sexta-feira, 24 de setembro de 2010

continuando nos perfis...

acabei por não explicar o quanto admirei este artigo da Focus, não tanto por ter agarrado uma matéria tão sensivél, mas essencialmente por ter ido contra corrente, para terem uma noção naqueles espaços de comentarios que existem nos jornais, muitas vezes eu fiz alguns comentários que eram invariavelmente riscados, em especial se era contra a opinião do escrita.
Alguns desses merdosos quando eu andei na rua a combater a falta de liberdade nem sequer eram aspirantes a espermatozoides, naquele tempo eu queria ter uma imprensa livre, mas a imprensa livre não é só quando a opinião é a nosso favor.
Durante anos eu queria dizer que não acreditava como não acredito hoje que Carlos Cruz fosse pedófilo, cada vez é mais notória a justeza da minha opinião, e posso vos garantir que tem sido dura a luta, mas que porra anda a fazer um homem senão for para lutar naquilo que acredita?

mas vamos a outro perfil...

Lauro David, faz 24 anos este mês, foi outra das testemunhas/vítima que o Tribunal achou credível. Acusa todos os arguidos, mas o tribunal, apesar de considerar que ele esteve sempre a falar verdade, apenas deu como provados três abusos supostamente cometidos sobre o jovem: um em Elvas, por Carlos Cruz, e dois numa casa da Buraca que o tribunal não conseguiu identificar, praticados pelo ex-provedor Manuel Abrantes (cargo que ocupou apenas um dia) e pelo médico Ferreira Diniz.
Este indivíduo está identificado nos relatórios sociais como mentiroso, manipulador e abusador de colegas. Molestou várias menores num dos lares onde esteve internado e terá mesmo abusado de um colega deficiente. "...O educando Lauro David e o educando S.V. têm vindo a praticar actos de violência sobre os educandos mais novos, de cinco e seis anos, assim como incomodaram uma colega no seu quarto enquanto dormia. A equipa educativa propõe que sejam transferidos o mais urgentemente possível", lê-se no relatório Social da testemunha, que é referido ainda num outro incidente em que terá tentado violar uma menor, sendo apanhado por uma educadora escondido na casa de banho do quarto da menina.
Lauro David acabaria mesmo por ser transferido de lar e após começar a ser ouvido pela PJ não guardou qualquer segredo do facto, conforme se constata pela leitura de um outro documento que consta do processo, relativo a 21 de Março de 2003 e a que os juízes tiveram acesso: "O Lauro vai novamente à PJ, mas desta vez volta todo entusiamado pois diz que foi almoçar com dois inspectores da PJ a um restaurante chinês e que agora é o 'chibo profissional da PJ'. Acha-se o mais importante. Parece que temos o 'Xico Guerra II' (alusão ao braço-direito de Silvino)." Já com o julgamento em curso, Lauro David foi detido pela PSP por ter roubado, com mais três indivíduos, a 27 de Fevereiro de 2005, dois homens que circulavam na Avenida Brasília, junto ao parque da Estação Fluvial de Belém. As vítimas foram ameaçadas de agressões e ficaram sem os telemóveis e as carteiras. A PSP acabaria por prender Laura David e os seus cúmplices e recuperar o que tinham roubado. O jovem que acusa Cruz, Abrantes e Dinis foi condenado a dez meses de prisão, remíveis numa multa de 300 euros.

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