terça-feira, 14 de setembro de 2010

A propósito da casa de elvas...

Reparem neste acordão e benzam-se, vão a Fatima, rezem, passem por Meca,façam tudo o que possam para que nunca semelhante justiça vos bata á vossa porta....

36.2. Quando o arguido Hugo Marçal contactou a arguida Gertrudes para que lhe disponibilizasse a utilização da referida vivenda, pediu-lhe que a própria e
os seus familiares saíssem da mesma quando chegassem os adultos e os menores levados pelo arguido Carlos Silvino, recomendando-lhe que não falasse daqueles encontros a ninguem.


Para que entendam, D. Gertudes tinha uma filha que dava aulas no liceu da cidade, quando hugo marçal precisava da casa, ela dizia á filha que ela não podia ir a casa nesse dia porque tinha visitas, ou algo assim.
Se os juizes conseguem supor este tipo de coisa, já me imagino eu, a minha mãe dizer-me que eu não podia ir a casa e eu não ter que saber o porquê....

36.3. Quando se reuniam na residência da arguida Gertrudes Nunes, os arguidos Manuel Abrantes, Jorge Ritto, Carlos Cruz e Ferreira Dinis deixavam os veículos automóveis em que se faziam transportar estacionados em locais um pouco distantes da referida vivenda, de forma a evitar que se levantassem quaisquer suspeitas.

Só uma pergunta, isto era a que horas? levavam farnel? entrava um de cada vez ou iam em grupo? e já agora o peugeot preto 37-63-cs da casa pia tinha quantos lugares?
estou a lembrar-me de uma carta escrita por o cunhado de um médico de elvas que achei muito interessante, leiam tb!
1. Elvas - Rua Domingos Lavadinho

uma informação porventura relevante para mais tarde.

Frequentei, durante mais de uma década, a Rua Domingos Lavadinho.

O meu cunhado, Alvaro Gomes Pacheco, director então do Hospital de Elvas e actualmente coordenador dos serviços de saúde do império Nabeiro, a minha irmã, médica e chefe de serviço no mesmo hospital, Ana Maria da Silva Pereira, bem como os meus sobrinhos, viveram no número 64 desta rua mais de uma década.

Rua com uma fila de vivendas, um descampado térreo em frente às vivendas, onde os meus filhos e sobrinhos jogavam à bola, e numa zona de prédios do lado direito do descampado, a gelataria Celnata, onde os putos comiam gelados e nós, os adultos, cavaquevamos na esplanada.

Centenas de vezes.

Passámos lá muitos natais, ano novo, íamos com frequência lá.

Os meus filhos passavam sempre férias na Lavadinho.

É uma simples fila de vivendas, onde qualquer movimento de carros ou pessoas não residentes era imediatamente sinalizada pelos vizinhos.

Na vivenda ao lado da minha irmã, havia um salãozeco de cabeleireiro.

Mal chegava por lá o meu carro ou dos meus pais, que também passavam férias ali, logo a vizinhança alertava irmã e cunhado:

"Estão cá os seus pais," ou "está cá o seu irmão".

Não conheci nem privei com a Dona Gerturdes.

A discrição daquela zona era de tal ordem que, uma vez, para um trabalho com a Helena Ramos da RTP, que jantou em casa da mana e cunhado, foi logo motivo de alarido na vizinhança.

Ninguém ali passava despercebido e toda a gente, em geral, se conhecia.

Mais a mais, numa vila pequena em que o director do hospital, que também era presidente do clube de ténis local, o meu cunhado, era uma figura reverenciada a quem todos contavam tudo.

A chamada zona comercial ficava justamente no lado oposto da vila, perto do hospital.

Aí, sim, era natural que muita gente passasse incógnita, até pela costumeira invasão dos espanhóis às compras.

Na Domingos Lavadinho ERA MATERIALMENTE IMPOSSÍVEL.

O meu cunhado, que ainda vive em Elvas e durante o julgamento, teve oportunidade de me revelar o perfeito disparate das histórias da casa de Elvas.

Teríamos sido, porventura, boas testemunhas, qualquer de nós, porque conhecemos e vivemos tudo, conhecemos a situação e os hábitos.

Era apenas isto que tinha para te dizer.

Faz o uso que entenderes destes informações e podes, tu ou o teu advogado, obviamente checar todas estas informações.

Um abraço
carta disponivel no site www.processocarloscruz.com
tirem as vossas conclusões.

1 comentário:

  1. Não tenho pachorra para ler o acórdão na íntegra, confesso. Mas, a propósito da casa de Elvas, deparei-me com o seguinte, na página 1073 do referido documento:

    "[JL] ao entrar na casa, pela porta principal, num gesto imediato, sem qualquer hesitação, sem olhar em redor, a cara estava inclinada para baixo, num gesto que ao Tribunal aparentou mecânico e natural - que para o Tribunal pareceu de quem sabia como era o que estava depois de entrar na porta, de quem já tinha estado para dentro daquela porta principal de entrada -, começou imediatamente a dirigir-se para subir as escadas que estão imediatamente à esquerda de quem entra na casa.

    (...)

    O Tribunal ficou com a convicção que JL esteve lá, no interior daquela casa: o gesto na entrada foi mecânico demais para quem não soubesse o que ia fazer. JL não ficou à espera que a porta se abrisse para ver o que estava lá dentro; e a localização das dependências no R/C, a localização da despensa, foi um pormenor que criou convicção ao Tribunal, de que JL esteve ali."

    Portanto lá está, os Meretíssimos não viram "in loco" o que eu vejo no vídeo da diligência à casa de Elvas. Por exemplo, a garantia de JPL de que as escadas eram, na altura em que lá foi antes, de madeira. Ou a dificuldade em decidir se a tal sala dos sumos era no R/C ou no 1º andar. Ou mesmo a indicação de que determinada parede não existiria anteriormente.

    Nem tão pouco vejo, segundo o acórdão, que tenha sido dado relevo ao facto de JPL dizer que ele e FG sabiam tudo da vida um do outro, e que sabia que existia uma determinada sala na casa de Elvas porque o FG lhe disse que esteve nela. Então não poderia JPL saber o que ia encontrar naquela casa, não por ter lá estado anteriormente, mas por FG lha ter descrito?

    Bom, no fundo nem sequer o meu argumento anterior é válido... porque a verdade é que JPL não descreve o mesmo que FG em relação ao interior da casa. Contradizem-se. E o que é mais giro é que, nas suas diferentes descrições do interior da casa, nenhum acerta!

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