta -, responde “ (…) mas muitas vezes …
pois, mas algumas vezes … não ganho nada Sr.ª Doutora…”, dizendo que tal não lhe “faz confusão”, “…não, não faz confusão Sr.ª Doutora (…), nunca, nunca entrei em casa de ninguém … nunca recebi dinheiro de ninguém, ninguém mesmo, quer dizer, do dinheiro dos envelopes que me deram, nunca fiquei com nenhum tostão,
assim é que é….”.
a questão que eu coloco é esta, se outras frases ditas por Carlos Silvino foram consideradas crediveis, porque razão esta não foi?

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